domingo, 25 de março de 2012

COLÉGIO ESTADUAL LEANDRO MACIEL - ROSÁRIO DO CATETE - SE


PROJETO
Conhecendo sua História

SEMANA DA  EMANCIPAÇÃO POLÍTICA  DE ROSÁRIO DO CATETE- SE

176 ANOS DE HISTÓRIA E CULTURA





   Exposições temáticas e palestras







O Projeto vem a refletir esta data, olhar  para o passado e pensar na preservação, salva guarda de sua memória e a vanguarda de valores dos seus filhos ilustres, principalmente na vida política, preservar seu passado suas tradições e os costumes de sua gente.  O mesmo será pautado por uma abordagem integrada do patrimônio cultural do município de Rosário do Catete buscando compreendê-lo como esteio tanto para interpretações do tempo passado e do Presente, ou seja, pensamos nesta data como um marco no olhar que ponhamos  em diálogo passado, presente e futuro, considerando as longas durações tanto quanto as rupturas e remetendo a possibilidades de reflexão crítica sobre a preservação da memória cultural do município.








(prof. Adaílton orientando alunos )

           Portanto, o projeto  aqui apresentado, tem como proposta trazer  a luz nos dias atuais um momento de consciência refletida quanto a estes valores esta  através dos alunos da Escola Leandro Maciel com o maior norteador a preservação, divulgação e pesquisa da História cultura do município possibilitando a democratização e acesso aos bens Históricos e Culturais deste município e oferecer aos estudiosos, professores, alunos e comunidade em geral a oportunidade de (de forma simples e sistematizada) conhecerem a historia de sua cidade e de seu povo, sendo assim o intuito principal deste projeto






APRESENTAÇÃO

 A cidade de Rosário do Catete, berço de um povo que engrandeceu o estado de Sergipe pela sua cultura, pela honradez e pelo trabalho, merece ter sua historia conhecida e preservada, pois o maior patrimônio de um povo é a sua história. Ao completar seus 176 anos se faz necessário uma reflexão sobre o município nos dias atuais, lembrando que no passado foi  um dos municípios mais importantes na produção da cana-de-açúcar, no século 19 registrou 49 engenhos em atividade, no cenário político, nasceu nesta cidade nomes importantes como Augusto Maynard Gomes, Edelzio Vieira de Melo, Leandro Maciel, Luiz Garcia todos governadores do estado. Também da cultura se lembramos do Joao Batista de mares Ribeiro, Maximiano Maciel, Manuel Cabral machado e tantos outros.  


O Projeto vem a refletir esta data, olhar  para o passado e pensar na preservação, salva guarda de sua memória e a vanguarda de valores dos seus filhos ilustres, principalmente na vida política, preservar seu passado suas tradições e os costumes de sua gente. 



 O mesmo será pautado por uma abordagem integrada do patrimônio cultural do município de Rosário do Catete buscando compreendê-lo como esteio tanto para interpretações do tempo passado e do Presente, ou seja, pensamos nesta data como um marco no olhar que ponhamos  em diálogo passado, presente e futuro, considerando as longas durações tanto quanto as rupturas e remetendo a possibilidades de reflexão crítica sobre a preservação da memória cultural do município.






Portanto, o projeto  aqui apresentado, tem como proposta trazer  a luz nos dias atuais um momento de consciência refletida quanto a estes valores esta  através dos alunos da Escola Leandro Maciel com o maior norteador a preservação, divulgação e pesquisa da História cultura do município possibilitando a democratização e acesso aos bens Históricos e Culturais deste município e oferecer aos estudiosos, professores, alunos e comunidade em geral a oportunidade de (de forma simples e sistematizada) conhecerem a historia de sua cidade e de seu povo, sendo assim o intuito principal deste projeto.




JUSTIFICATIVA

Atualmente encontramos no arquivos públicos tanto no município quanto fora dele, manuscritos inéditos, agendas, diários, fotografias e outros documentos, desorganizados e dispersos em caixas de papelão armazenadas de forma inadequada nos setores nas dependências da prefeitura, e da Câmara dos Vereadores. As folhas avulsas estão amassadas, algumas fotos já apresentam proliferação de fungo, muitos papéis já apresentam sinais de degradação. A falta de adequada climatização O que se pretende é preservar e divulgar o legado cultural dos Rosarenses ilustres, o Projeto "Memorial da Cidade" propõe quatro programas que se darão de forma gradual e simultânea. São eles:



Pesquisa, redação e publicação da Biografia Oficial de todos os Rosarenses que contribuíram de qualquer forma para a cultura, e na vida pública do país Contar, através de exposição, a historia de um povo e de uma cidade não é uma tarefa fácil; Ao contrario, é tarefa de extrema complexidade, porem também de fundamental importância.


Importante porque nela (na cidade) viveram homens e mulheres que, amaram, criaram cultura, fizeram política, etc. Pessoas que estão diretamente ligadas a nos ou ao nosso modo de compreender a vida e atuar em sociedade. A Historia das cidades e do seu povo fala, na verdade quem somos e porque somos deste ou daquele jeito.



Complexa, porque a historia de Rosário do Catete remonta o século XVII e o processo de colonização do Estado de Sergipe (historia já a muito esquecida e pouco lembrada). Agravando as dificuldades naturais de um projeto como este, está a inexistência de trabalhos de referencias que reúnam as fontes documentais sobre a historia rosarense, dispersos nas mais diversas instituições; assim como a falta de acervo que possa compor e contar um pouco da historia Municipal de Rosário do Catete.







_______________________________
Realização:
Escola estadual Leandro Maciel

Coordenação
Professores de História
Adailton Andrade
Ana Luzia
Cleide Santos

Colaboração
Coordenadores da Escola
Corpo docente da escola

Apoio :
Prefeitura Municipal de Rosário do Catet


quinta-feira, 22 de março de 2012

O FOLCLORE SERGIPANO

Sergipe guarda em sua história e tradição muito das culturas portuguesa e negra e um dos mais ricos folclores do Brasil. São inúmeras as manifestações culturais que nos remetem ao passado e garantem, no presente, uma permanente interação entre as mais diversas comunidades responsáveis pela continuidade do nosso folclore. A seguir, você fará uma viagem pelo que há de mais belo na cultura popular sergipana.





GRUPOS FOLCLÓRICOS 


 Cacumbi

Cacumbi - Folclore - SergipeNão se sabe ao certo a origem do Cacumbi, acredita-se que é uma variação de outros autos e bailados como Congada, Guerreiro, Reisado e Cucumbi.
O grupo apresenta-se na Procissão de Bom Jesus dos Navegantes e no Dia de Reis, quando a dança é realizada em homenagem a São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Pela manhã, os integrantes do grupo assistem à missa na igreja, onde cantam e dançam em homenagem aos santos padroeiros. Depois das louvações, o grupo sai às ruas cantando músicas profanas e, à tarde, acompanham a procissão pelas ruas da cidade.
Seus personagens são o Mestre, o Contra-Mestre e os dançadores e cantadores; o grupo é composto exclusivamente por homens. Os componentes vestem calça branca, camisa amarela e chapéus enfeitados com fitas, espelhos e laços. Só o Mestre e o Contra-Mestre usam camisas azuis. O ritmo é forte, o som marcante e o apito coordena a mudança dos passos. Os instrumentos que acompanham o grupo são: cuíca, pandeiro, reco-reco, caixa e ganzá.
Em Sergipe, o Cacumbi é encontrado nos municípios de Lagarto, Japaratuba, Riachuelo e Laranjeiras.

 Cangaceiros

Cangaçeiros - Folclore - SergipeEm 1960, Azulão, um dos homens de Lampião, formou um grupo composto de 17 homens e 2 mulheres (representando Maria Bonita e Dadá), vestidos de cangaceiros e, com eles saiu cantando e dançando em ritmo de forró pelas ruas de Lagarto; costume vivo até hoje, revivendo as estórias e histórias de Lampião cantadas e decantadas em prosa e verso.
O grupo tem como indumentária chapéus de couro enfeitados, camisas de mangas longas com divisas nos ombros, jabiracas coloridas ou lenço no pescoço, cartucheiras, espingardas e sandálias de couro grosso.
Em Sergipe, a manifestação permanece viva nos municípios de Lagarto e Própria

 

 Chegança 

Dança que representa em sua evolução a luta dos cristãos pelo batismo dos Mouros. A apresentação sempre acontece na porta de igrejas, onde uma embarcação de madeira é montada para o desenvolvimento das jornadas.
A predominância é do azul e do branco. O padre, o rei e os Mouros (personagens da Chegança), utilizam outras tonalidades. O pandeiro é o principal instrumento de acompanhamento, eles utilizam também apitos e espadas. Bastante teatral, a apresentação completa da Chegança demora, geralmente, 60 minutos.
A influência do Samba em Sergipe

O samba é um gênero musical e tipo de dança popular brasileira cuja origem remonta à África. Os negros escravos que chegaram a Sergipe no início do século 17 trouxeram uma bagagem cultural muita significativa, com ritmos e cânticos que aos poucos foram sendo assimilados pelos portugueses e brasileiros. Essa mistura de culturas produziu um tipo de samba, marcado por batidas suaves e sincopadas.
Sergipe é responsável pela absorção do samba em outras manifestações folclóricas, existentes até hoje. Em várias partes do Estado, mas principalmente no Litoral Sul, grupos folclóricos como Batucada, Samba de Coco e Pisa Pólvora, são exemplos vivos da raiz mais pura do Samba.

 Guerreiro

Auto natalino, que carrega marcas do Reisado. Sobre as origens conta a lenda popular que uma rainha, em um passeio acompanhada de sua criada de nome Lira e dos guardas (Vassalos), conhece a apaixona-se por um índio chamado Peri. Para não ser denunciada, manda matar Lira. Mesmo assim, o rei toma conhecimento do fato e, na luta contra o índio Peri, morre.
      A dança é composta de jornadas - uma seqüência de cantos e danças -, que são apresentadas de acordo com os personagens de cada grupo, sendo um dos pontos culminantes a luta de espadas, travada entre o Mestre e o índio Peri. Os principais personagens do Guerreiro, além do Mestre – que comanda as apresentações -, e do índio Peri, são: o Embaixador, a Rainha, Lira, o Palhaço e os Vassalos.
      Os instrumentos que acompanham o grupo são sanfona, pandeiro, triângulo e tambor. Destacam-se os trajes coloridos e ricamente enfeitados.

 

 Lambe Sujo e Caboclinho

Lambe Sujo e Caboclinho - Folclore - SergipeSão dois grupos folclóricos unidos num folguedo que se baseia no episódio da destruição dos quilombos. O grupo dos Lambe-Sujos é formado por meninos e homens totalmente pintados de preto, usando uma mistura de tinta preta e melaço de cana-de-açúcar para ficar com a pele brilhosa. Eles usam short e um gorro de flanela vermelha. Nas mãos, uma foice, símbolo de luta pela liberdade. Fazem parte do grupo o Rei”, a Rainha e a “Mãe Suzana”, representando uma escrava negra.
Após uma alvorada festiva, os Lambe-Sujos saem às ruas, acompanhados por pandeiros, cuícas, reco-recos e tamborins, roubando diversos objetos de pessoas da comunidade que são guardados no “mocambo”, armado em praça pública. A devolução dos objetos é feita mediante contribuição em dinheiro pelo proprietário do objeto roubado.
Junto com os Lambe-Sujos se apresentam os Caboclinhos, que pintam o corpo de roxo-terra e usam indumentária indígena: enfeites de penas, cocar e flecha nas mãos.
A brincadeira consiste na captura a rainha dos Caboclinhos pelos Lambe-Sujos, que fica aprisionada. À tarde, há a tradicional “batalha” pela libertação da rainha, da qual os Caboclinhos saem vitoriosos.
O grupo musical que acompanha o folguedo é composto por ganzás, pandeiros, cuícas, tambores e reco-recos.
Hoje, a "Festa de Lambe-Sujo", como é conhecida, tornou-se uma das mais importantes da cidade de Laranjeiras, acontecendo sempre no segundo domingo de outubro.

 

 Maracatu

O Maracatu originou-se da coroação dos Reis do Congo. Não sendo propriamente um auto, não tem um enredo ordenado para sua exibição.
Integram ao cortejo real, lembrança da célebre rainha africana Ginga de Matamba, o Rei, a Rainha, o Príncipe e a Princesa, Ministros, Conselheiros, Vassalos, Lanceiros, a Porta-bandeira, Soldados, Baianas e tocadores. E as “Calungas”, bonecos representando Oxum e Xangô. Em geral o cortejo é formado por integrantes negros. Vestidos de cores extravagantes, os participantes do cortejo seguem pelas ruas da cidade cantando e saracoteando, entre umbigadas, cumprimentos e marchas. Não existe uma coreografia especial.
Algumas das cantigas são proferidas numa presumível língua africana, tambor, chocalho e gonguê são os instrumentos musicais que acompanham o cortejo.
 Tendo o Maracatu perdido a tradição sagrada, hoje, é considerado um grupo carnavalesco, de brincadeira s de rua, que, em Sergipe, é encontrado nos municípios de Brejo Grande e Japaratuba.

 Parafusos

Parafusos - Folclore - SergipeConta-se que no tempo da escravidão, os escravos negros fugitivos saíram à noite para roubar as anáguas das sinhazinhas deixadas no quaradouro. Cobrindo todo corpo até o pescoço, sobrepondo peça por peça, nas noites de lua cheia saíram pelas ruas dando pulos e rodopiando em busca da liberdade. A superstição da época contribuiu para que os senhores ficavam apavorados com tal assombração - acreditando em almas sem cabeça e outras visagens - e não ousavam sair de casa.
Após a libertação, os negros saíram pelas ruas vestidos do jeito como faziam para fugir dos seus donos. Nasceram assim os parafusos.
Trajando uma seqüência de anáguas, cantarolando, pulando em movimentos torcidos e retorcidos, um grupo exclusivamente de homens – representando os escravos negros – formam o grupo folclórico “Parafuso” da cidade de Lagarto.
Os instrumentos que acompanham o grupo são triângulo, acordeom e bombo.

 

 Reisado

Reisado - Folclore - SergipeO Reisado, de origem ibérica, se instalou em Sergipe no período colonial. É uma dança do período natalino em comemoração do nascimento do menino Jesus e em homenagem dos Reis Magos. Antigamente era dançado às vésperas do Dia de Reis, estendendo-se até fevereiro para o ritual do “enterro do boi”. Atualmente, o Reisado é dançado, também, em outros eventos e em qualquer época do ano.
A cantoria começa com o deslocamento do grupo para um local previamente determinado, onde é cantado “O Benedito”, em louvor a Deus, para que a brincadeira seja abençoada e autorizada. A partir daí, começam as “jornadas”. O enredo é formado pelos mais diversos motivos: amor, guerra, religião, história local, etc., apresentado em tom satírico e humorístico, originando um clima de brincadeira.
O Reisado é formado por dois cordões que disputam a simpatia da platéia e são liderados pelas personagens centrais: o “Caboclo” ou “Mateus” e a “Dona Deusa” ou “Dona do Baile”. Também se destaca a figura do “Boi”, cuja aparição representa o ponto alto da dança. Os instrumentos que acompanham o grupo são violão, sanfona, pandeiro, zabumba, triângulo e ganzá.
O Reisado tem como característica o uso de trajes de cores fortes e chapéus ricamente enfeitados com fitas coloridas e espelhinhos.

 São Gonçalo

São Gonçalo - Folclore - SergipeDança em homenagem a São Gonçalo do Amarante, que segundo a lenda, teria sido um marinheiro que tirou muitas mulheres da prostituição, através da música alegre que fazia com a viola. A dança é acompanhada por violões, pulés (instrumentos feitos de bambu), e caixa. A caixa é tocada pelo "patrão" - homem vestido de marinheiro, como alusão a São Gonçalo do Amarante. O grupo dança em festas religiosas e pagamento de promessas. É composto em suas maioria por trabalhadores rurais, que se vestem de mulher, representando as prostitutas. Um dos grupos mais apreciados pela singeleza da dança e da música.

Apesar de louvar um Santo católico, a dança lembra movimentos de rituais afro. Mais uma vez isso fica comprovado também na letra das músicas. Um dos versos mais conhecidos do São Gonçalo diz: “Vosso reis pediu uma dança, é de ponta de pé, é de ‘calcanhá’. Onde mora vosso reis de Congo...”

São Gonçalo Pares - Folclore - Sergipe
Os movimentos muito sensuais parecem mais um jogo de conquista, já que os dançadores representam prostitutas que São Gonçalo recuperou através da dança. Não é à toa que os homens se vestem com saias, fitas coloridas e colares. Tudo isso serve para simbolizar as prostitutas.

A religiosidade do grupo é visível. Assim que começa a brincadeira eles fazem o sinal da cruz. Quando termina também. Para acompanhar o gesto, os brincantes cantam: “Nas horas de Deus amém. Padre, Filho, Espírito Santo. Essa primeira cantiga que pra São Gonçalo eu canto”.

São Gonçalo morreu em 1262 e foi canonizado somente em 1561. O rei de Portugal Dom João III, um grande devoto, foi um dos primeiros a empenhar-se para a beatificação do Santo em Roma. Em Portugal a sua festa é realizada em Amarante, no dia 7 de Junho.


 Taieira 

Taieira - Folclore - SergipeGrupo de forte característica religiosa tendo por objetivo a louvação a São Benedito e a Nossa Sra. do Rosário, ambos padroeiros dos negros no Brasil. É da imagem dessa santa que se retira a coroa para colocar na cabeça da "Rainhas das Taieiras" ou "Rainha do Congo". Durante a missa na Igreja de São Benedito, em Laranjeiras, as Taieiras, grupo de influência afro, participa efetivamente do ritual cristão numa demonstração clara do sincretismo religiosos entre a Igreja Católica e os rituais afro-brasileiros. O momento da coroação é o ápice da festa que se realiza sempre no dia 06 de janeiro, nessa igreja.
Taieira - Folclore - SergipeTocando quexerés (instrumentos de percussão) e tambores, as Taieiras, trajando blusa vermelha cortada por fitas e saia branca, seguem pelas ruas cantando cantigas religiosas ou não.
Este evento é definido como uma das mais claras demonstrações de sincretismo, com santos e rainhas, procissões e danças misturados num mesmo momento de celebração. 

Cacumbi
Dança realizada em homenagem aos padroeiros dos negros, São Benedito e N. Sra. do Rosário. Composto exclusivamente por homens, o Cacumbi traça uma perfeita arrumação de seus componentes no contorno e no ritmo.
A festa é rítmica, o som é marcante e o apito coordena a mudança dos passos. Chapéus enfeitados por fitas e espelhos, cores vivas e muita alegria marcam o espetáculo. 

 

 Zabumba

Zabumba - Folclore - SergipeZabumba é o nome popular do “bombo”, um instrumento de percussão. O termo, também, é usado para denominar o conjunto musical composta por quatro integrantes, todos do sexo masculino, conhecido como “Banda de Pífanos”. Em Sergipe, as apresentações da Zabumba acontecem em rituais de pagamento de promessas, datas comemorativas, festas religiosas e festivais de cultura popular.



GRUPOS FOLCLÓRICOS DO CICLO JUNINO


 Bacamarteiros 

Bacamarteiros - Folclore - Sergipe

Costume e tradição do município de Carmópolis. Os Bacamarteiros comemoram a noite de São João (24 de junho) com dança, música e muitos tiros de bacamarte (espécie de rifle artesanal). O grupo é composto por mais de 60 participantes, entre homens e mulheres. As mulheres trajam chapéu de palha e vestido de chita, dançam sempre em círculo, enquanto os homens, que ficam atrás, vão disparando tiros de bacamarte, de acordo com o desenrolar da dança.


 Batucada 

Manifestação folclórica bastante difundida no município de Estância. Os instrumentos de percussão - tambor, reco-reco, ganzá e triângulo - e o compasso rítmico das batidas dos pés são as características mais marcantes.
A Batucada é composta de 100 a 150 figurantes, homens e mulheres, que vestem indumentárias típicas do ciclo junino. Na cabeça, todos usam chapéus de palha e nos pés tamancos de madeira.


 Samba de Coco 

Uma dança acompanhada de cânticos, a origem é africana, mas com forte influência indígena. A marcação do ritmo é forte, feita através dos sapateados e das palmas.
Sua origem africana está ligada intimamente à formação dos quilombos. Os negros que fugiam das senzalas se reuniam em locais distantes - quilombos, e para passar o tempo ocioso cantavam enquanto praticavam o ritual da quebra do coco, retirando a “coconha” (amêndoa), para o preparo dos alimentos. No Samba de Coco, o tirador do coco, também chamado de coqueiro, é quem puxa os versos, que são respondidos pelo coro dos participantes. Os versos podem ser tradicionais e improvisados e aparecem nas mais variadas formas, quadras, sextilhas, décimas, etc.
No Samba de Coco o canto é marcado pelos instrumentos de percussão: cuícas, pandeiros, ganzás, bombos, tambores, chocalhos, maracas e zabumbas que acompanham a sanfona.
Enquanto dançam, sapateando e pisando forte no chão, os participantes batem palmas e cantam, girando sem parar, desenvolvendo passos e requebros.
A indumentária é simples. As mulheres usam vestidos estampados, com saias rodadas e cinturas marcadas, e os homens, calças comuns e camisas identicamente estampadas. Nos pés, usam tamancos de madeira que ajudam a sonorizar o ato da pisada no chão.


 Sarandaia 

A Sarandaia, realizada em Capela, é a junção de dois grupos folclóricos: Zabumba e Bacamarteiros. No dia 31 de maio, à meia-noite, eles saem às ruas pedindo brindes para ajudar a compor o mastro. O cortejo invade a noite com muita gente dançando ao ritmo da zabumba e os estouros dos bacamartes.

 

 Pisa-Pólvora

Um ritual, uma dança folclórica, muito parecida com a Batucada, ambas manifestações populares com forte expressividade no município de Estância. A finalidade maior do Pisa-Pólvora é preparar a pólvora para as sensacionais batalhas de busca-pés e para os barcos de fogo, abrindo os festejos juninos da cidade.
A dança é realizada em torno de um pilão, onde estão colocados o enxofre, o salitre e o carvão, substâncias utilizadas no preparo da pólvora. Homens e mulheres costumam participar, vestidos à moda caipira, cantando e dançando ao som de ganzás, tambores, triângulos, reco-reco e porca.
O ritual é uma herança dos tempos da escravidão; os negros costumavam realizar as tarefas, dançando, pisando forte no chão e tirando versos de improviso.


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Fontes:
- http://www.emsetur.se.gov.br/
- http://www.guiadeitabaiana.com.br
- http://www.guiasergipano.com.br



domingo, 18 de março de 2012

SERGIPE NA REPÚBLICA

PERÍODO REPUBLICANO
1. A OLIGARQUIA OLIMPISTA (1900-10):
No inicio do século XX, a política sergipana registra dois partidos majoritários:  Partido Republicano de Sergipe: cabaús. Partido Republicano Sergipense: pebas.
• Olimpio Campos: tendo conseguido impor-se sobre os velhos políticos como líder dos cabaús, o Monsenhor Olímpio Campos
foi presidente do Estado, indicou os seus sucessores no governo, influiu poderosamente na eleição de deputados elegeu-se senador.  Nos municípios também eram eleitas sempre pessoas ligadas ao Monsenhor e os empregos públicos eram distribuídos entre os seus correligionários.  Manteve controladas as classes subalternas através do esquema de poder e repressão, apoiado pelos coronéis. Procurou contentar as classes dominantes, principalmente aos senhores de engenho, com um plano de recuperação da economia açucareira.
Revolta de Fausto Cardoso (1906): Definição: Golpe para derrubar o governo olimpista. Motivos: − A longa permanência dos olimpistas no poder.  A formação de um grupo mais radical da oposição. A criação do Partido Progressista: oposição radical ao olimpismo. − causa imediata: a visita, pela primeira vez depois de eleito, do deputado federal Fausto Cardoso. + O Movimento:  No dia 10.08.1906, um contingente da Polícia Militar tomava o Palácio do Governo e depunha o presidente
Guilherme Campos. Formou-se um novo governo com membros (camadas médias urbanas) do Partido Progressista. O movimento começou em Aracaju, mas espalhou-se por Maruim, Itabaiana, N. S. das Dores, Laranjeiras, Rosário, Itaporanga, Propriá, Divina Pastora, Capela, Riachuelo e Japaratuba.  A Intervenção Federal: Em 28.08.1906, o governo federal enviou uma força interventora para Sergipe, que depôs os progressistas,
retomou todas as sedes municipais e repôs o olimpista Guilherme Campos na presidência do Estado. Fausto Cardoso foi assassinado durante os embates militares da intervenção.
Dois meses depois, os filhos de Fausto Cardoso assassinaram Olimpio Campos no Rio de Janeiro.
2. O GOVERNO GRACCHO CARDOSO (1922-26):





SERGIPE DURANTE O IMPÉRIO 01

SERGIPE DURANTE O IMPÉRIO

1. SITUAÇÃO POLÍTICA DURANTE O 1º REINADO:
• Partidos Políticos: Liberal: defendendo o controle local do poder e representado socialmente pelos senhores de terra e gado e camadas médias urbanas. Corcunda: defendendo o controle externo e representante dos interesses dos financiadores da agroindústria açucareira em Sergipe e representado socialmente pelos grandes senhores de açúcar e pelos seus aliados, os portugueses residentes em Sergipe.  a política sergipana será marcada pelo embate entre as duas forças que representavam os senhores de terra.  os senhores de terra dominavam uma sociedade basicamente rural e isolada em termos de comunicação dos centros mais adiantados da região. as camadas populares não tinham participação, mas
demonstravam resistência através de fugas, invasões de cidades, rebeliões, crimes, protestos
• Eleições: Momentos violentos em que o partido que ocupava o poder manipulava a seu favor os resultados. Eram disputas entre facções da classe dominante, cada uma imbuída do desejo de controlar o poder e de demonstrar força sobre sua clientela.
• Reflexos da Confederação do Equador (PE-1824): o presidente da província de Sergipe foi deposto acusado de simpatizar com os republicanos pernambucanos: esse episódio contou com o apoio dos Corcundas.• Conflitos:  Revolta dos índios de Pacatuba (1827).  Sublevação de escravos dos engenhos da Cotinguiba (1827).





sexta-feira, 16 de março de 2012

DADOS ECONÔMICOS DE SERGIPE

 SERGIPE 

 A Universidade Federal de Sergipe e a Federação das Indústrias do Estado de Sergipe sentiram a necessidade de lançar um boletim de indicadores econômicos para subsidiar o debate sobre o desenvolvimento do Estado. Os temas econômicos são, em geral, indigestos para o grande público, inclusive para pessoas bem informadas. Conhecer os fatos e os números da economia brasileira e de Sergipe é crucial para um debate mais qualificado e menos ideológico sobre escolhas fundamentais da sociedade. O boletim objetiva apresentar periodicamente indicadores da economia sergipana que ajudem a entender a evolução conjuntural de Sergipe, acompanhados de muito breves análises.





MUDANÇA DA CAPITAL II

Aracaju

A palavra Aracaju é de origem tupi. Significa na opinião do alemão Carl Frederich Philipp von Martius (1794-1868), lugar dos cajueiros (ar-nascer; caju-fruto do cajueiro). Von Martius era biólogo membro da comissão científica bávara, e em 1817 chegou ao Brasil para visitar o país estudando espécies de plantas e coletando material etnográfico e fisiológico. É autor da obra “Como se deve escrever a História do Brasil”.
Já o baiano Teodoro Fernandes Sampaio (1885-1937) discorda e apresenta outra significação geralmente aceita pelos estudiosos da língua indígena: cajueiro dos papagaios (Ara-papagaio; caju fruto do cajueiro). Teodoro Sampaio era geólogo e historiador brasileiro, publicou vários livros: O tupi na geografia nacional (1901); Atlas dos Estados Unidos do Brasil (1908) ; e, em 1922, escreveu para a introdução geral do 1º volume, do Dicionário Histórico, Geográfico e Etnográfico do Brasil.
Está fora de qualquer dúvida a influência do cajueiro na denominação que os silvícolas deram ao lugar. O caju, aliás, exerceu um relevantíssimo papel na antropografia agrícola brasileira. Era na época da frutificação que se realizavam as migrações indígenas à procura dos cajus, nativos, mas raros, dando motivo às lutas entre tribos.








PROVAS DA FUNCAB extraídos de concursos anteriores - 22 questões

HISTÓRIA, GEOGRAFIA E CONHECIMENTOS GERAIS DE   SERGIPE
                                      




  Prof. Adailton Andrade





DADOS IMPORTANTES SOBRE SERGIPE


Sergipe
Menor estado do Brasil, Sergipe é também um dos maiores produtores e exportadores de petróleo e de laranja do país. O litoral do estado, com paisagens naturais intocadas, e as cidades históricas tombadas pelo patrimônio são importante pólo de atração turística da região Nordeste. O estado de Sergipe (em tupi, "rio dos siris") ocupa uma superfície de 22.050km2. Limita-se a leste com o oceano Atlântico, ao norte com Alagoas e a oeste e ao sul com a Bahia. A costa sergipana se estende por 163km, da foz do rio São Francisco até à do rio Real. Sua capital é Aracaju. Geografia física Relevo. Sergipe tem relevo baixo e regular: cerca de 86% do território está abaixo de 300m de altitude. Três unidades compõem o quadro morfológico: os tabuleiros sedimentares, o pediplano e a planície aluvial do São Francisco. Os tabuleiros sedimentares são um conjunto de baixas elevações, com forma de mesa, separadas por vales de fundo chato, onde se desenvolvem amplas várzeas.





terça-feira, 13 de março de 2012

ANIVERSÁRIO DE ARACAJU

PRAÇA FAUSTO CARDOSO E SUAS HISTÓRIAS

A PRAÇA DO POVO SERGIPANO”



  *Adailton dos Santos Andrade


Quando pensamos em escrever algo sobre a Praça Fausto Cardoso, vem logo a lembrança,  os textos de Luis Antonio Barreto, as imagens de Murilo Melins,e sem compromisso, as  centenas cotações repetitivas que se encontra fácil na internet.
 Época em que começou a ser construída, por volta de 1855, um mangue foi aterrado para dar lugar à praça. A praça do palácio como era chamada, no final da década, a rua larga da Praça do Palácio foi revestida de pedras calcárias, que ainda hoje sustentam nossos pés na história centenária de Aracaju Em 1911 e 1920 Aracaju já se impõe como maior centro urbano do Estado e a cidade mais industrializada de Sergipe, confirmando a visão política-administrativa de Ignácio Barbosa.



Segundo o historiador Amâncio Cardoso, pesquisador de monumentos históricos, a Praça do Palácio, hoje Praça Fausto Cardoso  porque ali foram colocados os primeiros pinos de demarcação da área a ser construída da cidade pelos engenheiros comandados pelo engenheiro Pirro.  Ainda segundo Amâncio, a Praça Fausto Cardoso por  ser o núcleo do nosso centro histórico. Foi ali onde tudo começou.
A praça Fausto Cardoso já foi palco de grandes eventos políticos e culturais. Até o início dos anos 90, era na praça que aconteciam os festejos juninos e o Carnaval. O pesquisador Luiz Antônio Barreto explica que a praça foi o pinhão de ordenamento do quadrado de Pirro, idéia do arquiteto que tomou como modelo um tabuleiro de xadrez para ordenar as ruas do Centro de Aracaju. Na época em que foi construída, a praça reunia praticamente todos os serviços públicos da Província: o palácio, algumas repartições e a Assembléia Provincial. Ainda hoje a praça abriga importantes instituições, como o Tribunal de Justiça de Sergipe, a Assembléia Legislativa e Miniaterio Publico Estadual.
Os  grandes acontecimentos que marcaram  a historia desta praça, começa com uma tragedia, a morte  de Fausto Cardoso, ocorrida há mais de 103 anos, no dia 28 de agosto de 1906, cobriu Sergipe de luto e tirou momentaneamente dos sergipanos a idéia de luta, de afirmação, de busca de unidade social para construir alternativas livres.



segunda-feira, 12 de março de 2012

O Processo de Mudança da Capital.


 O Barão de Maruim: um agente de transformação.[1]


 Denio S. Azevedo[2]

            Em ciências sociais e humanas, em particular na História, o olhar do pesquisador sobre a mais próxima realidade deve incidir não apenas no fenômeno que procura estudar mas também no seu contexto. Só assim é possível colocar boas hipóteses e perguntas de investigação, que se caracteriza como ponto de partida de qualquer pesquisa e definem as fronteiras do objeto de estudo. Desta forma é possível interpretar corretamente os resultados da aplicação de uma determinada metodologia à análise do objeto da pesquisa, atendendo ao contexto do fenômeno pesquisado e às circunstâncias em que este ocorre.
            Partindo deste princípio, esta pesquisa pretende analisar os verdadeiros motivos que circundavam o processo de mudança da capital de Sergipe, de São Cristóvão para Aracaju, durante o século XIX, a partir de uma pesquisa bibliográfica, ressaltando o momento histórico que o Brasil, e especificamente a província de Sergipe, atravessavam e salientando as disputas e representações de poder que serviram como pano de fundo para um dos acontecimentos mais discutidos pela historiografia sergipana.
            Cientes de que uma pesquisa bibliográfica causa determinados enquadramentos ou molduras para os temas, ou seja, determinadas organizações do discurso, capazes de direcionar a construção de significados, procurou-se perceber os diferentes sub-temas e as perspectivas das fontes em confronto.[3] Observaremos a temática sobre a dimensão da História Política, já que buscaremos demonstrar que a mudança da capital da província de Sergipe foi um projeto arquitetado e praticado por João Gomes de Mello, o Barão de Maruim, como principal maneira em concretizar os seus objetivos econômicos e políticos, mas principalmente, como uma forma clara de demonstração de poder perante os seus “adversários”.[4]




O COTIDIANO DE ARACAJU E AS TRANSFORMAÇÕES NAS DECADAS DE 1930 -1940



  *Adailton dos Santos Andrade

Resumo
O presente trabalho pretende discutir o cotidiano de Aracaju nas décadas de 1930 e de 1940, relatar as transformações que ocorreram  na cidade pós a republica velha no governo de Augusto Maynard Gomes. Na virada da segunda republica quando o Brasil iniciava seu período da era Vargas, em Aracaju capital de Sergipe, vai sofrer profundas mudanças no campo do urbanismo. A expansão da área central da cidade para a zona sul é acelerada com a reforma urbana de Pereira Passos que tinha, entre outros objetivos, entre os anos de 1930 a 1940, por ser uma das primeiras vias da formação urbanística e pela contribuição econômica dada a Aracaju. Para isso, recorremos aos jornais e revistas do início do século XX, sites fotografias e acervo bibliográfico. Utilizamos também os relatos escritos por , Murillo Melins (2001) Frúgoli Júnior (2007), Rio (1997), Vilar (2006), Mário Cabral (2002), Maria Nele dos Santos (2000), Naide Barboza (1992), dentre outros, para mostrar a vivência de ruas da cidade de Aracaju.




ASSIM NASCEU ARACAJU

Aracaju

A palavra Aracaju é de origem tupi. Significa na opinião do alemão Carl Frederich Philipp von Martius (1794-1868), lugar dos cajueiros (ar-nascer; caju-fruto do cajueiro). Von Martius era biólogo membro da comissão científica bávara, e em 1817 chegou ao Brasil para visitar o país estudando espécies de plantas e coletando material etnográfico e fisiológico. É autor da obra “Como se deve escrever a História do Brasil”.
Já o baiano Teodoro Fernandes Sampaio (1885-1937) discorda e apresenta outra significação geralmente aceita pelos estudiosos da língua indígena: cajueiro dos papagaios (Ara-papagaio; caju fruto do cajueiro). Teodoro Sampaio era geólogo e historiador brasileiro, publicou vários livros: O tupi na geografia nacional (1901); Atlas dos Estados Unidos do Brasil (1908) ; e, em 1922, escreveu para a introdução geral do 1º volume, do Dicionário Histórico, Geográfico e Etnográfico do Brasil.
Está fora de qualquer dúvida a influência do cajueiro na denominação que os silvícolas deram ao lugar. O caju, aliás, exerceu um relevantíssimo papel na antropografia agrícola brasileira. Era na época da frutificação que se realizavam as migrações indígenas à procura dos cajus, nativos, mas raros, dando motivo às lutas entre tribos.






sábado, 10 de março de 2012

MUDANÇA DA CAPITAL


JOÃO BEBE ÁGUA E SUAS HISTÓRIAS


*Adailton Andrade

Há aqueles que afirmam que João Bebe Água nasceu em são Cristóvão, porém indícios das investigações apontam Itaporanga D’ajuda (família Borges). Sabe-se, pelos registros, que o provável ano do seu nascimento foi 1823. O Filho do Capitão Francisco Borges da Cruz  veio de uma família pequena, tendo apenas um irmão Silvério da Costa Borges. Casou-se aos 50 anos. Seu contemporâneo Serafim Santiago, no Anuário Cristovense, lembra: “já o encontrei viúvo”.
José Nepomuceno Borges, o famoso João Bebe água, não foi só um homem que vendia e bebia muita cachaça (o que a História rotulou durante estes tempos). Teve uma vida pública ativa chegando a ocupar o cargo de Presidente da Câmara dos Vereadores de São Cristóvão, época que também foi presidente de uma irmandade ocupando o cargo de chefe alfandegário em Laranjeiras e Santo Amaro das Brotas. Aprendeu a ler e a escrever, contudo não se sabe onde e/ou com quem estudou.
De acordo com as pesquisas de Fragata, João Bebe Água foi indicado para o Cargo de Escrivão Interino da Alfândega e Mesa de Rendas em Março de 1836 (ano da Revolta de Santo Amaro e da Emancipação de Rosário do Catete). Com a Revolta de Santo Amaro foi transferido para Laranjeiras em janeiro de 1837 com uma nova nomeação de Amanuense Interino, sendo demitido no mesmo ano. Leva-se a crer que se tratava de um homem inteligente com uma formação desejável para a os serviços alfandegários. Segundo o historiador Sebrão Sobrinho, em 1837 recebe um convite para ocupar mais um Cargo de Patrão-mor da Mesa de Rendas da Barra dos Coqueiros, antes conhecida como barra da cidade. Sabemos que neste período João Bebe Água residiu em São Cristóvão na rua que hoje  leva o seu nome (antes conhecida como quarteirão nº 19, rua Varadouro e  rua da Nova Constituição). Em meados de 1847 João Nepomuceno Borges já estava envolvido com a política local, tinha idéias conservadoras e uma vida ativa na sociedade São cristovense. Além de participar da vida política, social e religiosa da cidade, tinha como  um complemento de renda, em sua própria casa, uma bodega  que vendia vários gêneros alimentícios  e bebidas em geral.
Com a disputa de poder dos coronéis da Cotenguiba e Vasa-Barris de um lado os políticos das cidades de Itaporanga, Estância e Santa Luzia, do outro os coronéis da região da cana-de-açúcar encabeçados por João Gomes de Melo (Barão de Maruim) articula com os deputados  da província  para transferir a capital  de São Cristóvão para o arraial de Aracaju. Toda a articulação da mudança foi feita por João Gomes de melo em 17 de março de 1855 e pelo Presidente Provincial Inácio Joaquim Barbosa. Assinatura da Resolução nº 413 de 17 de março de 1855.




quinta-feira, 8 de março de 2012

Manoel Cabral Machado

Filho  de Rosário do Catete 

Manuel Cabral Machado, um dos maiores expoentes da cultura e intelectualidade sergipana, faleceu no início da noite de ontem, dia 13, aos 92 anos no Hospital São Lucas. Seu corpo está sendo velado na Osaf, na rua Itaporanga, centro, de onde deverá ser levado para sepultamento na cidade de Capela, cidade onde o acadêmico foi criado.
Manuel Cabral formou-se em Direito e foi responsável pela fundação de quatro faculdades no Estado – Ciências Econômicas, Direito, Filosofia e Serviço Social – na Universidade Federal de Sergipe, onde chegou a se tornar professor emérito. Dono de uma mente brilhante, escreveu diversos ensaios, poesias e artigos sobre a sociedade sergipana, tendo sido um dos mais atuantes intelectuais do Estado. Mesmo com idade avançada, atuava como colaborador de jornais na capital. Machado era membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Brasileira de Ciências Sociais.
O acadêmico também possuía vasto currículo de atuação na vida pública. Foi secretário da prefeitura de Aracaju na administração de José Garcez Vieira, foi diretor do Serviço Público no governo do Estado durante a gestão de Maynard Gomes, secretário da Fazenda e chefe da casa civil no governo de José Rollemberg Leite, secretário de Educação do governador Celso de Carvalho e procurador geral no governo de Antônio Carlos Valadares. Machado chegou a ser líder do antigo Partido Social Democrático – PSD, conselheiro do Tribunal de Contas e deputado estadual por três legislaturas.   




DR. EDELZIO VIEIRA DE MELO


 Filho de Rosário do Catete






Adaílton Andrade



Dr. Edelzio nasceu em Rosário do Catete, no Engenho Catete Velho, viveu parte da infância em Maruim, em companhia dos pais, o desembargador José Sotero Vieira de Melo e Arminda Barreto de Melo, seguiu para o Rio de Janeiro, para estudar na Escola Militar. Do Rio veio para Salvador, ainda como militar, optando por fazer o curso médico na velha e tradicional Faculdade de Medicina da Bahia, colando grau em 1936.