sexta-feira, 21 de maio de 2010

O DOMÍNIO MILITAR EM SERGIPE





                                                                                        texto: Ibarê Dantas
fotos: Adailton Andrade

Pelo menos desde março de 1963, a estratégia política do governo Goulart vinha revelando-se desastrosa. As reações da maioria dos congressistas, impedindo a institucionalização das reformas, levou-o a buscar o apoio de determinados grupos mobilizados da sociedade civil (CGT, FMP, UNE) que, aliás, desconfiavam de suas ações, exigindo, inclusive, definições prévias.







Promovendo greves sucessivas, nem sempre justificáveis, discursos triunfantes e/ou insolentes, as lideranças mais açodadas proporcionavam pretextos para que as forças de direita desenvolvessem a luta ideológica, falassem de guerra revolucionária e acelerassem as conspirações. A idéia de comícios monstros ainda mais atemorizou os conservadores (civis e militares), levando-os a articulações cada dia mais amplas. Velhos políticos, com projetos divergentes, como Ademar de Barros e Carlos Lacerda, juntaram-se com o fim do que denominavam de "combater o caos". As bases políticas governistas tornaram-se mais precárias do que nunca com o afastamento do PSD, tradicional fiador do projeto populista. Na sociedade civil, entidades classistas patronais, grupos femininos (CAMDE), parte da Igreja Católica, imprensa, associações diversas, todos formaram a grande corrente de reação, sob a coordenação maior do IPES (Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais), soldando os setores militares e civis e acoplando-se aos interesses do grande capital interno e externo. As revoltas dos sargentos e dos marinheiros, de um lado, levavam alguns ao devaneio de estabelecer analogia com a Revolução Russa e, por outro, indispunham decisivamente as Forças Armadas com o movimento popular, diante da quebra de hierarquia. Confiante num sistema de informação e de segurança inepto e ineficaz, o governo, isolado e debilitado, não se dispôs a enfrentar as forças da reação. Num último discurso provocante, Goulart apressou a deflagração do movimento militar contrarevolucionário, que contou com o apoio expressivo de parte da sociedade civil, identificada na defesa da ordem e da propriedade.

sábado, 15 de maio de 2010

IBARÊ COSTA DANTAS - Doutor Honoris Causa


UFS 42 ANOS  NA SOLENIDADE  O HISTORIADOR E CIÊNTISTA POLÍTICO IBARÊ DANTAS RECEBE O TÍTULO DE   DOUTOR HONORIS CAUSA 

http://www.agencia.se.gov.br/noticias/leitura/materia:19497/governador_prestigia_homenagens_no_aniversario_de_42_anos_da_ufs.html


Para comemorar os 42 anos de existência da Universidade Federal de Sergipe (UFS), uma solenidade carregada de homenagens aconteceu na noite desta sexta-feira, 14, no auditório da reitoria. Ex-aluno da instituição, onde se formou em Direito e presidiu o Diretório Central de Estudantes (DCE), o governador Marcelo Déda prestigiou o evento, mesmo após cumprir uma agenda repleta de atividades no interior do estado.
Em meio à programação, houve a condecoração do professor aposentado Ibarê Dantas com o título de doutor honoris causa, distinção máxima prevista no estatuto da Universidade – no ano passado, a mesma comenda foi concedida ao atual governador do Estado.

Fotos: Marco Vieira/ASN

IBARÊ COSTA DANTAS

Sob a lupa de Ibarê




 *Samuel Barros de Medeiros Albuquerque



Em meados da década de 1990, Ibarê Dantas iniciava silenciosamente suas investigações sobre Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel, engenhoso político sergipano que viveu entre 1825 e 1909. Fruto dessas pesquisas, Ibarê acaba de lançar a obra “Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel (1825/1909): o patriarca do Serra Negra e a política oitocentista em Sergipe” (Aracaju: Criação, 2009. 480 p).



quarta-feira, 5 de maio de 2010

HISTÓRIA DE ITABAINA PARA O CONCURSO

 HISTÓRIA CULTURAL, POLÍTICA E ECONÔMINA DE ITABAINA PARA O CONCURSO

artigo completo em anexo (leia mais )


Cidade da região do Agreste Sergipano, microrregião do Agreste de Itabaiana. Fundada em 1675, está a 188m de altitude, 54 Km distante de Aracaju e em 2007 o IBGE estima sua população em 81.826 habitantes. O clima é semi-árido e é conhecida como a Capital do Caminhão, pois tem o maior percentual de caminhões do Brasil (relação entre o n° de caminhões e o n° de habitantes). Campo do Brito, São Domingos, Ribeirópolis, Moita Bonita e Frei Paulo que são municípios, já foram distritos de Itabaiana. É a quarta maior cidade do estado, sendo superada por Aracaju, São Cristóvão e N. Senhora do Socorro, todas na região metropolitana de Aracaju.