domingo, 25 de outubro de 2009

MARIA THETIS NUNES

THETIS NUNES

UM REFERENCIAL DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA



Morreu na madrugada deste domingo, dia 25, aos 86 anos, a professora e historiadora sergipana Maria Thetis Nunes, autora de vários livros. Ela estava internada há três semanas no Hospital São Lucas, na capital sergipana, onde foi submetida a algumas cirurgias. O corpo está sendo velado na Academia Sergipana de Letras e será sepultado às 16h30, no cemitério Colina da Saudade. O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, decretou luto oficial de três dias.



Para ele, Maria Thetis Nunes foi uma das mulheres de maior destaque na história de Sergipe, por sua valiosa contribuição nos campos da literatura e do magistério. "Ela foi uma grande professora e formou dezenas de intelectuais sergipanos. Maria Thétis Nunes sempre esteve à frente do seu tempo. Com seu brilhantismo, abriu espaço para as mulheres na sociedade e ajudou a construir e difundir a história do nosso Estado", lembra Edvaldo.

Maria Thetis Nunes nasceu em Itabaiana. Veio para a capital para cursar o ensino secundário, no Atheneu Sergipense. Formou-se em Geografia e História, na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia, tendo sido a primeira sergipana a ingressar em um curso superior. Ainda universitária, em 1945, tornou-se professora catedrática do Atheneu Sergipense, de onde mais tarde foi diretora. Também foi a primeira mulher a ocupar esse cargo.
Em 1956, como representante de Sergipe, ingressou na primeira turma do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), onde se pós-graduou em História da Educação no Brasil. Em 1961 foi nomeada pelo Ministério das Relações Exteriores diretora do Centro de Estudos Brasileiros na Argentina, lecionando nos cursos de pós-graduação da Universidade Nacional do Litoral.
Regressando a Sergipe, com a criação da Universidade Federal, em 1968, tornou-se professora titular de História do Brasil, História Contemporânea e Cultura Brasileira. Na qualidade de decana da UFS, por duas vezes ocupou o cargo de vice-reitora. Aposentada com 47 anos de magistério, recebeu o título de professora emérita.
Foi presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe por 30 anos. Depois de publicar vários livros e artigos, passou a ocupar a cadeira número 39 da Academia Sergipana de Letras. Recebeu inúmeras condecorações, entre elas a Medalha de Mérito Cultural Inácio Joaquim Barbosa e a Medalha de Mérito Serigy, ambas concedidas pela Prefeitura de Aracaju


Fonte: AAN
Com informações do site do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro

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