UMA ANÁLISE DA TRAJETÓRIA DE LEANDRO
MACIEL (1930 – 1975)
Adailton Andrade
O presente
texto objetiva analisar a formação e o estabelecimento de Leandro Maynard Maciel
dentro de uma abordagem das elites no cenário político estadual e problematizar
a importância do capital social articulado pelos políticos, as condições e as dinâmicas de utilização de
competências na militância. O recorte temporal vai da década de 1930 a
1975. 0s procedimentos metodológicos resultam em análise de textos do módulo de
Sociologia da Política, bem como de livros consultados nas bibliotecas da UFS e
IHGS. Tem sua relevância principal na
busca de avaliar a sociedade a partir da observação do conceito de elite quanto
a parentela, a riqueza, poder político e o capital social.
Este estudo se caracteriza
numa linha de pesquisa que aborda a formação de grupos dirigentes, chamados de elites,
e a sua estruturação dentro dos espaços do poder, investigando um conjunto de
fatores que apontam para mecanismos de recrutamento e seleção, estratégias de
reprodução desse grupo, reconversão e legitimação acionados para ocupação
nesses espaços, modo de vida e as modalidades de consagração social dos
variados grupos sociais dominantes, como elites políticas, intelectuais,
eclesiásticas, militares, burocrático-administrativas, entre outras.
Segundo MOSCA (1968) existiriam, em todas as
sociedades, duas classes de pessoas: uma classe que dirige - menos numerosa,
que exerce todas as funções políticas, monopoliza o poder e goza das vantagens
que o poder traz consigo, e outra que é dirigida - mais numerosa que é
controlada pela primeira.
Leandro Maynard Maciel nascido em Rosário do Catete
era filho de senhor de engenhos e antigo político (monarquia e início da
república) Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel. Segundo relatos era realmente
chefe, tinha ascendência sobre todos, e a sua voz era sempre ouvida e todos
obedeciam e seguiam suas determinações (WYNNE, 1973).
Para
realizar este trabalho faz-se um debate teórico sobre o conceito de capital
social, um resgate da dinâmica da elite dirigente na cidade de Rosarense,
destacando o papel da articulação das relações sociais deste político, seja na
forma característica da oligarquia agrária brasileira (o clientelismo), seja na
forma de uma relação positiva (o capital social).
Foram
visitadas a Biblioteca da UFS e a biblioteca do Instituto Histórico e
Geográfico de Sergipe (IHGS). Tendo como apoio de pesquisa a leitura de vários
autores relevantes ao tema, tais como: Pierre Bourdier, Grynszpan, dentre
outros utilizados no módulo de Sociologia da Política e citados ao longo do
texto.
Foi no século XVII, na França, que o termo elite
começou a ser utilizado ao se tratar de produtos de qualidade superior oferecidos
à venda. O uso em outros contextos deste termo difundiu-se por volta do século
XVIII, inclusive no social, caracterizando pessoas e grupos sociais superiores.
O uso do termo elite espalhou-se a partir de 1930 através das teorias
sociológicas das elites, principalmente aquelas dos autores do final do século
XIX e início do XX, tidos como os “pais” da teoria das elites, sendo eles os
italianos Vilfredo Pareto (1848- 1923), Gaetano Mosca (1858-1941) e o alemão
Robert Michels (1876- 1936).
Para Grynszpan (1996) um
dos aspectos nítidos nos organismos políticos era o de que existiria sempre
duas classes de indivíduos, uma maior e outra menos numerosa, a primeira
dirigida e a segunda dirigente. O que diferenciava a minoria da maioria era o
poder de dirigir e a organização. A minoria organizada, coordenada se impunha a
uma maioria desarticulada. A minoria se
destacava por possuir alguma qualidade valorizada em termos sociais, tais como: a
força física, o contato direto com divindades, o saber, a riqueza.
De fato, haveria
em todas as sociedades, ao longo do tempo, uma luta constante entre a elite no
poder e os grupos dele excluídos. Trata-se de uma luta que não cessaria nunca,
mesmo que fossem extintas as classes sociais, dado que ainda assim se
assistiria à formação de elites. (GRYNSZPAN, 1996)
A cerca dos grupos dirigentes percebe-se uma
forte presença de recursos e reproduções sociais giradas em torno do grupo
familiar. Cabe então, às Ciências Sociais, capturar às lógicas e esquemas
dessas modalidades baseadas nas relações parentais, e suas possíveis
combinações com outros recursos adquiridos nas trajetórias sociais dos agentes.
De acordo com Seidl (2002) O
fenômeno “grandes famílias” tratado em obras voltadas ao estudo sobre elites
dirigentes, mostra uma prevalência nos postos dominantes das esferas sociais ao
longo de sucessivas gerações, onde as relações genealógicas são consagradas e acionadas
por grupos familiares, criando e perpetuando laços tradicionais nos diversos
postos dirigentes, no caso da política, por meio de “heranças culturais ou
políticas” ou “patrimônio material ou simbólico familiar” dos ascendentes.
Miceli (2001) cita que em
casos ligados ao patrimônio familiar, sua conservação e manutenção necessitam
de uma mobilização contínua dos recursos de relações sociais, através de
ocupações dos postos mais cobiçados (alto empresariado, cargos políticos
dirigentes, alto oficialato militar, escalões decisórios eclesiásticos, entre
outros) e dos casamentos melhores empreendidos.
O que está em pauta são as
modalidades de reconversão de um tipo de recurso social baseado na relação com
um ascendente familiar, ou melhor, numa relação ligada a uma família com um
“nome” tradicional numa determinada região, que é bastante específico nos usos
dos recursos sociais em disputas por posições de comando. No geral, essas
estratégias de legitimação voltadas para utilização desse capital ligado ao nome
da família apontam para uma concepção de política diferente das concepções de
democracia.
Pierre Bourdieu produziu a primeira análise
sistemática contemporânea do capital social, que definiu o conceito como “o
agregado dos recursos efectivos ou potenciais ligados à posse de uma rede
durável de relações mais ou menos institucionalizadas de conhecimento ou
reconhecimento mútuo” (BOURDIEU, 1985).
Deste modo, Bourdieu (1980)
deixa evidente que o capital social
dividi-se em dois elementos, são eles: a própria relação social que
permite que os indivíduos cobrem o acesso a recursos na posse dos membros do
grupo e a quantidade e/ou qualidade desses recursos. Enquanto o capital
econômico está nas contas bancárias o capital social está relacionado às
estruturas das relações. Então, um indivíduo para possuir capital social deve
relacionar-se com outros que são a fonte de seus benefícios.
Ao estudar como estas famílias ficaram
influentes política e economicamente, demonstram-se as relações entre os indivíduos
do campo econômico e as disputas ocorridas no mundo dos negócios. O capital
econômico obtém prevalência nas estratégias de distinção e nas disputas entre
estruturas e agentes. Em um campo dominado pelas leis da transmissão cultural
(como o campo literário ou o campo acadêmico), no entanto, o capital econômico
não possui a mesma prevalência do capital relativo à ilusão deste campo (o
capital cultural).
Temos então dois estratos numa população: 1) um
estrato inferior, a não - elite, cuja influência possível no governo não nos
interessa aqui; 2) um estrato superior, a elite dividida em dois: a) a elite
governante; b) a elite não -governante. (PARETO, 1966)
È nesse contexto
que WYNNE (1973) observa Leandro Maciel com as mesmas tendências paternas, muito
desejoso alcança o poder, desde muito cedo lutava e vinha mantendo-se nas
posições eletivas, deputado federal, nos fins da primeira República, se elege a
senador quando das primeiras eleições após o movimento revolucionário de 1930,
Leandro Maciel, surgindo em Sergipe com a chegada de Ciro Azevedo, logo se
aliava com o coronel Manuel Correia Dantas.[1]
Leandro Maynard Maciel,
filho do Bacharel e político Leandro
Ribeiro de Siqueira Maciel , nasceu em Rosário do Catete -Sergipe no dia 8 de
dezembro de 1897. Começou seus estudos em Rosário seguindo depois para
Salvador. Na Bahia, graduando-se Engenheiro Civil segue para a Paraíba e, posteriormente,
retorna a Sergipe exercendo sua profissão e assinando várias obras importantes
no Estado. Exerceu vários Cargos Públicos, tais como:
Diretor de Obras Públicas, Diretor da Energipe
(serviço de Luz e Força), Presidente do IAA (Instituto do álcool e Açúcar), Fiscal
do Serviço de Águas e Esgotos de Aracaju. Na política foi eleito a vários mandatos como Deputado Federal ( 1930 a 1930),
Deputado Federal (1933 a 1935), Senador ( 1935 a 1937, 1967 a 1975)
, Deputado Federal (1946 a 1951) e Governador
(1955 a 1960).
Com a
redemocratização de 1933/1934 ajudou a criar um partido político, o Partido
Social Democrático (PSD). O
período inaugurado com a queda do Estado Novo marcou um dos "ciclos de redemocratização"
na política brasileira. A dinâmica da disputa partidária e os padrões de comportamento eleitoral no período
são aspectos estudados em detalhe pela Ciência Política no Brasil. No referido
período, apesar da instabilidade do "sistema político" brasileiro,
verifica-se a diversificação social e ideológica da "elite política",
com o ingresso de agentes oriundos de segmentos sociais distintos e a
redefinição dos repertórios de mobilização acionados por ocupantes de cargos
eletivos. No entanto, pouca atenção tem sido dada para as transformações na
composição da "elite política", suas origens sociais, a
diversificação das bases sociais de recrutamento e as conseqüências na reconfiguração
do espaço político no país (MICELI, 1981).
Anos mais tarde em 1945 Leandro Maynard Maciel
funda a União Democrática Nacional (UDN ). Fato que demonstra o prestígio
político e o poder econômico da tradição de família. A
análise que segue centra-se, então, nos processos de reconversão, reprodução,
ascensão e afirmação de agentes e "famílias de políticos" ao longo do
século XX.
HEINZ (2006) comenta que foram escolhidos
Estados cujas elites exerceram poder real durante um período em que os partidos
estaduais se constituíam na única unidade coesa de organização
política.
Deste
modo, o período que Leandro Maciel exerceu seu mandado ficou conhecido como “O Leandrismo” marcando a política de Sergipe. Esses comportamentos
eleitorais do período são aspectos estudados em detalhe pela Ciência Política
no Brasil. No referido período, apesar da instabilidade do
"sistema político" brasileiro, verifica-se a diversificação social e
ideológica da "elite política", com o ingresso de agentes provenientes
de segmentos sociais distintos e a redefinição dos repertórios de mobilização
acionados por ocupantes de cargos eletivos. No entanto, pouca atenção tem sido
dada para as transformações na composição da "elite política", suas
origens sociais, a diversificação das bases sociais de recrutamento e as
conseqüências na reconfiguração do espaço político no País. Leandro
Maciel soube lidar com as rivalidades entre os principais partidos, na campanha
eleitoral para o governo do Estado, que na época foi dividido em dois blocos
políticos: um liderado pela UDN (destacando- se alguns interiores como Lagarto,
Tobias Barreto, Riachão, Itabaiana, Simão Dias, laranjeiras) e o outro bloco
formado e liderado pelo PSD e o PR, coligação que estava no governo a oito anos, os udenistas apelidados de boca
bretã e os PSD e PR de rabo branco.
Segundo DANTAS
(2004) no cenário nacional depois da morte de Vargas, o vice- presidente Café
Filho assumiu, mais não demorou. O país volta a viver novo momento de
instabilidade com golpes, contragolpes e revoltas até o governo de Juscelino
Kubischek, que vem a tomar posse em 30 de janeiro de 1956. Em Sergipe, a vitória
política dos udenistas significava a alternância do poder na política local que
passava a viver sob as idéias do leandrismo.
No discurso de
posse, ocorrido em 1955, Leandro Maciel prometeu governar para todos. Contudo,
quando assumiu foi mudando o quadro de funcionários, substituindo-os por
partidários e amigos políticos. Quanto à relação do primeiro governo de Leandro
Maciel com as classes subalternas, há dois lados a considerar: Primeiro, não se
pode negar que no processo de competição política conflituoso os mais
penalizados foram os setores populares, sobretudo aqueles envolvidos na
militância partidária. Segundo, os trabalhadores não foram molestados em seus
movimentos sociais, daí Leandro Maciel se firmava como uma força na política
sergipana adotando um método de se fazer política, chamado de leandrismo, muitas vezes ofuscando a
própria UDN.
Na obra de
BARRETO (2007) a partir de 1945, quando são organizados os novos partidos,
Leandro Maciel mostra força, liderança e prestígio nos grupamentos políticos.
com isso, logo aparecem as lideranças regionais. Assim, a figura de Leandro
Maciel se sobressai.
A partir do seu
governo em Sergipe (1955 a 1959) a UDN, com Leandro Maciel, coloca com clareza
seu projeto de crescimento econômico para o Estado (em função dos interesses do patronato rural e do urbano).
Neste discurso, não há mensagem direta para os trabalhadores, a estes estariam
reservados apenas os benefícios diretos e indiretos do crescimento econômico,
de conformidades com os princípios liberais, dispensando-se, pois, políticas
sociais específicas(DANTAS, 1987)
No Final do seu
governo em 1960, elege seu sucessor mais um conterrâneo e udenista Luiz Garcia,
neste tempo tornou-se uma figura política de reconhecimento nacional chegando a
ser escolhido como companheiro de chapa de Jânio Quadros onde disputou a vice-presidência
da República, a campanha eleitoral tomou as ruas e os candidatos Jânio Quadros
e Leandro Maciel visitaram vários estados do Brasil. A UDN contava com a
liderança política de Leandro Maciel no seio da agremiação situacionista, que
após deixar o governo continuou mantendo contatos com as lideranças do partido
no âmbito nacional, participando de encontros e de entendimentos com vista na
sucessão presidencial. Destes contatos nasceu o chamado “Encontro de Aracaju” [2]. Era uma tentativa de
estabelecer um entendimento sobre o candidato à sucessão presidencial.
Justamente nesta reunião de líderes, foi que Leandro Maciel teve seu nome
lançado a vice-presidente da República e na conversão nacional[3], concorreu com Fernando
Ferrari, homem dinâmico do rio Grande do Sul, fundador do Partido Trabalhista Renovador
(PTR), mas o político sergipano venceu por um voto, enquanto Jânio Quadros
derrotava Juraci Magalhães em disputa acirrada. (DANTAS, 2004)
No início da
campanha, no momento em que as divisões internas no partido continuavam
acentuadas, alguns membros passaram a
fazer restrições ao nome de Leandro Maciel, entre os mais insatisfeitos o
próprio Jânio Quadros. Durante a campanha Leandro Maciel renuncia sua
candidatura a vice-presidente por duas vezes, sendo substituído também por um
udenista Milton Campos político de Minas Gerais. Jânio é eleito presidente da
República com o apoio de vários partidos.[4]
Em 1962, Leandro
Maciel utilizando de um slogan “Ninguém se perde na volta”, candidatou-se novamente
ao governo do Estado contrariando uma parte da União Democrática
Nacional ( UDN) que não queria a alternância
de governo entre Luiz Garcia e Leandro
Maciel que desde 1946 eram mantidas. Uma articulação política contou com a
participação de Orlando Dantas do PSB, José Conrado de Araujo do partido PTB, então prefeito de Aracaju na época. Com
mais coligações Armando Rolemberg do PR lançou Seixas Doria a ser o candidato,
tendo como companheiro de chapa Celso de Carvalho.
Mesmo com a UDN
dividida Seixas Dória é eleito com 8.689 votos. Leandro Maciel construiu uma
imagem de combate as oligarquias acenando para a participação da classe média
na mobilização política partidária, mas não resistiu muito e cedeu aos mesmos
expedientes dos adversários que tanto combateu.
O tratamento teórico de tais questões parece ser o
caminho mais útil para observarmos os limites do emprego das noções de elite,
classe dirigente, classe dominante. Leandro
Maciel transitava bem entre organizações de trabalhadores, lideranças sindicais
e movimentos afros religiosos.
Com o movimento militar em 1964 Leandro Maciel ocupou
mais uma vez um espaço político
filiando-se a ARENA (Aliança
Renovadora Nacional ) sendo eleito Senador em 1966, derrotando uma grande
liderança política o senhor Oviêdo
Teixeira do MDB (Movimento Democrático Brasileiro ). No Senado o velho líder político
sergipano defendeu a exploração mineral e outros interesses de Sergipe. Na
tentativa de renovação de mandato perde as eleições ao Senado para um novato na
política, o médico Gilvan Rocha, do MDB.
Com estes resultados Leandro Maciel sai da cena na política
e vai cuidar dos negócios na sua fazenda.
Faleceu em Aracaju em 14 de julho de 1984.
4-CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em sua obra BESSA ( 2002 ) escreve que desigualdade individual origina
no plano social uma divisão entre fortes e fracos. Os fortes capturam os
poderes sociais (político, ideológico, econômico) e governam a maioria da
população. É o fenômeno das elites dirigentes e dominantes, da hierarquia, que
tão bem evidencia a análise da sociedade animal. A reflexão mais desapaixonada
sobre esta matéria foi efetuada pela escola sociológica italiana, com Vilfredo
Pareto, Gaetano Mosca e Roberto Michels. Estes autores provaram a perenidade da
minoria, a minoria poderosa, que impõe a sua vontade sobre a maioria dando-lhe
a impressão de ser ela a decidir e a governar.
DANTAS (2004) cita na sua obra que em Sergipe a
atuação da UDN, de certo modo, correspondeu a uma atualização ou a uma
tentativa de adequação do projeto político de classe dominante local aos
padrões nacionais, na medida em que reproduziam as tendências populistas e a
figura política de Leandro Maciel se enquadrou neste perfil político.
As minorias são pela sua organização e coerência o único fermento social
de mudança e poder. Só caem para ceder o lugar a outras, de modo que a História
não passa de um velho e enorme cemitério de oligarquias. A lei de ferro da
oligarquia, formulada por Michels, apenas se faz eco desta constatação
empírica, tão desagradável aos doentes do igualitarismo acéfalo, fervorosos
crentes no alibi da tábua rasa (BESSA,2002) .
A década de 50 foi uma das
mais marcantes na Política dominante em Sergipe,
pois tinha a União Democrática Nacional (UDN), liderada em Sergipe, pelo Senhor
Leandro Maynard Maciel. Deste
modo, procedente de uma família tradicional de liderança e poder no Cenário político sergipano, soube manter a
tradição da família nos domínios do campo político, sabendo conduzir sua força
política no Estado de Sergipe.
5-REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO,
Luiz Antônio. Personalidades Sergipanas.
Aracaju: Typografia Editorial, 2007.
BESSA , António Marques. Elites e Movimentos Sociais.
Lisboa: Universidade Aberta , 2002.
BOURDIEU, Pierre. Le capital social. Actes
de la Recherche in Sciences Sociales, Paris, n.31, p. 2-3, 1980.
BOURDIEU, P. Le Sens Praticque. Paris: De Minuit, 1980b.
BOURDIEU, P. (1985), “The
forms of capital”, in J. G. Richardson (org.), Handbook of Theory and
Research for the Sociology of Education, Nova Iorque, Greenwood, pp. 241-58
DANTAS, Ibarê. História de Sergipe: república (1989-2000).
Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2004.
DANTAS, Ibarê.
Coronelismo e Dominação. Aracaju: UFS, 1987.
HEINZ,
F.M. Por outras histórias das elites.
São Paulo: FGV, 2006.
GRYNSZPAN, M. “A teoria das elites e sua genealogia
consagrada.” In: BI- Revista Brasileira de
Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, n.41, Relume/Dumará, ANPOCS, 1996.
PARETO,
V. As elites e o uso da força na sociedade. In: Sociologia política, (org.Amaury
de Souza), Rio: Zahar, 1966.
MICELI, Sérgio. Intelectuais à
brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
MICELI,
S. 1981. Carne e osso da elite política brasileira pós-30. In : FAUSTO,
B. (org.). História geral da civilização brasileira. São Paulo : Difel.
MOSCA, G. A
teoria da classe política dirigente. In: História das Doutrinas
Políticas - desde a antiguidade, Rio: Zahar, 1968.
SEIDL, E. A construção de uma ordem: o exército
brasileiro o nascimento da “meritocracia” (1850-1930), in: Ciências & Letras, n. 37, 2007.
________. A espada como “vocação: as “grandes famílias”
e o Exército no Rio Grande do Sul (1850-1930), in: Teoria & Sociedade, n. 9, 2002.
WINNE,J.P. História
de Sergipe: 1930-1972 ,1973
[1] Manuel Correia Dantas, Coronel
Presidente da Assembléia Legislativa. Chega
a assumir como titular ao governo do estado de Sergipe (09.01.1927 / 05.12.1926)
[2] Participaram das discussões: Leandro
Maciel, Presidente da UDN de Sergipe e os governadores Luiz Garcia (SE), Cid
Sampaio (PE), Dinarte Mariz (RN), Juracy Magalhães (BA), Magalhães Pinto (MG),
então presidente nacional da UDN, o presidente da UDN da Bahia Albérico Fraga e Jânio Quadros.ver
na revista da Associação Sergipana de Impressa, Aracaju,31 de dezembro de
1960,nº3 p. 92.
[3] A Convenção da UDN
acabaria por sacramentar a solução propugnada por Lacerda: Jânio obteve 205
votos, contra 83 dados a Juracy18. Para Vice-Presidente o Partido escolheu
Leandro Maynard Maciel, Governador de Sergipe. A chapa de Quadros passava a
contar, assim, com dois candidatos a vice, pois o PDC já havia indicado o nome
do deputado gaúcho Fernando Ferrari, dissidente do PTB.
[4] Foi eleito
presidente em 3 de outubro de 1960, pela coligação PTN-PDC-UDN-PR-PL, para o mandato de 1961 a 1966, com 5,6 milhões de
votos - a maior votação até então obtida no Brasil - vencendo o marechal Henrique Lott
de forma arrasadora, por mais de dois milhões de votos. Porém não conseguiu
eleger o candidato a vice-presidente de sua chapa, Milton Campos
(naquela época votava-se separadamente para presidente e vice).
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