quarta-feira, 30 de novembro de 2011

GEOGRAFIA DE ARACAJU

Clima quente durante todo o ano
Aracaju é bastante quente durante a maior parte do ano. A temperatura média é de 26º C. As chuvas se concentram entre os meses de março e agosto e a precipitação média anual é de 1.590 mm. A cidade é banhada pelos rios Sergipe, Vaza Barris, Rio do Sal, Poxim e Pitanga e se limita com os municípios de São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro e Santo Amaro das Brotas
A capital sergipana tem 35 km de litoral. À beira-mar, sobretudo nos bairros Atalaia e Coroa do Meio e nas praias do litoral sul, estão os hotéis e casas de veraneio. Os prédios baixos no litoral facilitam a circulação de ar por toda a cidade.
A vegetação predominante é o manguezal, que se concentra às margens dos rios. Além de mangues, também são consideradas áreas de preservação ambiental algumas restingas e o Morro do Urubu, um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica.
O relevo plano é propício à prática do ciclismo, sendo o uso da bicicleta como meio de transporte bastante incentivado pela Prefeitura, que nos últimos anos construiu mais de 50 km de ciclovias. A política de ampliação da rede cicloviária tem ajudado a diminuir os congestionamentos, além de evitar a sobrecarga do sistema de transporte público e reduzir a poluição ambiental provocada pela liberação de gás carbônico pelos veículos.
A população da cidade cresceu muito desde que fundada, em 1855. O primeiro levantamento de que se tem notícia data de 1872, quando foram contabilizados 9.559 moradores. De lá para cá, os números evoluíram da seguinte forma: 16.336 (1890), 21.132 (1900), 37.440 (1920), 59.031 (1940), 78.364 (1950), 115.713 (1960), 183.670 (1970), 293.100 (1980), 402.341 (1991), 425.726 (1996) e 461.534 (2000). Mais recentemente, em 2007, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contabilizou 520.303 habitantes, distribuídos em 174 km².

HISTÓRIA DE ARACAJU

Uma cidade que já nasceu capital
ponte do imperadorComo cidade projetada, Aracaju nasceu em 1855 por necessidades econômicas. Uma assembléia elevou o povoado de Santo Antônio do Aracaju à categoria de cidade e a transformou em capital, em lugar de São Cristóvão, antiga sede da Província de Sergipe Del Rey. A transferência se deu por iniciativa do presidente da Província, Inácio Barbosa, e do barão do Maruim Provincial. A pequena São Cristóvão não mais oferecia condições para ser sede administrativa e a pressão econômica do Vale do Cotinguiba - maior região produtora de açúcar - exigia a mudança. Era preciso urgentemente a criação de um porto que garantisse a escoação da produção.


Somente em 1865, a capital se firmou. Era o término de uma década de lutas contra uma série de adversidades políticas, sociais e estruturais. A partir dessa data, ocorre um novo ciclo de desenvolvimento, que dura até os primeiros e agitados anos após a proclamação da República. Em 1884, surge a primeira fábrica de tecidos, marcando o início do desenvolvimento industrial. Em junho de 1886, Aracaju tinha uma população de 1.484 habitantes e já havia a imprensa oficial, além de algumas linhas de barco para o interior. praca fausto cardoso 1930

Em 1900, inicia-se a pavimentação com pedras regulares e são executadas obras de embelezamento e saneamento. As principais capitais do país sofriam reformas para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes. Aracaju – que já nasceu na vanguarda – acompanhava o movimento nacional e, em 1908, é inaugurado o serviço de água encanada, um luxo para a época. Em 1914 é a vez dos esgotos sanitários e no mesmo ano chega a estrada de ferro.
                                                                                                                                                      
Um tabuleiro de xadrez

vista aerea do centro historico 1940Aracaju foi uma das primeiras capitais brasileiras a ser projetada. O projeto desafiou a capacidade da engenharia da época, face à sua localização numa área onde predominavam pântanos e charcos. O desenho urbano da cidade foi elaborado por uma comissão de engenheiros, tendo como responsável Sebastião Basílio Pirro.

Alguns estudos a respeito de Aracaju propagaram a idéia de que o plano da cidade havia sido concebido a partir de modelos de vanguarda em grandes centros urbanos da época – Washington (EUA), Camberra (Austrália), Chicago (EUA), Buenos Aires (Argentina), etc.

vista aerea 1940
Centro do poder político-administrativo, a Praça do Palácio (atual Praça Fausto Cardoso), foi o ponto de partida para o crescimento da cidade, pois todas as ruas foram ordenadas geometricamente, como um tabuleiro de xadrez, para terminar no Rio Sergipe.

Até então, as cidades existentes antes do século XVII adaptavam-se às respectivas condições topográficas naturais, estabelecendo uma irregularidade no panorama urbano. O engenheiro Pirro contrapôs essa irregularidade e Aracaju foi, no Brasil, um dos primeiros exemplos de tal tendência geométrica.
                                                                                                                                                      

Capitania de Sergipe

praca fausto cardoso 1950Logo após o descobrimento do Brasil, em 1500, algumas áreas da nova colônia de Portugal encontravam-se em estado de guerra devido às divergências culturais entre índios, negros escravos e os invasores de outros países da Europa. A necessidade de conquistar a faixa territorial que hoje compreende o Estado de Sergipe e acabar com as brigas entre índios, franceses e negros, que não aceitavam o domínio português, era de extrema urgência para o trono.
O local onde hoje se encontra o município de Aracaju era a residência oficial do temível e cruel cacique Serigy, que, segundo Clodomir Silva no "Álbum de Sergipe", de 1922, dominava desde as margens do rio Sergipe até as margens do rio Vaza-Barris. Em 1590, Cristóvão de Barros atacou as tribos do cacique Serigy e de seu irmão Siriri, matando e derrotando os índios. Assim, no dia 1 de janeiro de 1590, Cristóvão Barros fundou a cidade de São Cristóvão (mais tarde capital da província) junto à foz do Rio Sergipe e definiu a Capitania de Sergipe.

Conheça os ex-prefeitos de Aracaju
   joao bezerra                  gileno        
João Alvez Bezerra              Gileno Silva
  (1964-1964)                        (1967-1967)
    
aloisio                deocleniano                  manoel gois
José Aloísio              Deocleniano Ramos         Manoel Messias Gois
(1968-1970)                   (1969-1969)          (1970-1970 e 1977-1977)
       
    
  pereira aguiar               




Cleovansóstenes de Aguiar (1971-1975) 
Membro da Academia Sergipana de Medicina, foi um dos fundadores do curso na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Na década de 70, foi um dos poucos médicos do Estado a fazer exames de medula óssea para detectar a leishmaniose, doença mais conhecida como Calazar.

   alves                  





João Alves Filho (1975-1979)
Iniciou a vida política durante o curso de engenharia civil na Escola Politécnica da Universidade da Bahia (1961). Ao assumir a Prefeitura de Aracaju, João fez obras de saneamento, revitalizou espaços urbanos e abriu diversas avenidas. Foi eleito governador do Estado de Sergipe nos anos de 1983, 1991 e 2002. Em 2006, tentou se eleger pela quarta vez, tendo sido derrotado pelo atual governador Marcelo Déda.
   heraclito                 





 Heráclito Rollemberg (1979-1985)
Advogado por formação, acabou seguindo a carreira política. Foi deputado estadual por três mandatos consecutivos (1967 a 1979) e presidente da Associação Brasileira de Municípios e da Organização Ibero-Americana de Cooperação Internacional. Sua administração na Prefeitura de Aracaju ficou marcada pela construção de centros sociais urbanos. Atualmente, é Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, onde está desde 1986.
jose carlos






José Carlos Teixeira (1985-1985)
Teve um mandato rápido de sete meses, mas repleto de obras construídas. Filho do renomado empresário sergipano Oviêdo Teixeira, ajudou a fundar o PMDB de Sergipe e foi deputado federal. Em 1986, disputou o Governo do Estado, mas perdeu para o atual senador Antônio Carlos Valadares. Foi secretário de Estado da Cultura durante o último governo de João Alves Filho (2003 a 2006).
   jackson                  





Jackson Barreto de Lima (1986-1988 e 1992-1994)
Foi preso político na ditadura militar em 1978 e acabou sendo sendo julgado e absolvido pela Auditoria Militar da Bahia. Em 1984, foi membro da Coordenação da Campanha Nacional pela Anistia e da Coordenação Nacional da Campanha pelas Eleições Diretas. Representou o PMDB na Campanha Nacional pela Eleição de Tancredo Neves e foi membro do partido na Campanha Nacional pela Constituinte. Sua administração foi marcada pelo calçamento de ruas, construção de escolas e pela urbanização de áreas pobres da cidade.

  viana              




Antônio Fernandes Viana de Assis (1988-1989)
Como estudante do Ateneu, participou da organização e da militância estudantil até ingressar na política. Foi eleito deputado estadual em 1958, reelegendo-se em 1962, mas acabou sendo cassado pelos militares em 1964. Voltou à política como vice-prefeito na chapa de Jackson Barreto, tendo logo depois assumido a prefeitura.A maior marca da sua administração foi a construção do calçadão da Avenida Beira Mar.

 paixao                



Wellington da Mota Paixão (1989-1992)
Nasceu em Aracaju, militou entre os estudantes e participou da fundação do Movimento Democrático Brasileiro – MDB, pelo qual foi candidato, em 1966 a vereador de Aracaju. Foi eleito Prefeito, em 1988. Candidatou-se, sem êxito, a vereador, militou em outros partidos, e trabalhou na assessoria do senador Almeida Lima. Advogado, patrocinou a causa dos trabalhadores sem terra e posseiros do baixo São Francisco, contando com o apoio do Bispo D. José Brandão de Castro, da Diocese da Propriá.
                

                almeida  





Almeida Lima (1994-1996)
Formado em Direito, Almeida Lima também iniciou sua vida política na época em que era estudante. Filiado ao PMDB, assumiu a prefeitura da capital após a renúncia de Jackson Barreto, em 1994. Sua gestão teve como focos a limpeza pública, a pavimentação e drenagem de várias artérias, a melhoria do transporte público - com a maior renovação de frota de ônibus já vista em Aracaju -, a ampliação dos serviços de saúde, a melhoria do ensino público municipal e as ações voltadas para o setor social.


gama






João Augusto Gama (1996-2000)
Formado em Direito pela Universidade Federal de Sergipe, Gama foi o primeiro presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFS (DCE), em 1968, e teve seu mandato cassado pelo regime militar. Filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), teve sua gestão marcada por várias obras, destacando-se o Mercado Albano Franco que, juntamente com os mercados Thales Ferraz e Antônio Franco, forma uma importante área turística da capital.
   deda                 





Marcelo Déda Chagas (2001-2006)
Atual governador do Estado, seu contato com a política ocorreu no DCE da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Em 1982, foi candidato a vereador, obtendo apenas 300 votos. Três anos depois, candidatou-se à prefeitura de Aracaju, ficando em segundo lugar, com 19 mil votos. Foi deputado estadual em 1986 e deputado federal em 1994, obtendo até então o maior número de votos já conquistados no Estado. Em 2000, Déda vence a eleição para prefeito da capital sergipana com 52,8% e é reeleito em 2004 com 71,38% dos votos válidos. Em 31 de março de 2006, renuncia ao mandato para disputar o Governo de Sergipe – de onde sai vitorioso com 52,48% dos votos.

 edvaldo                                  






Edvaldo Nogueira (2006-2012)
O atual prefeito de Aracaju iniciou a carreira política no movimento estudantil como presidente do DCE e membro do Conselho de Ensino e Pesquisa (Conepe) da UFS. Vereador por duas vezes, presidiu a Comissão de Finanças e participou da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal. Foi vice-prefeito durante as gestões de Marcelo Déda e, em 2006, após a renúncia deste para disputar as eleições para governador do Estado, assumiu a Prefeitura de Aracaju.  Saiu vitorioso das eleições de 2008 com 140.962 votos (51,72%) e sua administração ficou conhecida como aquela que alçou Aracaju ao posto de capital brasileira da qualidade de vida.



Praça Fausto Cardoso é cenário das grandes manifestações populares da cidade

"Poucos lugares aracajuanos carregam tanta simbologia, tem tanto a ver com a vida da cidade, quanto a Praça Fausto Cardoso, seguida da própria praça onde está a Catedral: diferentes em suas denominações e em seus usos". Essa frase do jornalista e historiador Luiz Antônio Barreto relata o quanto a Fausto Cardoso, surgida dois anos depois de Aracaju ter sido transformada em capital da antiga Província de Sergipe, sempre serviu como palco de grandes manifestações e como centro das relações sociais.
Da praça a cidade ramificava-se para todos os lados, beirando o rio Sergipe. Pela rua João Pessoa - que já se chamou rua do Barão e rua de Japaratuba -, o comércio escorria, de cima a baixo. A praça Fausto Cardoso, então, era uma divisa da cidade: para o norte, o comércio, os bancos, os estacionamentos, o porto, a estação ferroviária, os mercados, os caminhões de feira, e, mais adiante, as fábricas do bairro Industrial; para o oeste as ruas populares - Vitória (hoje Carlos Burlamaqui) e Bonfim (hoje Getúlio Vargas, mas também já foi Sete de Setembro), São Cristóvão e Laranjeiras, as oficinas, os bairros populosos; para o sul as residências burguesas, as ruas arborizadas, o caminho das praias.
De acordo com a historiadora Terezinha Oliva, a Fausto Cardoso era central por aglutinar os órgãos políticos da época. "A praça era conhecida como a praça dos três poderes, das manifestações políticas. Foi o cenário da Intentona Comunista, das lutas pelas ‘Diretas Já', e aglutinava também os trabalhadores que sempre iam fazer manifestações, para chamar a atenção do poder público quanto às suas reivindicações", explica a historiadora. 
Para Luiz Antônio Barreto, havia uma harmonia entre esse importante equipamento urbano de lazer e integração e os locais próximos a ele. "A rua João Pessoa, nos trechos entre a praça e a rua de São Cristóvão, preparava as vitrines de suas lojas, com farta iluminação, para o domingo. Cada comerciante buscava a arte da decoração, para tornar suas vitrines mais belas, aos olhares de moças que andavam, indo e vindo, pelas calçadas da rua, num quem-me-quer que deixou saudades", relata com emoção.
Arte e cultura
Em 1955, a Praça Fausto Cardoso recebeu um ingrediente a mais para o contato com a vida social de Aracaju: o Cine Pálace. "Dotado de formas modernas, poltronas acolchoadas, ar condicionado central, pinturas de Jenner Augusto nas paredes e pequenas arandelas revelando o degradê, o espaço atraía nas tardes e noites do domingo uma multidão de pessoas para os seus filmes, nas sessões das 14, das 17, das 19 e das 21 horas", relembra Luiz Antônio Barreto.
Terezinha Oliva também resgata vários outros aspectos da vida cultural da cidade, que eram centralizados nesse local. "A Fausto Cardoso já foi chamada até de Praça do Carnaval, há poucas décadas. Eu mesma participei dos desfiles da época. Vale ressaltar que até mesmo o Forró Caju, uma festa popular mais recente, começou por lá", informa.
Monumento
Em homenagem ao deputado que liderou a revolta contra as oligarquias do Estado, no início do século passado, foi erguido na praça Fausto Cardoso o primeiro monumento com estátuas em locais públicos de Sergipe. "O monumento foi feito pelo italiano Lorenzo Petrucci, que veio a Aracaju presenciar a colocação da estátua no topo. A cerimônia também foi acompanhada pela família de Fausto, que veio do Rio de Janeiro. Na base, foram colocados os restos mortais dele e de Nicolau Nascimento, outro personagem importante da revolta", explica Terezinha.
Embora tenha deixado de ser o grande centro político do Estado, após a saída de alguns prédios públicos oficiais, e apesar de muitas festas populares terem migrado de local, a praça Fausto Cardoso ainda hoje carrega uma forte simbologia. Esse espaço ainda tem o poder de aglutinar pessoas de diferentes localidades, seja para conversar, jogar baralho, acompanhar as movimentações do Centro da cidade ou mesmo para sentar nos aconchegantes banquinhos e relembrar momentos importantes da nossa história.  
Reurbanização
No último dia 20 o principal símbolo da vida cultural, política e social da capital foi entregue à população pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) totalmente reurbanizado e revitalizado. A área de 14.713 m² teve seus traços originais retomados e ganhou piso em concreto estampado vermelho e cinza (2.572m²), pedras portuguesas pretas e brancas (7.584m²), piso tátil (258 m²) e implantação de paisagismo (3.130m² de grama). Também foram plantadas 27 árvores - 10 palmeiras imperiais (retomando a ‘alameda das palmeiras', presente no projeto original da praça) e 17 ipês (uma das árvores-símbolo do país). Além disso, a PMA implantou no local um moderno projeto luminotécnico, para destacar a beleza dos monumentos, e ainda implantou 20 postes em toda a extensão da praça. O investimento total foi de R$ 1,2 milhão, em recursos próprios.


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FONTE: http://www.aracaju.se.gov.br/154anos/index.php?act=fixa&materia=historia

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

HOMENAGEM AO SERGIPANO ANTÔNIO MARCELINO DO NASCIMENTO, FUNDADOR DO MUSEU TEMPOSTAL, EM SALVADOR, BAHIA

Museu localizado no Pelourinho, criado por um sergipano guarda a história da Bahia e de outros estados através de cartões postais.




A coleção de mais de 45 mil imagens, entre postais e fotografias, foi reunida ao longo de 40 anos pelo sergipano Antônio Marcelino do Nascimento (13/06/1929 – 22/11/2006). Em destaque, postais em Belle Époque, paisagísticos antigos de cidades da Bahia e de outros estados, além de imagens diversas de outros países. Entre os mais antigos, podem ser encontrados bilhetes postais, que datam do final do século XIX, e as estampas Eucalol, as primeiras da coleção, que tem valor histórico, artístico e documental. O acervo foi adquirido pelo Governo do Estado da Bahia em 1995 e, dois anos após, foi fundado o Museu Tempostal. Em cartaz: Bahia – Litoral e Sertão, Arquitetura religiosa na Bahia e Pelos caminhos de Salvador




Um museu só com cartões postais. Sim, ele existe! Fica em Salvador, e conta com cerca de 45 mil peças. O Museu Tempostal foi fundado em 1997, e possui peças resultantes da coleção do fundador, o sergipano Antônio Marcelino do Nascimento (13/06/1929 – 22/11/2006). A ideia do nome “tempostal” foi dada pelo próprio Antônio.
I

As  imagens, entre postais e fotografias, chamam a atenção de quem visita o Tempostal não só por uma questão de entretenimento. Além de proporcionar uma forma de “lazer cultural”, o museu desperta também interesse da comunidade acadêmica, que encontra nas exposições em cartaz e na coleção, reunida pelo sergipano Antônio Marcelino, um rico material de pesquisa. No acervo bibliográfico do museu, inclusive, há oito livros que fazem referência à coleção, entre eles estão “50 Anos de Urbanização: Salvador da Bahia no século XIX”, de Consuelo Novais Sampaio,


Acervo Museu Tempostal / Dimus Bahia.

O acervo, na sua grande maioria, é composto por cartões postais. Destaque para coleção da Belle Époque, postais paisagísticos antigos, de cidades da Bahia e de outros estados, além de imagens diversas de outros países. Mas a coleção também conta com bilhetes postais, que datam do final do século XIX, e as estampas Eucalol, as primeiras da coleção e que têm valor histórico, artístico e documental. Todo este acervo guarda histórias, costumes, o cotidiano, a arquitetura e os credos tanto da Bahia quanto de várias partes do mundo.
Atualmente o museu possui três mostras de longa duração:



Bahia – Litoral e Sertão: A formação geopolítica e econômica da Bahia foi influenciada pelo intercâmbio do litoral com a região sertaneja. Essa relação, desenvolvida entre duas regiões distintas da Bahia, é o tema da exposição, com postais e fotografias datadas do início do século XX.

Arquitetura religiosa na Bahia: As tendências do Barroco, do Rococó, marcaram a arquitetura religiosa da influente Igreja Católica, que ocupou um papel importante na política e administração do Brasil colonial. A partir de 75 imagens, a exposição conta parte dessa história.




Pelos caminhos de Salvador: Apresenta imagens que retratam as diversas transformações, iniciadas em fins do século XIX, ocorridas no tecido urbano da cidade. Bairros como Campo Grande, Barra e o Centro Antigo de Salvador podem ser vistos como eram no período em que surgiram.

E tudo isso pode ser visitado gratuitamente!

Museu Tempostal:

Rua Gregório de Matos, 33 – Pelourinho, Salvador/BA. Funcionamento: terça a sexta, de 10 às 18h. Finais de semana e feriados, das 13 às 17h.




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Museu Tempostal:


Fonte: http://ppbrasil.wordpress.com/2010/02/22/museu-temposta

sábado, 5 de novembro de 2011