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Parte interna do sobrado meados do Seculo XIX, (1823) que pertenceu a Leandro Maciel. |
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Rosário do Catete,
berço da História Política de Sergipe
*Adailton
Andrade
Ao trafegar na que corta a BR-101, no sentido
de Aracaju a Propriá, logo se ver na entrada da cidade de Rosário do Catete uma
grande imagem de nossa Senhora do Rosário, e muitas barras de vendedores de
milho, mas só passar não, dar para ter uma ideia do que foi e o que é esse município
no contexto histórico nacional, em especial já foi palco da história Política
de Sergipe.
As
terras ocupadas pela Cidade de Rosário do Catete pertenciam ao antigo engenho
Jordão, de propriedade de Jorge de Almeida Campos, que as doou para construção
da capela de Nossa Senhora do Rosário, se sabe que foi em Rosário do Catete que nasceu
João Gomes de Melo, o Barão de Maruim, esse mesmo foi responsável pela assinada
a ata de mudança da capital de São Cristóvão para Aracaju. Engenho esse
pertencentes a família de portugueses, sendo assim os primeiros proprietários do
“unha de Gato”
Uma história que tem início 1575, quando da
primeira tentativa de conquista de Sergipe por Luiz de Brito, governador da
Bahia. É a referência mais antiga. Bem próximo ao local em que a atual cidade
se encontra, existia uma aldeia de índios. Eles viviam às margens de um rio e sob o comando do índio Siriry.
A povoação rosarense crescia tanto que, por
volta de 1828, a Câmara de Santo Amaro resolveu transferir para Rosário a sede
do município de Maruim. Os habitantes de Santo Amaro e Maruim declararam guerra
entre si. O Governo da
província acabou intervindo e ratificando a decisão da Câmara de Santo Amaro.
De uma canetada só, a povoação de Rosário do Catete passava à freguesia, vila e
sede de município. Mas isso durou pouco. As reações de Maruim foram fortes. Em
3 de fevereiro de 1831, Rosário volta a pertencer a Santo Amaro, mas não como
povoamento, e sim, como Freguesia de Nossa Senhora do Rosário. Cinco anos
depois, ela se tornava Vila de Nossa Senhora do Rosário do Catete, a cidade
nasce como a Revolta de santo Amaro.
Berço dos intelectuais de Sergipe
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Antônio Garcia Filho |
Antônio Garcia Filho, Formou-se pela Faculdade de
Medicina da Bahia, em 1941. Iniciou suas atividades como médico em Aracaju,
transferindo-se depois para a cidade de Laranjeiras/SE. Foi o primeiro
Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários desta Universidade e seu
primeiro professor de Anestesiologia na Faculdade de Medicina. Foi professor de
Nutrição da Faculdade Católica de Ciências Sociais. Foi membro da Academia
Sergipana de Letras onde ocupou a Cadeira No. 1, cujo patrono foi o intelectual
Tobias Barreto de Menezes. Além de poeta foi compositor de músicas. É o autor
da letra do Hino do 28º Batalhão de Caçadores e do Hino da Cidade de Rosário do
Catete.
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Manuel Cabral Machado |
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Rosário tem orgulho de
Manuel Cabral Machado o professor, intelectual e homem público Cabral Machado,
um dos maiores vultos do século XX, que marcou com sua presença décadas
seguidas com atividades inovadoras. Filho do médico Odilon Ferreira Machado que
também foi prefeito em Rosário em um mandato de dois anos de 1920 a
1922. Publicou diversos livros, destacando-se: Brava gente sergipana e outros bravos (1999), Elegias a Elohim, Poemas à mãe de Deus, Aproximações Críticas
(todos de 2002), Baladas de bem-querer à
Bahia (2003) e O aprendiz de oboé
(2005). Manoel Cabral Machado presidiu a Academia Sergipana de Letras, e
frequentou, permanentemente, as suas sessões, como um dos mais atuantes
debatedores, também foi membro da
Academia Brasileira de Ciências Sociais
Criado na Capela, cidade onde seu pai voltou a fixar-se, foi também , o
ex-vice governador de Sergipe na gestão de Lourival Batista, morreu com 92 anos
em 2009, no Hospital São Lucas por falência múltiplos de órgãos.
Maximino de Araújo Maciel, nasceu em Rosário no dia 20 de
abril de 1866, fez os preparatórios em Sergipe e em seguida mudou-se para
o Rio de Janeiro onde formou-se em Direito (1890-1894) e Medicina (1896-1901). Foi
professor catedrático de língua portuguesa no Colégio Militar, desde 1893. Em
1919, atingiu o posto de Tenente Coronel. Pertenceu ao Instituto Histórico e
Geográfico de Sergipe e outras instituições científicas e culturais do Rio de
Janeiro e Sergipe, Gramática Analítica, Filologia Portuguesa, Gramática
Descritiva, Taxionomia Social, Lições de Botânica Geral, Noções de Agronomia,
Lições Elementares de Língua Portuguesa, Elementos de Botânica Geral e
Elementos de Zoologia.
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Maximino de Araujo Maciel - Grammatica Descriptiva. Subtítulo: baseada nas doutrinas modernas. |
Celeiro de Grandes Políticos
Conhecido
como celeiro político
de Sergipe, daí saíram Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel foi deputado no
Império e senador na República. Mais tarde, seu filho, Leandro Maynard Maciel,
seria governador do Estado. Outra figura marcante foi Augusto Maynard Gomes,
Edelzio Viera de Melo que foi vice-governador assumido mais tarde o governo, nisso
Rosário ofertou a Sergipe quatro nomes a governar o estado. Leandro Maynard
Maciel foi em 1960 foi indicado para ser vice-presidente da República na chapa
de Jânio Quadros, mas renunciou em favor de Milton Campos.
Sede
de Assembleia Legislativa do estado e Sede
do Governo
Catete foi sede Assembleia legislativa quando na eleição para o Senado da República em 1894,
não atendeu à orientação do presidente Floriano Peixoto para apoiar a
candidatura de Manuel de Oliveira Valadão, preferindo a de Leandro Ribeiro Maciel.
Em consequência, teve seu governo hostilizado pelo grupo florianista de Sergipe,
no qual se destacava Sílvio Romero, que viera do Rio de Janeiro para fazer a campanha
de Valadão para o Senado. Meses depois, a situação política ficaria ainda mais radicalizada
em virtude da proximidade das eleições para o Executivo estadual, já que Manuel
Valadão novamente se candidatou e venceu a disputa naquele que foi considerado
pelos contemporâneos o pleito mais violento e fraudulento da primeira década
republicana em Sergipe.
Em meio à contenda, José Calasans
transferiu a sede do governo sergipano de Aracaju para a cidade de Rosário do
Catete. Esse ato foi visto por seus opositores como de abandono do poder.
Sílvio Romero, em praça pública, defendeu então a passagem do governo para o
presidente da Assembleia Legislativa, João Vieira Leite, favorável ao grupo
valadonista, que foi de fato empossado em 11 de setembro de 1894. A situação de
duplicidade de poderes instalada nesse momento levou ao surgimento dos apelidos
que iriam identificar as rivalidades da política sergipana na Primeira
República: os “pebas”, que ficaram nas areias de Aracaju, e os “cabaús”,
reunidos na zona dos engenhos de Rosário Catete. Assembleia funcionou na rua de
baixo e o governador despachava no Passo
Municipal segundo a descrição de
alguns documentos.
Rosário do Catete e a
geração dos bacharéis e médicos de
Sergipe
Essa geração revolucionou a Faculdade de Direito do Recife e na Faculdade
de Medicina da Bahia, os cânones vigentes, difundindo novas ideias e assim
fixando os fundamentos da cultura brasileira.
Saíram
de Rosário, Antônio Dias de Pinna advogado
fundador do curso de direto da USP. Estudou na Faculdade de Recife
concluindo em 1865. Em Sergipe exerceu os cargos de promotor público da comarca
de Laranjeiras, 1866-1869; de inspetor geral das aulas, de novembro de 1869 a
1870; promotor público de Laranjeiras pela segunda vez, removido em maio de
1874 para o Aracaju, cujas funções desempenhou até 1875; deputado provincial
nas três legislaturas bienais de 1872-1877.
João
Maynard, Desembargador, nasceu
no engenho “Saco” município do Rosário do Catete, a 8 de janeiro de 1878.
Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade Livre do Rio de
Janeiro, exerceu os cargos de Juiz Municipal do termo de Itabaianinha, sede da
então comarca do Rio Real. Em Aracaju tem uma avenida com seu nome : Avenida “Desembargador
Maynard”.
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Desembargador João Maynard |
Outro Jurista importante
foi Jose Sotero Vieira de Melo
,Desembargador filho de Francisco Vieira
de Melo e de Maria Rosa de São José e Melo, nasceu em Rosário do Catete, em 13
de maio de 1856. Pertenceu a geração dos bacharéis e médicos de Sergipe, que
revolucionaram na Faculdade de Direito do Recife e na Faculdade de Medicina da
Bahia. Em fevereiro de 1869, com 13 anos, foi levado pelo tio, João Gomes de
Melo, o Barão de Maruim, um dos homens mais influentes da Província, para o Rio
de Janeiro, onde estudou nos colégios São Salvador e Pinheiro, continuando e
concluindo os preparatórios, permanecendo até 1873, quando foi para Recife,
Pernambuco, para ingressar na Faculdade de Direito do Recife.
Patrimônio material de Rosário
do Catete
O
patrimônio material é composto por um conjunto de bens
culturais tais como igrejas, engenhos, sobrados residências centenárias
que fazem parte do orgulho
maior dos seus moradores
classificados segundo sua natureza, conforme está sendo inventariado na gestão do
Prefeito Etelvino Barreto.
Igreja
de Nossa Senhora de Nazaré
foi construída sua 1ª igreja de 1709 , foi demolida e construída
outra no mês o lugar em 1864
fazendo parte do engenho Catete Novo
pertencente ao Barão de Maruim.
Igreja
Matriz Nossa Senhora do Rosário , Construção
do século XVIII, início da construção 1746 a irmandade é criada
em 1779 O
convento dos franciscanos citado abrigou a irmandade de São Benedito no século
XVIII. Outro lugar que o santo era venerado era na povoação de Rosário do
Catete, pois na capela da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos homens
pretos e pardos.
Capela da fazenda Caldas onde foi enterrado os restos
mortais do General Augusto
Maynard Gomes, com venda da
fazenda foi transladado para o cemitério santa Isabel em Aracaju
Igreja
Nossa Senhora do Amparo foi
construída no século XIX e restaurada em 1946 por Simeão Machado.
Estação
de Trem,
inaugurado em 1914 essa mesma está passando pelo processo de tombamento pelo
IPHAN chamado de “valoração” será o 1º Tombamento a nível Nacional da cidade. Alguns acontecimentos históricos marcaram a história
da estação férrea, sendo palco
de vários episódios,
em 1924 serviu de embarque de tropas
dos tenentes na revolta de
24 comandada por Maynard Gomes, amando vagão de Trem
com canhão a combater tropas legalistas
em Carmópolis. Década de 1933
desembarca o então Presidente do Brasil o sr. Getúlio Vargas para inauguração
da Ponte de Pedra Branca. Serviu como terminação de escoamento de açúcar e mais
tarde como terminal de carga de Potássio
sendo usada pela vale do Rio Doce, hoje
é sede da banda de Música Luís Ferreira Gomes.
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Visita de do Presidente Getúlio Vargas na cidade , por ocasião da inauguração da Ponte de Pedra Branca (1933) |
Grupo Escolar Leandro
Maciel construção
da década de 1930 por Augusto Maynard Gomes
Sobrados da rua de
baixo Construção
segunda metade do século XIX, por
dois português que tinham
comercio em Maruim, Mais tarde
passa a pertencer as
famílias de João batista de Moraes Ribeiro, Manuel Cabral Machado e o outro a família
de Leandro Maciel.
Cemitério Paroquial de
Rosário do Catete 19 de maio
de 18856, o Presidente da
Província , Dr. Salvador Correia de Sá e Benevides, dirigiu uma circular
nº 7 às Câmaras incitando-se a
fazerem Cemitérios, e a de Rosário foi a
umas das Primeiras que tratou do Assunto, marcando lugar para a sua necrópole ao sul da Vila. Seria construído, como se
fosse pela Câmara, e com auxílio dos particulares, em 1857 já se sepultava os mortos
rosarenses, mas só se deu
por pronto em janeiro de 1862,
quando foram feitas as obras delineadas pelo engenheiro da
Província, por ordem governamental. Foi quando lhe deu por pronto seu dirigente
1ª de fevereiro de 1861, o capital de engenheiros Francisco Pereira da Silva responsável
pela obra .
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19 de
maio de 18856, o Presidente da Província , Dr. Salvador Correia de Sá e
Benevides, dirigiu uma circular nº 7 às Câmaras incitando-se a fazerem
Cemitérios, e a de Rosário foi
a umas das Primeiras
que tratou do Assunto, marcando lugar
para a sua necrópole ao sul da
Vila. Seria construído. |
Engenho Serra Negra
O Engenho Serra Negra atualmente só existe uma chaminé no local do
engenho. O Serra Negra foi uma pequena propriedade, mas de altíssima produção,
ele tinha uma casa simples de pedras era mais imponente. Ele foi o engenho mais
importante do século XVIII para o XIX, pertenceu ao todo poderoso Leandro
Maciel (pai) tinha a visão mais alta sobre os outros o engenho só entra em
declínio quando Leandro Maciel (pai) tem a necessidade de aumentar a produção e
a necessidade de uma casa maior por causa da família grande e ele o abandona e
vai para Japaratuba para o engenho entre rios com uma maior propriedade e na
região litorânea.
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Capa do Livro do Historiador Ibarê Dantas |
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Além desses engenhos, Rosário do
Catete teve outros engenhos de grande
relevância para a história
econômica do estado Tais como: Santa Barbara, Paty, Bom Nome, Oitocentas, Lagoa Grande, Saco, Sitio
Novo, Catete velho e Novo, Jurema,
Piripiri, Várzea, Jordão , Jucurema,
Salobro, Cajá, Marrecas, Bom Sucesso, Capim Assú, Jenipapo, Vazia
Grande, Cumbe, Ilha, Campo Redondo.
Hoje existe
uma preocupação da administração e
dos fazedores de Cultura
da cidade o desejo expressar esse
sentimento e amor a essa gente, de despertar o sentimento de pertencimento e salvaguarda,
por parte de muitos que se dizem rosarenses, que amam e admiram esta cidade, e nada fazem em prol da
manutenção das riquezas materiais e imateriais deste povo, novos tempos , tempos de conhecer, amar e proteger nossa memória, nossa história o
legado de sua gente seu maior
patrimônio. Esperamos que a sociedade e as autoridades competentes
caminhem juntos, norteados pelo desejo de uma cidade melhor e mais eficiente na
preservação de suas raízes, rumo ao avanço sociocultural e econômico deste
povo. E pra frente de que anda.
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Adailton Andrade, Licenciado em
História, Pós-graduado em Ensino Superior em História, Pós-graduado em ‘Sergipe
Sociedade e Cultura, Membro do IHGSE ( Instituto Histórico e Geográfico de
Sergipe). Associado a ANPUH/SE (Associação Nacional de História) .Associado a
Associação dos Arquivistas Brasileiros. Membro na qualidade de
pesquisador dos Grupos de Estudos e Pesquisas em Memória e Patrimônio Sergipano
( GEMPS/UFS/CNPq ). Membro fundador da Academia
Sá Cristovense de Letras, ocupando a cadeira que tem como patrono o
Armindo Guaraná. Biografo de Augusto Maynard Gomes.
Recebeu o Título de Cidadão Rosarense, Diretor de Cultura do município de Rosário de Catete. Biografo de Augusto Maynard Gomes.
adailton.andrade@bol.com.br