sábado, 28 de abril de 2012



João Ribeiro - 
um sábio que completa 15I anos

 
Por Luiz Antônio Barreto



Nascido do útero de Laranjeiras, no dia 24 de junho de 1860, João Ribeiro de Andrade Fernandes, conhecido em todo o Brasil como João Ribeiro, mestre da língua, da história e do folclore, foi um dos mais ilustres filhos de Sergipe, formando ao lado dos grandes como Tobias Barreto, Silvio Romero, Fausto Cardoso, Gumercindo Bessa, Felisbelo Freire, Laudelino Freire, Jackson de Figueiredo, Justiniano de Melo e Silva, Manoel Bonfim, e outros que elevaram a terra sergipana a ser reconhecida como “pátria de filósofos.” Sergipe foi, na segunda metade do século XIX, também, “pátria de poetas”, “pátria de juristas”, numa consagração que se fez o maior dos bens que a terra pode ter.




João Ribeiro não fez o caminho recifense dos demais, na sua formação de professor e de bacharel em Direito. Sua convivência maior foi com o Rio de Janeiro, bacharelando-se em 1894, na Faculdade Livre de Direito,onde Silvio Romero foi professor. Alternando atividades na cátedra  e nos jornais, João Ribeiro produziu uma vasta obra, que se tornou referência essencial aos estudos da história, da filologia e do folclore, sempre mantendo a categoria de mestre, que o tempo foi tornando sábio. Em 1895 foi para a Alemanha, estudando as novas teorias em discussão sobre o folclore. Iniciou uma série de publicações, em jornais, vulgarizando a ciência, que então mudava a compreensão do mundo e da vida. E com suas Cartas, mandadas da Alemanha, fez estudos de literatura comparada, lamentavelmente sem convertê-los em livro.
Sobre o Folclore, João Ribeiro deu um Curso na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, em 1913, dando suporte científico às pesquisas pioneiras de Silvio Romero e de outros coletores das coisas do povo. Valendo-se das teorias alemãs, do folclore étnico, fazendo a exegese dos autores solaristas, o curso dedo foi publicado nos Anais da BN e, em 1919, com alguns poucos acréscimos foi editado pela casa impressora de Jacinto Ribeiro dos Santos.
Mesmo vivendo 15 anos após a edição de O Folclore, João Ribeiro não conseguiu complementar seu texto, com anotações importantes, que ficaram de fora da edição de 1919. Somente em 1963, graças as iniciativas de Edson Carneiro, Joaquim Ribeiro (intelectual, filho e curador da obra de João Ribeiro, foi pensada a reedição, que esbarrou no patrulhamento feito pelos militares que tomaram o Poder. Anos depois, quando a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro era dirigida pelo diplomata e folclorista Renato Almeida, contando com a colaboração de Vicente Sales, o livro saiu, em co-edição com a Organização Simões Editora.
O Brasil das universidades e centros de pesquisas e estudos passou a contar com um livro bem ordenado e fundamentado, atualizado, e que servia de roteiro interpretativo da cultura popular brasileira, fundamental como estudo da psicologia coletiva. O Folclore de João Ribeiro é, hoje, um livro raro, inacessível ao grande público interessado, de todo o País. É importante registrar que Sergipe é berço de Silvio Romero, que iniciou as coletas folclóricas do Brasil, em parte interpretadas pelo sergipano João Ribeiro e,posteriormente, por Clodomir Silva, José Calasans, Mário Cabral, e mais recentemente, por Jackson da Silva Lima. No campo do estudo da língua portuguesa no Brasil, os lvros de João Ribeiro serviram de teoria aos cursos médios e universitários, e o mesmo se pode dizer dos estudos de história.
João Ribeiro escreveu, com seu patrício e amigo Silvio Romero, o Compêndio da História da Literatura Brasileira, editado em 1906, reeditado em 2001, pela Editora IMAGO, do Rio de Janeiro. A edição coincidiu com as homenagens prestadas a Romero, quando o Brasil celebrava os seus 150 anos de nascimento. O Sesquicentenário de João Ribeiro não teve, lamentavelmente, a repercussão merecida. Suas obras raream nos sebos, embora o saber que nelas circula é um doas capítulos mais relevantes da cultura brasileira. Dois eventos, talvez apenas estes – uma conferência no Palácio Museu Olimpio Campos e um Seminário na UNIT, bem coordenado pelo professor Antonio Bitencourt – “salvaram a Pátria”, rompendo com o silêncio constrangedor da indiferença.
Sábio, autor de grande obra, João Ribeiro tem um enorme crédito em Sergipe e precisa ser quitado, principalmente junto a massa estudantil, onde sua magnífica obra é referência sem precedentes na cultura brasileira.
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FONTE:
http://iaracaju.infonet.com.br/serigysite/ler.asp?id=450&titulo=Gente_Sergipana





João Batista Ribeiro de Andrade Fernandes


Infância
Órfão de pai muito cedo, foi residir na casa do avô, que era de espírito liberal, admirador de Alexandre Herculano. Depois de ter concluído na cidade natal os primeiros estudos, transferiu-se para o Ateneu de Sergipe, em Aracaju, onde concluiu os estudos secundários. Foi então para a Bahia e matriculou-se no primeiro ano da Faculdade de Medicina de Salvador. Constatando a falta de vocação, abandonou o curso e embarcou para o Rio de Janeiro, para matricular-se na Escola Politécnica. Simultaneamente continuava a estudar arquitetura, pintura e música, os vários ramos da literatura e sobretudo filologia.
Jornalismo
Desde 1881, dedicou-se ao jornalismo e fez amizade com os grandes jornalistas do momento, como Quintino Bocaiúva, José do Patrocínio e Alcindo Guanabara. Ao chegar ao Rio, trazia os originais de uma coletânea de poesias, os Idílios modernos. Seu amigo e conterrâneo Sílvio Romero leu esses versos e publicou sobre eles um artigo na Revista Brasileira. Mesmo assim, João Ribeiro decidiu não publicá-los. Trabalhou, a princípio, no jornal Época (1887-1888), multiplicando-se por várias seções, sob diversos pseudônimos: Xico-Late, Y., N., Nereu. Em fins de 1888, estava no Correio do Povo, com o seu "Através da Semana", onde assinava com as suas iniciais e também com o pseudônimo "Rhizophoro".
Magistério
Apaixonado pelos assuntos da filologia e da história, João Ribeiro desde cedo dedicou-se ao magistério. Professor de colégios particulares desde 1881, em 1887 submeteu-se a concurso no Colégio Pedro II, para a cadeira de Língua Portuguesa. Contudo só foi nomeado três anos depois, para a cadeira de História Universal. Foi também professor da Escola Dramática do Distrito Federal, cargo em que ainda estava em exercício quando faleceu. Nesta época, escrevia para A Semana, de Valentim de Magalhães, ao lado de Machado de Assis, Lúcio de Mendonça e Rodrigo Octavio, entre outros. Ali publicou os artigos que irão constituir os seus Estudos filológicos (1902).
A partir de 1895 fez inúmeras viagens à Europa, ora por motivos particulares, ora em missões oficiais. Representou o Brasil no Congresso de Propriedade Literária, reunido em Dresden, bem como na Sociedade de Geografia de Londres. Mantinha-se em contato com seus leitores brasileiros através de colaborações no Jornal do Commercio, nO Dia e no Jornal do Comércio de São Paulo. A última fase de atividade na imprensa foi no Jornal do Brasil, desde 1925 até a morte. Ali escreveu crônicas, ensaios e crítica.
Obras
  • Dicionário gramatical (1889)
  • História do Brasil (1901)
  • Versos (1890)
  • Estudos filológicos (1902)
  • Páginas de estética, ensaios (1905)
  • Frases feitas, filologia (1908)
  • Compêndio de história da literatura brasileira, história literária (1909)
  • O fabordão, filologia (1910)
  • Colméia, ensaios (1923)
  • Cartas devolvidas (1926)
  • Curiosidades verbais, filologia (1927)
  • Floresta de exemplos, contos (1931)
  • Goethe (1932)
  • A língua nacional, filologia (1933)
  • Crítica (org. Múcio Leão)
Os modernos (1952)
Clássicos e românticos brasileiros (1952)
Poetas, Parnasianismo e Simbolismo (1957)
Autores de ficção (1959)
Lorbeerkranz.pngAcademia Brasileira de Letras
Segundo ocupante da cadeira 31, eleito em 8 de agosto de 1898, na sucessão de Luís Guimarães Júnior e recebido pelo Acadêmico José Veríssimo em 30 de novembro de 1898.
Em 1897, ao criar-se a Academia, estava ausente do Brasil e por isso não foi incluído no quadro dos fundadores. Em 1898, de volta, ocorreu o falecimento de Luís Guimarães Júnior. A Academia o escolheu para essa primeira vaga.
Foi um dos principais promotores da reforma ortográfica de 1907. Seu nome foi apresentado diversas vezes como o de um possível presidente da instituição, mas ele declinou sistematicamente de aceitar. Em 22 de dezembro de 1927, porém, a Academia o elegeu presidente. João Ribeiro apresentou, imediatamente, sua renúncia ao cargo.



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FONTE:
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Batista_Ribeiro_de_Andrade_Fernandes

domingo, 22 de abril de 2012



Um resumo da história de Sergipe 

 

 FREITAS, Itamar. Um resumo da história de Sergipe. A Semana em Foco, Aracaju, p. 6B-6B, 02 maio 2004.

 

Na edição nº 68, (18-24 abr. 2004), demonstrei algumas estratégias de transposição da erudita História de Sergipe de Felisbelo Freire (1891) para o livro didático do mesmo nome, elaborado pelo professor Laudelino Freire (1898). É bom que sejam relevados os truncamentos da transposição e os poucos avanços detectados em termos pedagógicos. Na cidade bandeirante, a introdução da história local nas escolas primárias também não contou com texto exemplar, adequado às possibilidades cognitivas ou, como se dizia no final do século XIX, ajustado ao “interesse da infância”. 
As narrativas didáticas destinadas ao “ensino da mocidade”, mocidade que poderia variar desde os 7 aos 16 anos, produzidas por José Joaquim Machado de Oliveira (Quadros históricos da província de São Paulo) e pelo republicano histórico Américo Brasiliense (Noções de história pátria) possuíam estrutura  de frase e vocabulário eruditos. O texto deste último não passava da transcrição integral de conferências proferidas para um público nada infantil em Campinas, logo veiculadas na Gazeta local e, na seqüência, distribuídas nas escolas públicas em formato livro.
Desconheço as tentativas de emendar a obra dos paulistas. Mas, no caso de Laudelino Freire – futuro organizador da Revista Didática (1902/1906) – houve outra oportunidade de escrever um resumo da história de Sergipe para o curso primário, dessa vez, incerta num livro escolar de Corografia.
Corografia era a nomenclatura de uma disciplina cujos conteúdos versavam sobre o conhecimento do espaço de uma determinada região ou localidade. Quadro Corográfico de Sergipe (1898) foi o nome do livro de Laudelino, publicado um ano depois da Corografia do Estado de Sergipe do infortunado Silva Lisboa (Cf. A Semana, 7-13 set. 2003).
No Quadro, o “resumo” da História de Sergipe (1898) foi transformado em “resenha histórica”. Um novo texto foi produzido sob indiciário título de “Notícia histórica” contemplando todas as adaptações que o formato editorial requereria. Ficou 75% mais curto e aqui é interessante registrar o procedimento de Laudelino para compor essa nova síntese.
A periodização foi mantida – tempos colonial, imperial e republicano – e a natureza dos fatos também – conquista, invasões, guerras, posse dos governantes. O que fez com que a narrativa fosse reduzida tão drasticamente foram as omissões de grandes blocos. Ele excluiu os detalhes sobre a catequese, sobre as guerras – os efetivos, as estratégias de combate, o sofrimento dos fugitivos –, os fatos destacados na maioria das administrações, os fatos exorbitantes da história política – a presença da cólera no Estado –, excluiu seus comentários sobre a direção tomada pela história local – o fracasso da ação jesuítica – e o julgamento sobre algumas ações administrativas – a mudança da capital, o desapego dos sergipanos à causa emancipacionista defendida por Carlos Burlamaque.
O texto da História teve suprimido os títulos e subtítulos, capítulos foram fundidos e as listas de governantes e parlamentares migraram das notas de pé de página para um bloco no final da “resenha”. Algumas palavras estrategicamente postadas no curso do texto anterior – nem sempre importando em melhor solução. Laudelino condensou e mudou a ordem de parágrafos. Corrigiu, fez justiça com o historiador Barleus, não citado na História de Sergipe e também deve ter deslizado em alguma informação – no Quadro corográfico o número de cativos em 1590 é de apenas 1.000, enquanto que na História vem grafado 4.000 (erro tipográfico?).
Estava agora a história de Sergipe posicionada na Corografia de Sergipe, ou seja, na segunda parte do livro, intitulada “Descrição política de Sergipe”, após a “Descrição física de Sergipe” – limites, nosografia, orografia, hidrografia, limenegrafia, portos, barras, faróis e divisão civil, judicial e eclesiástica do Estado – e à frente das sinopses de todas as suas comarcas e municípios. Sob o ponto de vista da história a ser ensinada,, a disposição do Quadro é bem mais rica do que a gravada na História de Sergipe. No Quadro, em que pesem os objetivos da Corografia – os fatos geográficos – estão contempladas a história geral e a história local.
A transposição da História de Sergipe para o Quadro corográfico fez recrudescer o caráter narrativo da primeira obra. Com os cortes efetuados, a história transformou-se ainda mais numa seqüência linear de eventos postos em relação de causa e efeito – o antecedente determina o conseqüente –, eventos que, por sua vez, guardavam estreitas filiações com a história do nascente Estado republicano.
Contada dessa forma – conquista e colonização portuguesas, expulsão dos holandeses, redução à comarca da Bahia, emancipação política, transferência da capital, administração republicana – , pelo menos três elementos constituintes do mito fundador de Sergipe seriam renovados entre professores e escolares: a idéia de que estamos fadados à civilização dos costumes, por obra e graça do povo português; a presença da violência como traço marcante da história local, caráter traduzível até mesmo nas lutas partidárias do final do século XIX; e a eleição do nosso “outro”, do nosso diferente, do nosso algoz centrada na Bahia.
Também contada dessa forma, nos textos de Laudelino Freire, a história de Sergipe faria coincidir dois modos operadores do final do século XIX, o do ofício do historiador e o do ofício do professor de história. Para o primeiro, majoritariamente, escrever história era narrar, encadear ações destacadas na experiência política, de preferência, num texto dito a um só fôlego. Para o professor, segundo a pedagogia hegemônica, ensinar história seria uma tarefa mais produtiva se os fatos fossem dispostos em ordem cronológica – o antecedente explicando o conseqüente – de forma a que a memória fosse adequadamente alimentada e treinada, podendo assim conservar as principais informações que o aluno precisaria para situar-se no Estado e na vida.

Para citar este texto
FREITAS, Itamar. Um resumo da história de Sergipe. A Semana em Foco, Aracaju, p. 6B-6B, 02 maio 2004.

HISTÓRIA DE ARACAJU           (Parte 2 )




HISTÓRIA, GEOGRAFIA E CONHECIMENTOS GERAIS DE   SERGIPE       
PROVAS DA FUNCAB 






1ª ) A Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu – APA Morro do Urubu – está localizada na zona Norte de Aracaju e caracteriza-se por uma Unidade de Conservação de uso sustentável. Um dos motivos que a enquadrou na categoria de Unidade de Conservação de uso sustentável, através do Decreto nº 13.713, de 14 de junho de 1993, é que, na capital sergipana, a área constitui um dos últimos remanescentes de:

A) Restinga.
B) Caatinga.
C) Manguezais.  
D) Vegetação de dunas.
E) Mata Atlântica.
2ª ) A Constituição Federal de 1988 determinou que, a partir daquela data, a criação das Regiões Metropolitanas fica a cargo dos governos estaduais. Através da Lei Complementar n° 25, de 29 de dezembro de 1995 e, alterada pela Lei Complementar n° 86/2003, a Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe decretou e sancionou a criação da Região Metropolitana de Aracaju. Fazem parte da região metropolitana, desde a sua criação, os seguintes municípios:

A) Lagarto, Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros e Estância.
B) Estância, Santo Amaro das Brotas, Riachuelo e Aracaju.
C) Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros.
D) Barra dos Coqueiros, Estância, Laranjeiras e São Cristóvão.
E) São Cristóvão, Lagarto, Aracaju e Nossa Senhora do Socorro.

3ª) A Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde – CVE/SES registrou, no período entre janeiro e outubro de 2010, 1.440 casos suspeitos de dengue, com 313 casos confirmados, o que representa 21,73% dos casos suspeitos. Houve um aumento no número de casos, principalmente, a partir do mês de março, mas com um registro maior nos meses de abril e maio, comportamento esse já esperado pelos técnicos da vigilância, haja vista, que os anos de 2009 e 2008 também registraram este padrão. A situação dos meses de abril e maio pode ser atrelada a uma série de questões relevantes, tal como:
A) o desabastecimento de água e consequente armazenamento indevido.
B) ao fim do período chuvoso no estado, provocando alagamentos constantes.
C) a ação eficaz do combate à doença em todos os períodos do ano.
D) ao processo de expansão urbana em direção à praia do Atalaia.
E) a diminuição dos leitos para atendimento dos casos de dengue no período do outono.

4ª ) O impacto da política regional, que ficou conhecida como “Nova indústria nordestina”, principalmente na década de 70, impactou diretamente a estrutura produtiva de Sergipe. Como na maioria dos estados nordestinos, no período anterior à criação da Sudene, Sergipe caracterizava-se, no fim da década de 1950, por apresentar uma estrutura produtiva pouco diversificada, com predomínio, no setor rural, da cana-de-açúcar, algodão e pecuária, complementada pelas chamadas culturas de subsistência. Contudo, no período de forte atuação da Sudene, Sergipe obteve um certo destaque econômico, pois diferenciava-se da maioria dos estados nordestinos, através de:

A) incentivos à modernização produtiva da indústria têxtil.
B) atração de multinacionais do setor de eletrodomésticos.
C) fortalecimento da indústria pesqueira, marítima e fluvial.
D) existência de riqueza mineral, principalmente petróleo e gás.
E) organização da infraestrutura turística na orla da capital.
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5ª ) A Praça Fausto Cardoso configura-se, na história de Aracaju, como um local central de importância política e cultural, pois concentrava um significativo número de prédios públicos oficiais, bem como manifestações culturais. Segundo a historiadora Terezinha Oliva “A praça era conhecida como a praça dos três poderes, das manifestações políticas. Foi o cenário da Intentona Comunista, das lutas pelas 'Diretas Já' e aglutinava, também, os trabalhadores que sempre iam fazer manifestações, para chamar a atenção do poder público quanto às suas reivindicações”. Apesar de não possuir a mesma importância de outrora, a Praça Fausto Cardoso é um marco urbanístico e histórico de Aracaju, e homenageia um importante personagem, que ganhou notoriedade como:

A) comerciante que alavancou a economia de Aracaju.
B) deputado que liderou a revolta contra as oligarquias do Estado.
C) personagem do folclore regional, que divulgou a cultura nacionalmente.
D) fazendeiro que incentivou o beneficiamento da cana-de-açúcar.
E) engenheiro que promoveu o ordenamento urbano de Aracaju.

6ª) O primeiro a propor o horário de verão foi William Willett, em 1907, membro da Sociedade Astronômica Real, que iniciou uma campanha para que a Inglaterra o adotasse. O argumento, na época, era que as pessoas teriam mais tempo para lazer, haveria menor criminalidade e redução do consumo de luz. O Brasil adota sistematicamente o horário de verão, contudo, nem todas as regiões necessitam deste sistema para economizar energia. Como ocorrido nos últimos anos, nos meses em que o horário de verão é adotado no Brasil, quando são 10h00min em Brasília, em Aracaju será:

A) 8h00min
B) 9h00min
C) 10h00min
D) 11h00min
E) 12h00min

7ª ) A imagem a seguir, representa a organização histórica da cidade de Aracaju e é denominada de “Tabuleiro de Xadrez”. Tal organização está relacionada ao seguinte fato:


A) Verticalização das construções.
B) Novos sistemas de transportes.
C) Urbanização projetada.
D) Formação de periferias.
E) Economia agrária exportadora.


8ª)   Leia a reportagem a seguir.   Chuva causa alagamentos em Aracaju Em 14 horas foi registrado quase metade do esperado para todo o mês. Aeroporto ficou fechado durante a tarde”. Uma chuva forte e constante está provocando alagamentos em Aracaju nesta terça-feira (24). A chuva começou na madrugada e em 14 horas foram registrados 130 milímetros, quase metade do esperado para todo o mês de maio. Canais transbordaram e os carros quase não conseguiam trafegar. Em uma creche, as águas tomaram a frente do prédio, impedindo a saída das crianças. A Marinha emitiu um alerta de mar agitado e a orientação é para que as embarcações evitem a navegação. Segundo a meteorologia, as chuvas intensas devem continuar até quinta-feira (26). O aeroporto de Aracaju foi reaberto na tarde desta terça-feira, depois de ficar fechado durante a maior parte da tarde. Quatro voos foram cancelados. O episódio registrado na reportagem está corretamente justificado na seguinte afirmativa:

A) O período com maior índice pluviométrico na cidade é o inverno/primavera.
B) O relevo montanhoso da cidade facilita a ocorrência de alagamentos.
C) O período com maior índice pluviométrico na cidade é o outono/inverno.
D) O relevo montanhoso da cidade facilita a ocorrência de deslizamentos.
E) O período com maior índice pluviométrico na cidade é o verão/outono.

9ª ) No estado de Sergipe, “os principais manguezais se encontram na foz do Rio São Francisco e seus afluentes da foz; na foz do Rio Japaratuba e Rio Siriri, seu afluente; foz do Rio Sergipe; Rio Vaza Barris; Rio Real e Rio Piauí.” O processo de degradação destes manguezais encontra-se em estágio acelerado, colocando em risco a importância deste ecossistema para a região. O principal benefício ecológico dos manguezais e a principal causa da sua destruição são, respectivamente:

A) produção de produtos da maricultura / pesca predatória.
B) manutenção das costas marítimas / fragilidade da legislação ambiental.
C) fornecimento de madeira para lenha / derramamento de esgoto.
D) contribuição na culinária local / intensificação do setor turístico.
E) berçário natural de espécies aquáticas / especulação imobiliária.

10 ª)  Em 1820, o rei D. João VI assinou um Decreto que isolou Sergipe da Bahia. O brigadeiro Carlos César Burlamárqui foi nomeado, então, o primeiro governador do Estado, apesar dos contínuos conflitos com os baianos. Com a Independência do Brasilem1822, a situação de autonomia do estado de Sergipe consolidou-se, possibilitando o desenvolvimento da região. Em 1855, a capital sergipana foi transferida para o povoado de Santo Antônio de Aracaju, que foi elevada à condição de cidade. Esta transferência é um marco da história do Estado, bem como da cidade de Aracaju. A cidade que perdeu o status de capital do estado de Sergipe e o motivo da transferência da capital estão apontados corretamente em:

A) São Cristóvão / escoamento da produção açucareira.
B) Barra dos Coqueiros / extração de petróleo e gás natural.
C) Nossa Senhora do Socorro / proteção através de fortificações.
D) Laranjeiras / beneficiamento da produção de cítricos.
E) Estância / infraestrutura para a produção têxtil.

11ª)  O impacto da política regional, que ficou conhecida como “Nova indústria nordestina”, principalmente na década de 70, impactou diretamente a estrutura produtiva de Sergipe. Como na maioria dos estados nordestinos, no período anterior à criação da Sudene, Sergipe caracterizava-se, no fim da década de 1950, por apresentar uma estrutura produtiva pouco diversificada, com predomínio, no setor rural, da cana-de-açúcar, algodão e pecuária, complementada pelas chamadas culturas de subsistência. Contudo, no período de forte atuação da Sudene, Sergipe obteve um certo destaque econômico, pois diferenciava-se da maioria dos estados nordestinos, através de:

A) incentivos à modernização produtiva da indústria têxtil.
B) atração de multinacionais do setor de eletrodomésticos.
C) fortalecimento da indústria pesqueira, marítima e fluvial.
D) existência de riqueza mineral, principalmente petróleo e gás.
E) organização da infraestrutura turística na orla da capital.

12) - Aracaju é uma capital estadual com reconhecida infraestrutura de turismo, incluindo aquela voltada para os espaços praianos. Nesse sentido, destaca-se uma praia aracajuana recentemente revitalizada com novos equipamentos de lazer e de convivência social, quadras de tênis, parque infantil, fonte luminosa e espaço para a prática de esportes, além de um Centro de Artes e Cultura, entre outras funcionalidades turísticas permitidas pela política urbana. Essa praia, a mais próxima do centro da cidade, contribui para o fortalecimento da economia de uma área central já bastante frequentada pelos turistas. O texto faz referência à seguinte praia de Aracaju:
A) Robalo.
B) Atalaia.
C) Refúgio.
D) Náufragos.
E) Mosqueiro.
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13 ) No primeiro aglomerado urbano de Aracaju, realizou-se a reunião da Assembleia Provincial que definiu a transferência da capital de São Cristóvão para Aracaju. Desse ponto geográfico, pode ser observado o estuário do rio Sergipe e a ilha de Santa Luzia. O ponto geográfico de relevância histórica a que o texto se refere é:

A) Ponte do Imperador.
B) Igreja São Salvador.
C) Parque Teófilo Dantas.
D) Orla do Bairro Industrial.
E) Colina de Santo Antônio.
14-) Sergipe conta com uma área de livre-comércio destinada à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados fora do país, sendo considerada zona primária para efeito de controle aduaneiro. Trata-se de uma Zona de Processamento de Exportação. Essa Zona de Processamento de Exportação localiza-se no município de:

A) Lagarto.
B) Areia Branca.
C) Barra dos Coqueiros.
D) Santo Amaro das Brotas.
E) Nossa Senhora do Socorro.

15)  A partir da década de 1860, um importante fator econômico permitiu a ocupação de amplos espaços
rurais de Sergipe, sobretudo em regiões atingidas pelas secas periódicas, no agreste e na zona da caatinga. Tratava-se de uma produção agrícola estimulada pela demanda decorrente da Guerra de Secessão dos Estados Unidos e de estímulos da metrópole portuguesa. Esse fator econômico refere-se à atividade produtiva de:
A) algodão.
B) agave.
C) café.
D) cacau.
E) cana-de-açúcar.
16) No setor energético, o estado de Sergipe alinha-se ao esforço nacional de promover o desenvolvimento
sustentável, no exemplo da produção de combustíveis menos poluentes. A cadeia produtiva agrícola sergipana inclui setores vinculados à área energética, contando com seis destilarias voltadas à geração de etanol, a partir da cana-de-açúcar. No Estado, além do etanol, se produz uma fonte energética vinculada à renovação da matriz brasileira de combustíveis, que contribui para a sustentabilidade ecológica.
Além do etanol, o texto faz referência a uma outra fonte energética que é o(a):
A) gasolina.
B) biodiesel.
C) querosene.
D) carvão mineral.
E) xisto betuminoso.
17)  Atualmente, a luta pela posse da terra em Sergipe, e em várias regiões do Brasil, tem mobilizado diferentes setores sociais, especialmente os ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Na história de Sergipe, os problemas da terra estão intrinsecamente relacionados aos mecanismos de exploração colonial, cuja característica marcante foi

(A) a forma como se organizou a pecuária, desenvolvida predominantemente para atender ao mercado consumidor europeu.
(B) os conflitos entre os colonizadores para a obtenção das melhores terras, visando a exploração de produtos de subsistência, como o feijão e o algodão.
(C)) o alto grau de concentração fundiária tanto na produção açucareira como na criação de gado.
(D) o tipo de sistema de distribuição das terras, denominado sesmarias, que beneficiou, com pequenos lotes, imigrantes e trabalhadores livres.
(E) o predomínio do sistema minifundiário, onde eram produzidos açúcar e bens de produtos intermediários para abastecer o mercado interno.
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18- Analise as frases abaixo, procurando detectar as que apresentam coerência de fatos e justificativas sobre a transferência da capital de Sergipe de São Cristóvão para Aracaju.

I.  A cidade de São Cristóvão recebia grande quantidade de migrantes de diferentes cidades do interior de Sergipe e do Nordeste; isso provocou reações da população desta cidade, que pressionou a Câmara Municipal para votar a transferência da capital para Aracaju.

II. A escolha de Aracaju como capital de Sergipe estava diretamente relacionada, entre outros fatores, à força econômica da região de
Cotinguaba, que tinha dificuldades de escoar seu principal produto de exportação para o mercado interno e externo.

III. Nas décadas de 1910 e 1920, os jornais "O Estado de Sergipe" e o "Correio de Aracaju" exerceram uma poderosa influência sobre a população de São Cristóvão para que ela se manifestasse contra a transferência da capital para Aracaju.

IV. A transferência da capital de Sergipe estava inserida no contexto das transformações ocorridas no país das quais, dentre outros aspectos, destacaram-se os processos de modernização, de industrialização e de urbanização.

As frases corretas são APENAS
(A) I e II                    (B) I e III                    (C) II e III                   (D)) II e IV             (E) III e IV
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19. Observe o gráfico.

 7%   Lavouras permanentes
10%  Lavouras temporárias
4%    Não utilizadas
37%  Pastagens naturais
32%  Pastagens plantadas
10%  Matas
IBGE. Censo agropecuário 1995-1996
A observação do gráfico e seus conhecimentos sobre as atividades rurais de Sergipe permitem afirmar que

(A) no estado, todas as terras agrícolas são intensamente ocupadas.
(B) embora ocupando pequena área, as lavouras permanentes têm alta produtividade.
(C) cerca de 1/3 das terras  agrícolas do estado são ocupadas por matas.
(D) as lavouras temporárias concentram-se no agreste e ocupam cerca de 25% da área do estado.
(E)) mais da metade das terras agrícolas sergipanas destinam-se à pecuária.
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20. Na festa de São Benedito, celebrada no dia de Reis, em Lagarto, há dois folguedos: no 1o, são pretos, vestidos de reis e de príncipes, que fazem a guarda de honra de três rainhas; no 2o, são mulatas vestidas de branco e enfeitadas com fitas que vão em procissão, dançando e cantando música puramente brasileira. As descrições identificam, respectivamente,

(A) Sambas e Folgança dos mouros.
(B)) Congadas e Taieiras.
(C) Batuques e Cavalo marinho.
(D) Espírito Santo e Bumba-meu-boi.
(E) Folgança dos marujos e Pastorinhas.

21- Como cidade planejada, Aracaju nasceu em 1855, por necessidades econômicas. Uma assembleia elevou o povoado de Santo Antônio do Aracaju à categoria de Cidade e transferiu para ele a capital da Província. A transferência deu-se por iniciativa do Presidente da Província

(A) Cristóvão Barros e do Barão Fausto Cardoso.
(B) Inácio Joaquim Barbosa e do Barão do Maruim Provincial.
(C) Pero Gonçalves e do Barão João Mulato.
(D) Sebastião Basílio Pirro e do Barão Salgado Filho.

22 - O Estado de Sergipe é o único produtor de potássio do Brasil. O mineral, que é muito importante para o desenvolvimento dos vegetais, sobretudo como fertilizante, é produzido na mina Taquari Vassouras. A mina produtora do mineral está localizada no Município de
(A) Itabaiana.
(B) Poço Verde.
(C) Carmópolis.
(D) Rosário do Catete.



GABARITO

1ªC  -  2ª C   - 3ª A - 4ª D – 5ª B – 6ª B – 7ª C – 8ª C – 9ª E –
10ª A – 11ª D – 12ª B – 13ª E – 14ª C – 15ª A – 16ª B –
17ª C – 18ª D – 19ª E – 20ª B – 21ª B – 22ª D