Zacarias
Izidoro
O Herói Sergipano
da 2ª Guerra Mundial.
Bombardeio
Alemão na costa Sergipana, expressamente em Aracaju e Estância, mostra ser um
dos principais motivos do nosso
Zacarias sentir o desejo de ir a guerra lavar a alma , vingar o sangue dos brasileiros nesses covardes ataques
a navios mercantes civis.
Aracaju, 15 de agosto de 1942. Os navios mercantes
d Marinha brasileira, o Baependy e o Araraquara, são atingidos por torpedos
disparados pelo submarino alemão U-507 a cerca de 20 milhas da costa sergipana.
Menos de oito horas depois, às 4h15 do dia 1,6 o Aníbal Benévolo também é
torpedeado nas águas de Sergipe pelo mesmo submarino. Um cenário macabro surgia já na manhã do dia
16 entre o litoral sul do Estado e o Mosqueiro, nessa época, coronel Maynard Gomes, era o Interventor Federal em Sergipe que ordena tropas
para foi buscar ajuda com
pescadores e gente do lugar.
Nessas
pesquisas as principais fontes
são os depoimentos dos filhos, ou alguns dos filhos, o publicitário Augusto César Maia
Cardoso. Ele fala pelo pai. “Papai embarcou para a Itália do Rio de Janeiro, em
janeiro de 1944. Participou na VI Companhia do 2º Batalhão do 11º Regimento de
Infantaria e regressou ao Brasil 18 meses após passar por 19 cirurgias nos
Estados Unidos”, contou Augusto César. Ao chegar à cidade de Maruim, com várias
cicatrizes e mutilações, foi aclamado como herói.
Augusto César conta que o pai incluía o frio como
um dos inimigos que enfrentou. O combate mais grave foi a Tomada de Montese, na
Itália. “É onde ele cai ferido e é resgatado dos destroços pela enfermeira Jane
Simões de Araújo, uma sergipana de Riachão do Dantas; veja que coincidência”,
disse. Ele conta que o pai integrava o grupo de voluntários que saía às cegas
em campos minados para deixar os soldados do batalhão passar em segurança.
Chegou a ser apelidado de “O Louco de
Ipisa”, por esses atos e o único soldado brasileiro a receber a Medalha
Silver Star.Fonte,Texto: Célia Silva/(O Capitão-de-Fragata Harro Schact era o
comandante do submarino alemão U-507, que afundou 4 navios mercantes
brasileiros na costa do estado de Sergipe, precipitando a entrada do Brasil na
2ª Guerra Mundial).
Zacarias
Isidoro é natural da cidade de
Maruim, em 1944, aos 17 anos, embarcou
para a Itália e foi lutar contra o nazifascismo na Europa, pouco mais de um ano
e meio depois de o Brasil ter declarado guerra ao Eixo. Ele lutou em diversas
batalhas na Itália, participando de momentos célebres da história mundial, como
a Tomada de Montese.
Onde foi
gravemente ferido, sendo internado no Hospital Militar Americano, em Livorno,
na Itália, e depois transferido para um outro hospital nos Estados Unidos da
América, em 1945. O “Louco de Pisa”, apelido lhe dado por colegas,
apresentava disposição para enfrentar com bravura o campo de guerra. Até mesmo
o ex-presidente do Brasil, Castelo Branco, o apelidou de “Meu Leão”.
Segundo um dos 11 filhos de Izidoro, Joaquim de
Menezes Cardoso Neto, a valentia rendeu ao militar diversas comendas e
homenagens nacionais e estrangeiras. Entre elas, estão as medalhas ‘Sangue do
Brasil, por um ferimento de guerra ocorrido na comuna italiana de Porretta
Terme – e ‘Silver Star’, concedida
pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esta última era bastante especial
para Zacarias. O que se sabe é que só
quatro pessoas no mundo ganharam”,
escreve seus biógrafos e
estudiosos sobre a Segunda Guerra
Mundial .
Como é comum entre os guerreiros, Cardoso escapou
diversas vezes da morte. Certa vez, só não teve o coração perfurado por uma
bala devido a uma medalha de Santa Terezinha que carregava no peito – de onde
os médicos tiveram que retirá-la depois do ferimento.
Em seu
último combate, ocorrido em Montese, Zacarias foi atingido por uma granada nas
costas. Conseguiu resistir apenas porque uma enfermeira o viu nos escombros e
percebeu que estava vivo. O curioso é que a enfermeira, entre as muitas dos
Aliados, era a tenente Joana Simões de
Araujo, sergipana de Riachão do Dantas.
Tanta coragem acabou resultando em marcas
dolorosas: lesões de batalha desfiguraram as mãos e o tórax do sargento. Do
combate em que recebeu a ajuda de Joana Araujo, saiu sem um dos pulmões. Mesmo
a guerra tendo acabado em 1945, voltou para Maruim apenas em 1947, depois de 19
cirurgias e meses de recuperação. o
bombardeio alemão de dois navios brasileiros na costa sergipana. Dizia não ter
medo das bombas e projéteis. Temia apenas o frio europeu – nada que o pudesse
apavorar sessenta anos depois de retornar ao calor da terra natal. “Ele era um
cara preparado para morrer”. O que se sabe hoje sobre Zacarias, são os
depoimentos dos filhos e amigos mais próximos, sentimos uma falta nos relatos
oficiais , nos sites de
órgãos ligados diretamente com o ocorrido da
guerra e com seus ex combatentes.
Joaquim de Menezes está sempre sendo procurado por
estudiosos e pesquisadores para relatos mais próximos dos ocorridos quanto
a passagem do Zacarias
em Montese.
Zacarias recebeu em vida muitas homenagens e
reconhecimento da sua bravura na
Itália. Recebeu das mãos do ex governador Marcelo Deda, o colar de honra
ao Mérito em 2005, a Ordem do Mérito Serigy, Grau Cavaleiro.
Faleceu na manhã desse domingo, (25), o sargento do
exército Zacarias Izidoro Cardoso, ex-combatente da 2ª Guerra Mundial, e que
estava internado há dois dias em um hospital particular da capital. Zacarias
morreu aos 88 anos vítima de falência múltipla dos órgãos. O sepultamento
ocorreu ontem em Maruim. O prefeito da cidade, Gilberto Maynart, decretou luto
oficial de dois dias.
A bravura
do militar foi reconhecida e rendeu ao ex-combatente comendas e medalhas, como
a Silver Star, concedida pelos Estados Unidos da América ao bravo veterano sergipano. somente a quatro pessoas no mundo, além da
medalha Sangue do Brasil, honraria que apenas oito brasileiros receberam.
Adailton Andrade Historiador
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