Ruínas da Igreja de São Vicente
Adailton Andrade
Povoação foi transferida
para a localidade mais acima, às margens do rio Ganhamoroba, onde já estava
situado o antigo Engenho Maruim de Baixo, do proprietário Manoel Rodrigues de
Figueiredo , A posição entre o rio e o interior permitiu a Maruim a instalação
das mais importantes casas comerciais da Província. Fato este que gerou
destaque como centro urbano, comercial, político e social; favorecendo, mais
tarde, a sua concessão de vila precocemente. Nas proximidades do Engenho Maruim
de Baixo, circunvizinho à Igreja São Vicente, foram construídas várias casas,
com a permissão do fazendeiro Rodrigues de Figueiredo.
No século
XIX, o transporte fluvial era o principal meio de locomoção. Muitas eram as
pessoas que esperavam suas embarcações no “Porto das Redes”, antiga Alfândega
de Sergipe, que se situava no sublime encontro das águas do rio Sergipe e do
rio Ganhamoroba.
O
lugarejo denominado Mombaça começava então
a ser povoado. De acordo com CASAL (1976) o
entreposto apresentava um grande movimento e uma grande quantidade de caixas de
açúcar em 1817, oriundas dos engenhos circunvizinhos e que de acordo com ALVES,
FREITAS (2001 apud CARDOSO, 2008) seguiriam para Bahia, Pernambuco ou
Rio de Janeiro.
Apesar do
intenso movimento, os habitantes foram obrigados a deixar Mombaça, pois os
mosquitos, que ali existiam em grande quantidade, eram os principais
transmissores de doenças.
A
povoação segundo ALMEIDA (1984 apud ROSA, 1999), foi transferida para a
localidade mais acima, às margens do rio Ganhamoroba, onde já estava situado o
antigo Engenho Maruim de Baixo do Sr. Manoel Rodrigues de Figueiredo.
A posição
entre o rio e o interior, permitiu a Maruim, a instalação das mais importantes
casas comerciais da Província. Fato este que, gerou destaque como centro
urbano, comercial, político e social; favorecendo, mais tarde, a sua concessão
de Vila precocemente, afirma ALMEIDA (1984).
CRUZ E
SILVA (1994) afirma que no Engenho Maruim de Baixo, nas proximidades da Igreja
São Vicente, foram construídas várias casas, com a permissão do Sr. Manoel
Rodrigues de Figueiredo. O lugar oferecia mais conforto e melhores condições
para o comércio e a agricultura.
Quando o
português José Pinto de Carvalho, chega a Maruim, constrói um grande armazém, o
trapiche, para negociar o açúcar em alta na localidade. Nasce então a
desavença, pois o Sr. Manoel Rodrigues, sentia-se humilhado pelo português, que
crescia nos seus negócios e em suas terras, destaca CRUZ E SILVA (1994).
Em 12 de
junho de 1833, por intermédio do português José Pinto de Carvalho, as
autoridades de Santo Amaro transferem a sede do município para Maruim. Mas,
Manoel Rodrigues de Figueiredo não contente, representou, segundo AGUIAR
(2004), contra o Conselho da Província, especialmente, José Pinto de Carvalho,
seu vice-presidente, à Assembléia Legislativa do Império. Apesar dos
incessantes protestos, em 19 de fevereiro de 1835 é oficializada a fundação,
pela Câmara dos Deputados, da Vila de Santo Amaro
do Maroim.
Os
santamarenses em polvorosa fúria destroem todos os móveis das repartições e
obrigam os funcionários a voltar para Santo Amaro.
Em meio
ao ano de 1835, após os protestos de Santo Amaro, Manoel Ribeiro da Silva
Lisboa, Governador da Província, restitui a Santo Amaro a categoria de vila,
tornando-se independente.
Maruim é
elevada à categoria de cidade, devido a sua potencialidade na indústria
açucareira, pela Lei Provincial nº 374, de 05 de maio de 1854. De acordo com
CRUZ E SILVA (1994), no início do século XX, Maruim era o município de maior
arrecadação, consequentemente, o maior gerador de receitas para a Província.
Segundo
FREITAS (1991), Adolphine Schramm relata em carta destinada a sua mãe
aspectos de Maruim em 1858, precisamente em 23 de dezembro.