terça-feira, 15 de setembro de 2009

JOAO MAYNARD


SERIE ROSARENSES ILUSTRES Nº3
(Artigo extraído de publicaçao de autor sergipano ( preservando seu direito autoral )

HISTÓRIA DE ROSARIO DO CATETE - SERGIPE

JOAO MAYNARD


Colaboradores

João Maynard nasceu no Engenho Saco, município do Rosário do Catete, a 8 de janeiro de 1878, filho de João da Silva Maynard e D. Josefa Rodrigues Maynard. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro. Exerceu os cargos de Juiz Municipal do termo de Itabaianinha, sede da então comarca do Rio Real. Chefe de Policia, no último ano do governo do Dr. Josino Menezes (1905). Diretor do Banco de Sergipe, de julho de 1906 a março de 1908. Inspetor do Tesouro do Estado e como tal, presidente do Montepio dos Funcionários Públicos, deixando esse cargo por haver aceito o cargo de Juiz de Direito da Comarca de Japaratuba, onde esteve até setembro de 1908, época em que foi removido para a vara privativa de Juiz dos Feitos da Fazenda do Estado.


No governo do Dr. Rodrigues Dória, voltou a ocupar o cargo de chefe de Polícia, de 1908 até 1º de Janeiro de 1911, quando foi nomeado Desembargador do Tribunal da Relação do Estado, do qual foi o seu presidente no ano de 1906. No exercício da Desembargadoria acumulou o cargo com o de Procurador Geral, de março de 1911 até à Reforma Constitucional em 1913. Após a revolução de 1930, na Interventoria do Tenente Augusto Maynard Gomes, exerceu o cargo de Secretário Geral do Estado, que só deixaria com o seu falecimento, em 04 de Abril de 1933, na cidade de Aracaju.

Houve imediata repercussão do falecimento do desembargador João Maynard, que na Interventoria federal, exerceu o cargo de chefe de Policia e, com restauração do cargo de secretario Geral do Estado, o exercia quando adoeceu e morreu.

Dezenas de pessoas acorreram à sua residência, manifestando o pesar à família.
O desembargador João Maynard, deixou viúva D. Dorechete Campos, filha do desembargador Guilherme de Souza Campos, e três filhos, dentre eles Jorge Campos Maynard, que seria prefeito de Aracaju e senador da republica.
O interventor Augusto Maynard Gomes, assinou no mesmo dia 4, o decreto nº 156, de “homenagens póstumas ao inolvidável sergipano Desembargador João Maynard”. Vasado nos seguintes termos:

O interventor Federal no Estado, Augusto Maynard Gomes, considerando que o Desembargador João Maynard, Secretario Geral do Estado, hoje falecido, é credor da gratidão de Sergipe, em face dos excepcionais serviços prestados com dedicação e lealdade, nos altos cargos da justiça e administração publica que exerceu; Considerando que é dever do Governo render à memória desse inolvidável sergipano as homenagens devidas aos que se credenciam como modelo de civismo e hoestidade
Decreta:
Luto por sete dias, com suspensão do expediente na presente data;
Funerais as expensas do Estado
Cerimônia fúnebre no 7º dia de seu passamento, com a colaboração de todas as classes sociais.
Augusto Maynard Gomes - Interventor Federal

Varias manifestações marcaram o dia 4 de abril de 1933. Na sua sessão 25ª. O superior Tribunal de Justiça suspendeu os trabalhos e através do desembargador Edison de Oliveira Ribeiro lançou um voto de pesar, tendo o Presidente Lupicínio Barreto designando os desembargadores João Dantas de Brito e Gervagio Prata como representantes do poder Judiciário no sepultamento, que ocorreu no mesmo dia.
O cine teatro Rio Branco fechou suas portas e suspendeu sua programação do dia 4. O colégio Tobias Barreto também encerrou, naquele dia, as suas atividades.
A missa de 7º dia, foi celebrada pelo Bispo Dom José Tomás Gomes da Silva, ocorreu ás 8 horas do dia 10 de abril, para familiares, amigos e companheiros do Desembargador João Maynard.
Hoje em sua homenagem temos a avenida que vai do Siqueira campos até a praça da bandeira.

Publicou:

Relatório apresentado ao Exmo. Sr. Desembargador Guilherme de Souza Campos, Presidente do Estado em 1° de março de 1907 pelo Inspetor do Tesouro e Presidente do Montepio. Aracaju: Tipografia de O Estado de Sergipe, 1907. Relatório apresentado ao Exmo. Sr. Presidente do Estado pelo chefe de polícia, em 21 de outubro de 1909, sobre o caso do Rosário. Aracaju: O Estado de Sergipe, edição de 19 e 20 de novembro de 1909. Relatório apresentado ao Exmo. Sr. Dr. José Rodrigues da Costa Dória, Presidente do Estado, pelo chefe de polícia, em 10 de agosto de 1910. Aracaju: Tipografia de O Estado de Sergipe. Aracaju, 1910.

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Dados do Historiador:
*Adailton dos Santos Andrade é Licenciado em História, Pós Graduando em Ensino de História, Sócio Efetivo do IHGSE, Faz parte dos grupos de Estudo e Pesquisa da UFS: Estudo do Tempo Presente (UFS). /Grupo de Estudos e Pesquisas em História das Mulheres (UFS/CNPq) Adailton.andrade@bol.com.br – adailton_andrade@hotmail.com
Fonte:
Serie de Biografias dos desembargadores do Tribunal de Justiça
· Luis Antonio Barreto
· José Andersom Nascimento
· Jorge carvalho do Nascimento


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