sábado, 14 de março de 2020

ROSÁRIO DO CATETE OITOCENTISTA.





ROSÁRIO DO CATETE OITOCENTISTA.
Terra Massapé, apogeu açucareiro do Sergipe


Rosário do Catete tem a oferecer a Sergipe, ao Brasil e para o mundo,  a história e a memória   do apogeu   da  cultura da  cana de açúcar  em Sergipe oitocentista, já são mais  de  50 engenhos inventariados  catalogados que  logo está a disposição  da pesquisa  e  em alguns casos  da visitação;  monumentos históricos como os dois sobrados da antiga rua de baixo, as Estação Férrea, marco histórico da Revolta de Santo Amaro, na qual diante disso, veio a emancipação política do município em 1836.
Rotas dos engenhos, em especial a Serra Negra do Patriarca Leandro Ribeiro de Araújo Maciel, da Santa Barbara onde nasceu o Barão de Maruim, do Unha de Gato onde foi assinada a mudança da Capital   de São Cristóvão para Aracaju. Acesso a Estrada Real onde controlava a entrada e saída  de mercadorias  no embarque e desembarque dos Porto das Redes (antiga Alfândega de Sergipe) ligação  entre Maruim  e Rosário do Catete. Para a proteção desse  patrimônio, será preciso  a criação de  uma Lei específica  de bens  tombados  no âmbito municipal. Outra ação prevista no pacote é a implantação da “Rota dos engenhos Coloniais” com visitação agendada e acompanhada.
Rosário do Catete, berço da História Política de Sergipe, logo ao cruzar  a entrada  que dar  acesso  ao município  de Rosário do Catete , rodovia que corta a BR-101 no sentido de Aracaju a Propriá, logo se vê na entrada da cidade de Rosário do Catete uma grande imagem de nossa Senhora do Rosário, além de  muitas barracas de vendedores de milho. Mas só passar não dá para ter uma ideia do que foi esse município no contexto histórico nacional e, em especial, na história Política de Sergipe.
As terras ocupadas pela Cidade de Rosário do Catete pertenciam ao antigo engenho Jordão, de propriedade de Jorge de Almeida Campos, que as doou para construção da capela de Nossa Senhora do Rosário.
 Sabe-se que foi onde que nasceu João Gomes de Melo, o Barão de Maruim, no engenho Santa Barbara de baixo, esse mesmo foi responsável pela assinatura da ata de mudança da capital de São Cristóvão para Aracaju. Fato que aconteceu no Engenho “unha de Gato” pertencente a uma família de portugueses, posteriormente ao Barão.
A História de Rosário do Catete tem início em 1575, quando houve a primeira tentativa de conquista de Sergipe por Luiz de Brito, governador da Bahia. É a referência mais antiga. Bem próximo ao local em que a atual cidade se encontra, existia uma aldeia de índios. Que viviam às margens de um rio e sob o comando do índio Siriry.
A povoação rosarense crescia tanto que, por volta de 1828, a Câmara de Santo Amaro resolveu transferir para Rosário a sede do município de Maruim. Os habitantes de Santo Amaro e Maruim declararam guerra entre si. O Governo da província acabou intervindo e ratificando a decisão da Câmara de Santo Amaro. De uma canetada só, a povoação de Rosário do Catete passava à freguesia, vila e sede de município. Mas isso durou pouco. As reações de Maruim foram fortes. Em 3 de fevereiro de 1831, Rosário volta a pertencer a Santo Amaro  como povoamento e  Freguesia. Cinco anos depois, ela se tornava Vila de Nossa Senhora do Rosário do Catete. Assim, a cidade nasceu com a Revolta de  Santo Amaro...Continua .!!


Berço   dos intelectuais de Sergipe

  Antônio Garcia Filho- Formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1941. Iniciou suas atividades como médico em Aracaju, transferindo-se depois para a cidade de Laranjeiras/SE. Foi o primeiro Pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários desta Universidade e seu primeiro professor de Anestesiologia na Faculdade de Medicina. Foi professor de Nutrição da Faculdade Católica de Ciências Sociais. Foi membro da Academia Sergipana de Letras onde ocupou a Cadeira No. 1, cujo patrono foi o intelectual Tobias Barreto de Menezes. Além de poeta foi compositor de músicas. É o autor da letra do Hino do 28º Batalhão de Caçadores e do Hino da Cidade de Rosário do Catete.
                     Manuel Cabral Machado, professor, intelectual, homem público e um dos maiores vultos do século XX, que marcou com sua presença décadas seguidas com atividades inovadoras. Filho do médico Odilon Ferreira Machado que também  foi prefeito em  Rosário em um mandato de dois anos de 1920 a 1922. Publicou diversos livros, destacando-se: Brava gente sergipana e outros bravos (1999), Elegias a Elohim, Poemas à mãe de Deus, Aproximações Críticas (todos de 2002), Baladas de bem-querer à Bahia (2003) e O aprendiz de oboé (2005). Presidiu a Academia Sergipana de Letras, e frequentou, permanentemente, as suas sessões, como um dos mais atuantes debatedores, também foi membro da Academia Brasileira de Ciências Sociais Criado na Capela, cidade onde seu pai voltou a fixar-se, foi também , o ex-vice governador de Sergipe na gestão de Lourival Batista. Morreu com 92 anos, em 2009, no Hospital São Lucas por falência múltiplos de órgãos.
Maximino de Araújo Maciel- nasceu em Rosário no dia 20 de abril de 1866. Fez os preparatórios em Sergipe e em seguida mudou-se para o Rio de Janeiro onde formou-se em Direito (1890-1894) e Medicina (1896-1901). Foi professor catedrático de língua portuguesa no Colégio Militar, desde 1893. Em 1919, atingiu o posto de Tenente Coronel. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e outras instituições científicas e culturais do Rio de Janeiro e Sergipe, Gramática Analítica, Filologia Portuguesa, Gramática Descritiva, Taxionomia Social, Lições de Botânica Geral, Noções de Agronomia, Lições Elementares de Língua Portuguesa, Elementos de Botânica Geral e Elementos de Zoologia.

Celeiro de Grandes Políticos
 Conhecido como celeiro político de Sergipe, daí saíram Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel foi deputado no Império e senador na República. Mais tarde, seu filho, Leandro Maynard Maciel, seria governador do Estado. Outras figuras marcantes foram Augusto Maynard Gomes e Edelzio Viera de Melo que foi vice-governador assumindo mais tarde o governo. Deste modo, Rosário ofertou a Sergipe quatro nomes a governar o Estado. Leandro Maynard Maciel em 1960 foi indicado para ser vice-presidente da República na chapa de Jânio Quadros, mas renunciou em favor de Milton Campos.
Sede de Assembleia Legislativa do Estado e Sede do Governo
Foi sede da Assembleia legislativa  na  eleição para o Senado da República em 1894.
Em meio à contendas, José Calazans transferiu a sede do governo sergipano de Aracaju para a cidade de Rosário do Catete. Esse ato foi visto por seus opositores como de abandono do poder. Sílvio Romero, em praça pública, defendeu então a passagem do governo para o presidente da Assembleia Legislativa, João Vieira Leite, favorável ao grupo valadonista, que foi de fato empossado em 11 de setembro de 1894. A situação de duplicidade de poderes instalada nesse momento levou ao surgimento dos apelidos que iriam identificar as rivalidades da política sergipana na Primeira República: os “pebas”, que ficaram nas areias de Aracaju, e os “cabaús”, reunidos na zona dos engenhos de Rosário Catete. A Assembleia funcionou na rua de baixo e o governador  despachava  no Paço  Municipal segundo  a descrição de alguns  documentos.

Rosário do Catete e a  geração dos bacharéis e médicos de Sergipe

Essa geração revolucionou a Faculdade de Direito do Recife e na Faculdade de Medicina da Bahia os cânones vigentes, difundindo novas ideias e assim fixando os fundamentos da cultura Brasileira. São eles:
    Antônio Dias de Pinna advogado fundador do curso de direto da USP. Estudou na Faculdade de Recife concluindo em 1865. Em Sergipe exerceu os cargos de promotor público da comarca de Laranjeiras, 1866-1869; de inspetor geral das aulas, de novembro de 1869 a 1870; promotor público de Laranjeiras pela segunda vez, removido em maio de 1874 para o Aracaju, cujas funções desempenhou até 1875; deputado provincial nas três legislaturas bienais de 1872-1877.
João Maynard Desembargador, nasceu no engenho “Saco” município do Rosário do Catete em 8 de janeiro de 1878. Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade Livre do Rio de Janeiro, exerceu os cargos de Juiz Municipal do termo de Itabaianinha, sede da então comarca do Rio Real. Em Aracaju tem uma avenida  com seu nome : Avenida “Desembargador Maynard”.
Jose Sotero Vieira de Melo Desembargador, filho de Francisco Vieira de Melo e de Maria Rosa de São José e Melo. Nasceu em Rosário do Catete, em 13 de maio de 1856. Pertenceu a geração dos bacharéis e médicos de Sergipe, que revolucionaram na Faculdade de Direito do Recife e na Faculdade de Medicina da Bahia. Em fevereiro de 1869, com 13 anos, foi levado pelo tio, João Gomes de Melo, o Barão de Maruim, um dos homens mais influentes da Província, para o Rio de Janeiro, onde estudou nos colégios São Salvador e Pinheiro, continuando e concluindo os preparatórios, permanecendo até 1873, quando foi para Recife e ingressou  na Faculdade de Direito do Recife.

Patrimônio material  de Rosário  do Catete
O patrimônio material é composto por um conjunto de bens culturais tais como igrejas, engenhos, sobrados e residências  centenárias  que  fazem parte  do orgulho  maior dos seus moradores     classificados, segundo sua natureza, conforme  está sendo inventariado  na gestão do  Prefeito  Etelvino Barreto.
Igreja de Nossa Senhora de Nazaré foi construída em 1709 , foi demolida  e construída  outra  no mês o lugar em 1864 fazendo  parte do engenho  Catete Novo  pertencente ao Barão de  Maruim.
Igreja Matriz  Nossa Senhora  do Rosários sua  Construção do século XVIII. Iniciou  sua construção em1746 e a irmandade é  criada  em 1779. O convento dos franciscanos  abrigou a irmandade de São Benedito no século XVIII. Outro lugar que o santo era venerado era na povoação de Rosário do Catete, pois na capela da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos homens pretos e pardos.
 Capela da fazenda Caldas onde foi enterrado  os restos  mortais do  General  Augusto  Maynard Gomes.  Com venda da fazenda seus restos mortais foram transferidos  para o cemitério  santa Isabel em Aracaju
Igreja Nossa Senhora do Amparo foi construída no século XIX e restaurada em 1946 por Simeão Machado.
Estação de Trem, inaugurado em 1914 essa mesma está passando pelo processo de tombamento pelo IPHAN chamado de “valoração” será o 1º Tombamento a nível   Nacional da cidade. Alguns  acontecimentos  históricos marcaram  a história  da estação férrea, sendo  palco de  vários  episódios.  Em 1924 serviu de embarque de tropas  dos tenentes  na revolta de 24  comandada por Maynard  Gomes, amando vagão  de Trem  com canhão  a combater tropas  legalistas  em Carmópolis.  Na década de 1933 desembarca o então Presidente do Brasil o sr. Getúlio Vargas para inauguração da Ponte de Pedra Branca. Serviu como terminação de escoamento de açúcar e mais tarde como terminal de  carga  de Potássio  sendo usada pela vale do Rio Doce. Hoje  é sede  da banda  de Música Luís Ferreira Gomes. 
Grupo Escolar Leandro Maciel construção da década de 1930 por Augusto Maynard Gomes .

Sobrados da rua de baixo Construção segunda metade do século XIX, por dois portugueses que tinham comércio  em Maruim. Mais  tarde  passa a pertencer  as famílias  de João batista de Moraes  Ribeiro, Manuel  Cabral Machado e o outro  a família  de Leandro Maciel.
Cemitério Paroquial de Rosário do Catete  19 de maio  de 18856, o Presidente  da Província , Dr. Salvador Correia de Sá e Benevides, dirigiu  uma circular  nº 7 às Câmaras incitando-se  a fazerem  Cemitérios, e a de Rosário  foi a  umas das  Primeiras  que tratou do Assunto, marcando lugar  para a sua necrópole  ao sul da Vila. Seria construído, como se fosse pela Câmara, e com auxílio dos particulares, em 1857 já se sepultava  os mortos  rosarenses, mas só se deu  por  pronto em janeiro de 1862, quando  foram feitas  as obras delineadas pelo engenheiro da Província, por ordem governamental. Foi quando lhe deu por pronto seu dirigente 1ª de fevereiro de 1861, o capital  de engenheiros  Francisco Pereira da Silva responsável pela  obra .
Engenho Serra Negra  atualmente só existe uma chaminé no local do engenho. O Serra Negra foi uma pequena propriedade, mas de altíssima produção, ele tinha uma casa simples de pedras  imponente. Ele foi o engenho mais importante do século XVIII para o XIX, pertenceu a Leandro Maciel (pai) tinha a visão mais alta sobre os outros o engenho só entra em declínio quando Leandro Maciel (pai) tem a necessidade de aumentar a produção e a necessidade de uma casa maior por causa da família grande e ele o abandona e vai para Japaratuba para o engenho entre rios com uma maior propriedade e na região litorânea.
 Rosário do  Catete   teve outros engenhos   de grande  relevância  para a história econômica do estado Tais como: Santa Barbara, Paty, Bom Nome, Oitocentas, Lagoa Grande, Saco, Sitio Novo, Catete velho  e Novo, Jurema, Piripiri, Várzea, Jordão , Jucurema,  Salobro, Cajá, Marrecas, Bom Sucesso, Capim Assú, Jenipapo, Vazia Grande, Cumbe, Ilha e Campo Redondo.
Hoje existe uma preocupação e um desejo da administração e dos fazedores  de Cultura  da cidade em expressar  e  despertar  o sentimento de pertencimento e salvaguarda, por parte dos rosarenses, que  amam e  admiram esta cidade, em prol da manutenção das riquezas materiais e imateriais deste povo, novos  tempos , tempos de conhecer, amar  e proteger nossa memória, nossa história o legado  de sua gente  seu maior  patrimônio. Esperamos que a sociedade e as autoridades competentes caminhem juntos, norteados pelo desejo de uma cidade melhor e mais eficiente na preservação de suas raízes, rumo ao avanço sociocultural e econômico deste povo. É pra frente de que anda.

ROSÁRIO DO CATETE COMO FONTE DA HISTÓRIA DE SERGIPE NAS COMEMORAÇÕES DO BICENTENÁRIO SERGIPANO.



José Calasans nasceu em Itabaiana (SE) no dia 27 de agosto de 1863, filho de Francisco Félix Ferreira e de Joana de Góis Ferreira. Fez os estudos primários em sua cidade natal, transferindo-se posteriormente para Aracaju, onde estudou no Ateneu Sergipense.




Sentou praça em dezembro de 1881 na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, então capital do Império, concluindo aí seus estudos preparatórios e superiores. Tornou-se alferes-aluno em março de 1886, tornando-se em junho do ano seguinte um dos sócios fundadores do Clube Militar. Promovido a segundo-tenente em janeiro de 1889 — ano em que fez o curso de engenharia militar —, chegou a primeiro-tenente em janeiro de 1890 e a capitão em abril de 1892.
Em maio desse ano foi eleito presidente de seu estado natal pela Assembleia Legislativa constituída em Sergipe após a queda de Deodoro da Fonseca e a consequente deposição do presidente estadual Vicente Ribeiro. Iniciou sua gestão concedendo aumento de vencimentos ao funcionalismo e revogando todos os regulamentos anteriores referentes ao ensino. Construiu a sede do Poder Judiciário, o Tribunal de Relação e um Hospital de Caridade, e prosseguiu sua administração abrindo novas escolas e inaugurando diversas pontes.
Deu também nova estrutura ao Corpo de Polícia, solicitando ao presidente Floriano Peixoto remessa de armas e munições. De setembro de 1893 a março de 1894, Calasans integrou as forças legalistas que combateram a Revolta da Armada, no Rio de Janeiro, levante de oposição ao presidente Floriano Peixoto que ocorreu nesse período sob a chefia do almirante Custódio José de Melo.
Durante o pleito eleitoral de junho de 1894 no qual se definiria, além de seu sucessor, a nova Assembleia Legislativa estadual , Calasans apoiou a candidatura ao Senado de Leandro Maciel, em seguida eleito e reconhecido pela comissão senatorial, o que descontentou o coronel Manuel Presciliano de Oliveira Valadão, tradicional líder político local, e amigo íntimo do presidente Floriano Peixoto. Valadão passou a hostilizar o governo de Calasans, chegando mesmo em setembro de 1894 a ocupar a Assembleia Legislativa no dia marcado para a primeira reunião dos deputados eleitos e a substituí-los por correligionários seus. Em represália, Calasans reuniu em Rosário (SE) os deputados eleitos em nova Assembleia, que passou a funcionar paralelamente à Assembleia rebelde de Aracaju. Contudo, acabou por ser deposto ainda em setembro, sendo empossado como presidente provisório do estado o presidente da Assembleia de Aracaju, João Vieira Leite, que cumpriria o mandato até a posse de Oliveira Valadão, eleito para o período seguinte. Em outubro de 1894, o próprio Calasans reconheceu o governo Vieira Leite, pois transmitiu-lhe o poder simbolicamente. Não obstante, a Assembleia de Rosário continuou a funcionar à espera de mudanças na vida política nacional em função da ascensão de Prudente de Morais à presidência da República. Foi dissolvida apenas durante o governo estadual de Oliveira Valadão.
De volta ao Rio de Janeiro, Calasans serviu, em 1895, na Direção Geral das Obras Militares, no já então Distrito Federal. Ainda nesse ano desempenhou função na fortificação do litoral, atuando também como comandante geral da fronteira do Amazonas. Em 1896 voltou à direção geral das Obras Militares no Distrito Federal, tendo ocupado o mesmo cargo em Sergipe em 1898.
Retornando novamente ao Distrito Federal, serviu na Direção Geral de Engenharia de 1899 a 1909, com breve interrupção entre 1904 e 1905. Nesse ínterim foi promovido a major em abril de 1906. De 1909 a 1915 integrou a Comissão de Construção da Vila Militar, no Rio de Janeiro, como comandante do 1º Batalhão de Engenharia. Nesse período combateu o levante dos marinheiros irrompido em novembro de 1910 a bordo de navios da Armada sob a liderança do marinheiro João Cândido em protesto contra castigos corporais e reivindicando melhorias de vencimentos. Promovido a tenente-coronel em dezembro de 1911 e a coronel em janeiro de 1915, passou para a reserva em setembro do ano seguinte no posto de general-de divisão.
Retornou à política por ocasião da articulação da Aliança Liberal, cujo programa apoiou. Com a vitória da Revolução de 1930 foi nomeado governador provisório de Sergipe por decisão de José Américo de Almeida, líder civil da revolução no Norte e Nordeste do Brasil, tomando posse em 20 de outubro de 1930. Quando Vargas assumiu o poder no dia 3 de novembro no Rio de Janeiro, Calasans telegrafou-lhe no dia seguinte pedindo demissão do cargo de governador provisório. Entretanto, o pedido foi recusado e, no dia 14 desse mesmo mês, foi confirmado como interventor federal, cargo que deixaria definitivamente dois dias depois, passando-o ao tenente Augusto Maynard Gomes. Foi sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. Faleceu em Aracaju no dia 31 de outubro de 1948.
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FONTES: ARQ. GETÚLIO VARGAS; ARQ. PÚBL. EST. SE; BITTENCOURT, L. Homens 1; CONG. BRAS. ESCRITORES. I; Encic. Mirador; Grande encic. Delta; GUARANÁ, M. Dic.; PEIXOTO, A. Getúlio; POPPINO, R. Federal; WYNNE, J. História.