ROSÁRIO DO CATETE OITOCENTISTA.
Terra Massapé, apogeu
açucareiro do Sergipe 
Rosário do Catete tem a
oferecer a Sergipe, ao Brasil e para o mundo, 
a história e a memória   do
apogeu   da  cultura da 
cana de açúcar  em Sergipe
oitocentista, já são mais  de  50 engenhos inventariados  catalogados que  logo está a disposição  da pesquisa 
e  em alguns casos  da visitação; 
monumentos históricos como os dois sobrados da antiga rua de baixo, as Estação
Férrea, marco histórico da Revolta de Santo Amaro, na qual diante disso, veio a
emancipação política do município em 1836.
Rotas dos engenhos, em especial
a Serra Negra do Patriarca Leandro Ribeiro de Araújo Maciel, da Santa Barbara
onde nasceu o Barão de Maruim, do Unha de Gato onde foi assinada a mudança da
Capital   de São Cristóvão para Aracaju.
Acesso a Estrada Real onde controlava a entrada e saída  de mercadorias 
no embarque e desembarque dos Porto das Redes (antiga
Alfândega de Sergipe) ligação  entre Maruim 
e Rosário do Catete. Para a proteção desse  patrimônio, será preciso  a criação de 
uma Lei específica  de bens  tombados 
no âmbito municipal. Outra ação prevista no pacote é a implantação da
“Rota dos engenhos Coloniais” com visitação agendada e acompanhada.
Rosário do Catete, berço da
História Política de Sergipe, logo ao cruzar  a entrada  que dar 
acesso  ao município  de Rosário do Catete , rodovia que corta a
BR-101 no sentido de Aracaju a Propriá, logo se vê na entrada da cidade de
Rosário do Catete uma grande imagem de nossa Senhora do Rosário, além de  muitas barracas de vendedores de milho. Mas
só passar não dá para ter uma ideia do que foi esse município no contexto
histórico nacional e, em especial, na história Política de Sergipe.
As terras
ocupadas pela Cidade de Rosário do Catete pertenciam ao antigo engenho Jordão,
de propriedade de Jorge de Almeida Campos, que as doou para construção da
capela de Nossa Senhora do Rosário.
 Sabe-se que foi
onde que nasceu João Gomes de Melo, o Barão de Maruim, no engenho Santa Barbara
de baixo, esse mesmo foi responsável pela assinatura da ata de mudança da
capital de São Cristóvão para Aracaju. Fato que aconteceu no Engenho “unha de
Gato” pertencente a uma família de portugueses, posteriormente ao Barão. 
A História de
Rosário do Catete tem início em 1575, quando houve a primeira tentativa de
conquista de Sergipe por Luiz de Brito, governador da Bahia. É a referência
mais antiga. Bem próximo ao local em que a atual cidade se encontra, existia
uma aldeia de índios. Que viviam às margens de um rio e sob o comando do índio Siriry.
A
povoação rosarense crescia tanto que, por volta de 1828, a Câmara de Santo
Amaro resolveu transferir para Rosário a sede do município de Maruim. Os
habitantes de Santo Amaro e Maruim declararam guerra entre si. O Governo da
província acabou intervindo e ratificando a decisão da Câmara de Santo Amaro.
De uma canetada só, a povoação de Rosário do Catete passava à freguesia, vila e
sede de município. Mas isso durou pouco. As reações de Maruim foram fortes. Em
3 de fevereiro de 1831, Rosário volta a pertencer a Santo Amaro  como povoamento e  Freguesia. Cinco anos depois, ela se tornava
Vila de Nossa Senhora do Rosário do Catete. Assim, a cidade nasceu com a
Revolta de  Santo Amaro...Continua .!!
Berço   dos intelectuais de Sergipe 
  Antônio Garcia Filho- Formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1941.
Iniciou suas atividades como médico em Aracaju, transferindo-se depois para a
cidade de Laranjeiras/SE. Foi o primeiro Pró-reitor de Extensão e Assuntos
Comunitários desta Universidade e seu primeiro professor de Anestesiologia na
Faculdade de Medicina. Foi professor de Nutrição da Faculdade Católica de
Ciências Sociais. Foi membro da Academia Sergipana de Letras onde ocupou a
Cadeira No. 1, cujo patrono foi o intelectual Tobias Barreto de Menezes. Além
de poeta foi compositor de músicas. É o autor da letra do Hino do 28º Batalhão
de Caçadores e do Hino da Cidade de Rosário do Catete.
                     Manuel Cabral
Machado, professor, intelectual, homem público e um dos maiores vultos do
século XX, que marcou com sua presença décadas seguidas com atividades
inovadoras. Filho do médico Odilon Ferreira Machado que também  foi prefeito em  Rosário em um mandato de dois anos de 1920 a
1922. Publicou diversos livros, destacando-se: Brava gente sergipana e outros bravos (1999), Elegias a Elohim, Poemas à mãe de Deus, Aproximações Críticas
(todos de 2002), Baladas de bem-querer à
Bahia (2003) e O aprendiz de oboé
(2005). Presidiu a Academia Sergipana de Letras, e frequentou, permanentemente,
as suas sessões, como um dos mais atuantes debatedores, também foi membro da Academia Brasileira de Ciências Sociais Criado na Capela, cidade onde seu pai voltou
a fixar-se, foi também , o ex-vice
governador de Sergipe na gestão de Lourival Batista. Morreu com 92 anos, em
2009, no Hospital São Lucas por falência múltiplos de órgãos. 
Maximino de Araújo Maciel- nasceu em Rosário no dia 20 de abril de 1866. Fez os
preparatórios em Sergipe e em seguida mudou-se para o Rio de Janeiro onde
formou-se em Direito (1890-1894) e Medicina (1896-1901). Foi professor
catedrático de língua portuguesa no Colégio Militar, desde 1893. Em 1919,
atingiu o posto de Tenente Coronel. Pertenceu ao Instituto Histórico e
Geográfico de Sergipe e outras instituições científicas e culturais do Rio de
Janeiro e Sergipe, Gramática Analítica, Filologia Portuguesa, Gramática
Descritiva, Taxionomia Social, Lições de Botânica Geral, Noções de Agronomia,
Lições Elementares de Língua Portuguesa, Elementos de Botânica Geral e
Elementos de Zoologia.
Celeiro de Grandes
Políticos 
 Conhecido
como celeiro político de Sergipe, daí saíram
Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel foi deputado no Império e senador na
República. Mais tarde, seu filho, Leandro Maynard Maciel, seria governador do
Estado. Outras figuras marcantes foram Augusto Maynard Gomes e Edelzio Viera de
Melo que foi vice-governador assumindo mais tarde o governo. Deste modo,
Rosário ofertou a Sergipe quatro nomes a governar o Estado. Leandro Maynard
Maciel em 1960 foi indicado para ser vice-presidente da República na chapa de Jânio
Quadros, mas renunciou em favor de Milton Campos. 
Sede de Assembleia Legislativa do Estado e Sede do
Governo 
Foi sede da Assembleia legislativa  na 
eleição para o Senado da República em 1894.
Em meio à contendas, José Calazans transferiu
a sede do governo sergipano de Aracaju para a cidade de Rosário do Catete. Esse
ato foi visto por seus opositores como de abandono do poder. Sílvio Romero, em
praça pública, defendeu então a passagem do governo para o presidente da
Assembleia Legislativa, João Vieira Leite, favorável ao grupo valadonista, que
foi de fato empossado em 11 de setembro de 1894. A situação de duplicidade de
poderes instalada nesse momento levou ao surgimento dos apelidos que iriam
identificar as rivalidades da política sergipana na Primeira República: os
“pebas”, que ficaram nas areias de Aracaju, e os “cabaús”, reunidos na zona dos
engenhos de Rosário Catete. A Assembleia funcionou na rua de baixo e o
governador  despachava  no Paço 
Municipal segundo  a descrição de
alguns  documentos.
Rosário do Catete e a  geração dos bacharéis e médicos de Sergipe
Essa geração revolucionou a Faculdade de
Direito do Recife e na Faculdade de Medicina da Bahia os cânones vigentes,
difundindo novas ideias e assim fixando os fundamentos da cultura Brasileira.
São eles: 
    Antônio
Dias de Pinna advogado fundador
do curso de direto da USP. Estudou
na Faculdade de Recife concluindo em 1865. Em Sergipe exerceu os cargos de
promotor público da comarca de Laranjeiras, 1866-1869; de inspetor geral das
aulas, de novembro de 1869 a 1870; promotor público de Laranjeiras pela segunda
vez, removido em maio de 1874 para o Aracaju, cujas funções desempenhou até
1875; deputado provincial nas três legislaturas bienais de 1872-1877.
João Maynard Desembargador, nasceu no engenho “Saco” município do Rosário
do Catete em 8 de janeiro de 1878. Bacharel em ciências jurídicas e sociais
pela Faculdade Livre do Rio de Janeiro, exerceu os cargos de Juiz Municipal do
termo de Itabaianinha, sede da então comarca do Rio Real. Em Aracaju tem uma
avenida  com seu nome : Avenida
“Desembargador Maynard”.
Jose Sotero Vieira de Melo Desembargador, filho de Francisco Vieira de Melo e de Maria Rosa de São
José e Melo. Nasceu em Rosário do Catete, em 13 de maio de 1856. Pertenceu a
geração dos bacharéis e médicos de Sergipe, que revolucionaram na Faculdade de
Direito do Recife e na Faculdade de Medicina da Bahia. Em fevereiro de 1869,
com 13 anos, foi levado pelo tio, João Gomes de Melo, o Barão de Maruim, um dos
homens mais influentes da Província, para o Rio de Janeiro, onde estudou nos
colégios São Salvador e Pinheiro, continuando e concluindo os preparatórios,
permanecendo até 1873, quando foi para Recife e ingressou  na Faculdade de Direito do Recife.
Patrimônio
material  de Rosário  do Catete 
O
patrimônio material é composto por um conjunto de bens culturais tais como igrejas,
engenhos, sobrados e residências 
centenárias  que  fazem parte 
do orgulho  maior dos seus
moradores     classificados, segundo sua
natureza, conforme  está sendo
inventariado  na gestão do  Prefeito 
Etelvino Barreto.
Igreja
de Nossa Senhora de Nazaré foi
construída em 1709 , foi demolida  e
construída  outra  no mês o lugar em 1864 fazendo  parte do engenho  Catete Novo 
pertencente ao Barão de  Maruim.
Igreja
Matriz  Nossa Senhora  do Rosários sua  Construção
do século XVIII. Iniciou  sua construção
em1746 e a irmandade é  criada  em 1779. O convento dos franciscanos  abrigou a irmandade de São Benedito no século
XVIII. Outro lugar que o santo era venerado era na povoação de Rosário do
Catete, pois na capela da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos homens
pretos e pardos.
 Capela da fazenda Caldas onde foi enterrado  os restos 
mortais do  General  Augusto 
Maynard Gomes.  Com venda da
fazenda seus restos mortais foram transferidos 
para o cemitério  santa Isabel em
Aracaju 
Igreja
Nossa Senhora do Amparo foi
construída no século XIX e restaurada em 1946 por Simeão Machado.
Estação
de Trem, inaugurado em 1914
essa mesma está passando pelo processo de tombamento pelo IPHAN chamado de
“valoração” será o 1º Tombamento a nível  
Nacional da cidade. Alguns 
acontecimentos  históricos
marcaram  a história  da estação férrea, sendo  palco de 
vários  episódios.  Em 1924 serviu de embarque de tropas  dos tenentes 
na revolta de 24  comandada por
Maynard  Gomes, amando vagão  de Trem 
com canhão  a combater tropas  legalistas 
em Carmópolis.  Na década de 1933
desembarca o então Presidente do Brasil o sr. Getúlio Vargas para inauguração
da Ponte de Pedra Branca. Serviu como terminação de escoamento de açúcar e mais
tarde como terminal de  carga  de Potássio 
sendo usada pela vale do Rio Doce. Hoje 
é sede  da banda  de Música Luís Ferreira Gomes.  
Grupo Escolar Leandro Maciel construção da década de 1930 por Augusto
Maynard Gomes .
Sobrados da rua de baixo Construção segunda metade do século XIX, por
dois portugueses que tinham comércio  em
Maruim. Mais  tarde  passa a pertencer  as famílias 
de João batista de Moraes 
Ribeiro, Manuel  Cabral Machado e
o outro  a família  de Leandro Maciel.
Cemitério Paroquial de Rosário do Catete  19 de
maio  de 18856, o Presidente  da Província , Dr. Salvador Correia de Sá e
Benevides, dirigiu  uma circular  nº 7 às Câmaras incitando-se  a fazerem 
Cemitérios, e a de Rosário  foi
a  umas das  Primeiras 
que tratou do Assunto, marcando lugar 
para a sua necrópole  ao sul da
Vila. Seria construído, como se fosse pela Câmara, e com auxílio dos
particulares, em 1857 já se sepultava  os
mortos  rosarenses, mas só se deu  por 
pronto em janeiro de 1862, quando 
foram feitas  as obras delineadas
pelo engenheiro da Província, por ordem governamental. Foi quando lhe deu por
pronto seu dirigente 1ª de fevereiro de 1861, o capital  de engenheiros  Francisco Pereira da Silva responsável
pela  obra .
Engenho Serra Negra 
atualmente só existe uma chaminé no local do engenho. O Serra Negra foi
uma pequena propriedade, mas de altíssima produção, ele tinha uma casa simples
de pedras  imponente. Ele foi o engenho
mais importante do século XVIII para o XIX, pertenceu a Leandro Maciel (pai)
tinha a visão mais alta sobre os outros o engenho só entra em declínio quando Leandro
Maciel (pai) tem a necessidade de aumentar a produção e a necessidade de uma
casa maior por causa da família grande e ele o abandona e vai para Japaratuba
para o engenho entre rios com uma maior propriedade e na região litorânea.
 Rosário do 
Catete   teve outros engenhos   de grande 
relevância  para a história
econômica do estado Tais como: Santa Barbara,
Paty, Bom Nome, Oitocentas, Lagoa Grande, Saco, Sitio Novo, Catete velho  e Novo, Jurema, Piripiri, Várzea, Jordão ,
Jucurema,  Salobro, Cajá, Marrecas, Bom
Sucesso, Capim Assú, Jenipapo, Vazia Grande, Cumbe, Ilha e Campo Redondo.
Hoje existe uma
preocupação e um desejo da administração e dos fazedores  de Cultura 
da cidade em expressar  e  despertar 
o sentimento de pertencimento e salvaguarda, por parte dos rosarenses,
que  amam e  admiram esta cidade, em prol da manutenção
das riquezas materiais e imateriais deste povo, novos  tempos , tempos de conhecer, amar  e proteger nossa memória, nossa história o
legado  de sua gente  seu maior 
patrimônio. Esperamos que a sociedade e as autoridades competentes
caminhem juntos, norteados pelo desejo de uma cidade melhor e mais eficiente na
preservação de suas raízes, rumo ao avanço sociocultural e econômico deste
povo. É pra frente de que anda.




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