terça-feira, 23 de abril de 2019

PEDRINHO DOS SANTOS "O GUARDIÃO DA HISTÓRIA E MEMÓRIA SERGIPANA "




PEDRINHO DOS SANTOS

 
Por Adailton  Andrade


Pedrinho dos   Santos, nasceu em Laranjeiras dia 30 de julho de 1945, filho do ex Presidente dos sindicado dos ferroviários da Leste Rosalvo dos Santos  e dona  de Casa Maria  Vitória dos Santos, ainda menino seus pais  se mudam para a capital em Busca   de  dias  Melhores  para educar seu filho, se fixando no Aribé,  Bairro Siqueira campos    conhecido nos dias  de hoje. . Faleceu  em Aracaju, 01 de dezembro de 2018. 


Mais  tarde  em 1950 ainda jovem  o menino Pedro dos  Santos   se tornou Pedrinho, estudou no  colégio Tobias  Barreto, em  1960  trabalhou  no hospital Cirurgia como Técnico em enfermagem, nos meados  de 1970 trabalhou na Rádio Difusora como  radialista  técnico e   produtor  de alguns quadros  do então Radialista Silva Lima  no programa  Informativo Cinsano, mais tarde  entra na Universidade  Federal de Sergipe para  Estudar  História , lá passa  a fazer parte  do Diretório  acadêmico isso nos final  dos anos  de 1970.

Durante  esse gosto pela  história  para a pesquisar  e  escrever  vários artigos para   Casa Afro Sergipana, com seu amigo Severo D'Acelino,  não parou por aí  escreveu para vários jornais  tais como Cazeta  de Sergipe. Pedrinho  escreve  sobre as Instituições  Culturais  em Sergipe.

 Em 1980  entra  no estado como professor, desenvolvendo  trabalhos  de pesquisa  no IHGSE,  APES, por fim anos de 1990, vai para Biblioteca  Publica  Epifânio Dória.  E  nos anos 2000 foi diretor   do Conselho  Estadual de Cultura  sendo assim o primeiro  negro a  presidir  aquela  instituição  cultural.
   Historiador de formação, escritor, pesquisador, deixou 5 livros publicados dezenas de artigos  em Jornais, escreveu na Revista do IHGSE,   fez prefácio e abas   vários livros de  autores  sergipanos, ensaísta  antológico  e foi até  chamado de  zelador cultural da memória sergipana.

 Não existe um pesquisador, estudante , Historiador  que não procurasse  Pedrinho  dos Santos  para  alimentação  e enquiquecer seus  trabalhos  com  suas fontes  e informações . Foi reconhecido  e enaltecido por outros  historiadores  fora  de Sergipe, sendo  chamado como “Guardião  da Memória  Sergipana “ sendo chamando ainda de  leão  de chácara  quanto a  salvaguarda  da documentação sergipana .


Nos últimos anos de sua vida dedicava todo seu amor e tempo as obras raras, revistas, jornais, fotografias , tudo que se refere  a memória  e a história  Sergipana.  da Biblioteca  Epifânio  Dória ,
Um exímio   pesquisador   que atuou com muita propriedade em várias temáticas   como educação, escravidão, pena de morte  e tantos outros, deixou um legado  no Arquivo Público  do  Estado (APES)  como também  por último   na Biblioteca  Pública  Epifânio Dória , sendo um dos  guardiões  da memória  sergipana  junto  com Luiz  Antônio Barreto e  o Jackson  da Silva Lima .

Seus  livros tais   como : Biografias  de Moreira Guimaraes ,A Proclamação da Republica na Missão de Japaratuba, Comedor  de Jia, Pena de Morte  em Sergipe, são  procurados  em sebos  devido   estarem esgotados  e muito procurados.
Pedrinho dos  Santos, como gostava de ser chamado  e como era  conhecido , foi presidente do  Conselho de Cultura, fazia parte  da maçonaria sempre  bem procurado, consultado quando o assunto era fontes históricas, seu maior legado foi mesmo   com a preservação guarda  e catalogação  da literatura sergipana na Biblioteca   Publica  Epifânio Dória , sendo  o guardião  da “Documentação Sergipana” sem  esquecer  de mencionar  o  brilhante trabalho  no Arquivo Publico  do Estado (APES). Pedrinho militava no PCB, foi diretor do Centro Acadêmico de Ciências Humanas na UFS, estudou Filosofia, Direito e História. Foi  professor da rede estadual, também  trabalhou na produção dos  quadros  do programa Informativo Cinzano de Silva Lima.

Sergipe perdeu uma referência quanto ao amor e a dedicação a memória documental sergipana. Pedrinho dos Santos    se eternizou na memória e nos corações   dos que um dia teve o privilégio de ser atendido por ele quando o procurava.  Hoje está imortalizado   na memória do povo sergipano. Faleceu  em Aracaju, 01 de dezembro de 2018.
                                                                                                                        Adailton Andrade