sábado, 9 de fevereiro de 2019

O ÚLTIMO APITO DO TREM EM ROSÁRIO DO CATETE




Memórias da Estação Férrea   do Município.


Inicialmente chamado de ramal de Timbó, a linha que ligaria a estação de São Francisco, em Alagoinhas, a Sergipe foi aberta em 1887 até a localidade de Timbó, atual Esplanada. Dali para a frente foi sendo prolongada aos poucos a partir de 1908, atingindo Aracaju em 1913, Cedro em 1915 e Propriá somente em 1920, às margens do rio São Francisco. Para se ligar com a linha vinda do Recife naquele ponto, então, somente em 1972, quando a ponte sobre o rio foi construída permitindo a interligação ferroviária direta com o Nordeste.





Década de 1930, os moradores do município de Rosário do Catete, viviam um sonho, recebia uma figura das mais ilustres da política nacional o eminente Sr. Getúlio Vargas A Visita de Getúlio Vargas em Sergipe foi uma festa da década de 1933, inaugurando a mais importante obra do Nordeste na época, uma ponte que ligaria o sul ao nordeste, uma obra a frente do seu tempo. Augusto Maynard Gomes, deixa uma marca de modernidade de progresso com o símbolo maior de união entre as regiões.





HISTÓRICO DA LINHA
 Inicialmente chamado de ramal de Timbó, a linha que ligaria a estação de São Francisco, em Alagoinhas, a Sergipe foi aberta em 1887 até a localidade de Timbó, atual Esplanada. Dali para a frente foi sendo prolongada aos poucos a partir de 1908, atingindo Aracaju em 1913, Cedron em 1915 e Propriá somente em 1920, às margens do rio São Francisco. Para se ligar com a linha vinda do Recife naquele ponto, então, somente em 1972, quando a ponte sobre o rio foi construída permitindo a interligação ferroviária direta com o Nordeste.

INAUGURAÇÃO: A Estação de Laranjeiras foi inaugurada em 1914, no trecho aberto entre Aracaju e Rosário do Catete. A cidade já existia como município desde 1832. É a penúltima estação da linha por onde passa o trem cargueiro da FCA vindo do sul, que estaria seguindo até a estação de Riachuelo, onde carrega produtos químicos das fábricas da região. Os trens de passageiros na linha pararam em 15 de março de 1977.

Durante o apogeu dos senhores de engenho dessa pequena parte de Sergipe, sua pomposa estação para os padrões da pequenina cidade recebia a minúscula aristocracia com toda a pompa que a esses momentos era reservada. Sem povo, e com a mesma minúscula aristocracia logo se mudando para centros maiores, na primeira crise do açúcar a estação ficou às moscas. Inexplicavelmente não foi reutilizada para outros fins como ocorre na Paraíba do Sul (RJ), e especialmente em Piranhas (AL), apesar da alta renda municipal auferida pelo município de Rosário do Catete. Ao menos no seu exterior, apesar do mato que insiste em cobri-la, a estação parece em bom estado.


A ESTAÇÃO: A estação de Rosário do Catete foi inaugurada em 1914 como ponta de linha do trecho Aracaju-Rosário do Catete, e assim permaneceu até agosto de 1915, quando a linha foi finalmente aberta em seu prolongamento até Propriá, no rio São Francisco, na divisa com o Estado de Alagoas. A cidade já existia.
Como município desde o século 19. Os trens de passageiros na linha pararam em 15 de março de 1977. Porém, o pessoas da cidade citam que  o trem ainda funcionando até meados de 1979. De acordo com os guias de horários, os trens de passageiros pararam nesta estação de 1914 a 1979. Hoje o trecho de linha em que a estação fica, de Riachuelo a Propriá, está abandonado por causa da queda de uma ponte ferroviária em Alagoas, ao sul de Maceió, por volta de 2002.
Em 2009, o prédio da estação servia de base para a Guarda Municipal da cidade.
Hoje o trecho de linha em que a estação fica, de Riachuelo a Propriá, está abandonado por causa da queda de uma ponte ferroviária em Alagoas, ao sul de Maceió, por volta de 2002. Em 2009, o prédio da estação servia de base para a Guarda Municipal da cidade. E hoje continua sendo a sede de uma das bandas de música, orgulho para cidade.


IGREJA MATRIZ DE ROSÁRIO DO CATETE




Irmandade de Nossa Senhora do Rosário
Rosário do Catete-Se “12 de outubro”



Além de ser um topônimo brasileiro, outras nações possuem topônimo homônimo, há exemplo de Chile, Argentina e Espanha. Especificamente quanto ao sergipano, cita o histórico da cidade, segundo o IBGE, as terras ocupadas pela Cidade de Rosário do Catete pertenciam ao antigo engenho Jordão, de propriedade de Jorge de Almeida Campos, que as doou para construção da capela de Nossa Senhora do Rosário, imagem que teria sido encontrada por escravos, nas matas adjacentes.
Desde os primórdios da povoação, a devoção por Nossa Senhora do Rosário se mostra presente. O que talvez não se apresente, num primeiro momento, é a presença dessa devoção a partir deste signo toponímico. Isso porque muitos imaginam que Rosário designa um antropotopônimo, não a santa. Ao visitar a cidade, por outro lado, a presença imediata de um enorme rosário (instrumento usado para rezar o terço três vezes) denota a relação  léxico e identidade cultural. 

Entretanto, esse signo toponímico possui algo de característico: a tentativa, mesmo que parcial/temporária, de apagamento do discurso religioso. Essa laicização vai à contramão do fluxo diacrônico dos topônimos, não apenas dos sergipanos. Note-se esse processo Nossa Senhora do Rosário do Catete para simplesmente Rosário alterado, pelo decreto estadual nº 113, de 12-07-1932. Rosário para Rosário do Catete alterado, pelo decreto estadual nº 377, de 31-12-1943, revogado pelo decreto de nº 533, de 07-12-1944.


  Nesse período foi criada em  sua paroquia  uma iniciativa da mão de obra  escreva devido um grande numero de engenhos  as atividades escravocratas estava em ascensão. Com isso foi criada sua irmandade em 1779, nesta data  é registrada uma prestação contas da irmandade  
O convento dos franciscanos citado abrigou a irmandade de São Benedito no século XVIII. Outro lugar que o santo era venerado era na povoação de Rosário do Catete, pois na capela da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário da dita povoação ele tinha um altar lateral no inicio do século XVIII , a capela dos irmãos do Rosário da povoação de Rosário do Catete já era construída, e era de pedra e cal, possuía dois altares laterais, um com a imagem de São Benedito e outro com a imagem de Santa Ana, além disso, tinha também dois concessionários, além de altares e púlpitos de madeira e pintado. Ou seja, era uma capela estruturada e com requintes arquitetônicos, o que evidencia a circulação de dinheiro e/ou bens na irmandade.
A irmandade em questão acertou com o mestre José Simão do Rosário o valor de 160 mil réis para que ele fizesse o retábulo novo da igreja, esse valor seria pago em duas prestações anuais.
Todavia, percebe-se nas leituras  do registros  da igreja que as contribuições dos irmãos não deveriam ser pagas, pois os irmãos e o pároco de Santo Amaro se envolveram em um conflito em 1817 com os irmãos do Rosário da Povoação de Rosário do Catete. Os primeiros reivindicavam o fechamento da confraria da povoação, já que não havia motivos para existir duas irmandades para a mesma santa e com igual público na freguesia de Santo Amaro. Eles alegavam ainda que a irmandade de Santo Amaro não possuía um sólido patrimônio e que a outra irmandade, a da povoação, era posterior, e retirava valores da de Santo Amaro, além de enganar e explorar os irmãos.
 Ou seja, era uma disputa pelos irmãos e pelos valores que eles entregavam as suas irmandades. SEGUE, CONTINUA A PESQUISA...