Irmandade
de Nossa Senhora do Rosário
Rosário
do Catete-Se ( 1ª parte )
Foto: Canindé Dantas
Adailton Andrade
Segundo alguns historiadores, não se
acha uma explicação, uma resposta sobre o nome Rosário do Catete, muitos
moradores contam que gerações e gerações falam a mesma historia que
onde hoje é a cidade existia uma mata e os escravos encontraram uma
imagem de Nossa Senhora do Rosário. O memorialista da cidade o senhor Luiz
ferreira Gomes também afirma esta versão mas sem dar muita credibilidade a
historia. Com isso o nome do município ficou conhecido pela devoção a santa, a
devoção a vigem Maria , a irmandade dos homens pretos e pardos assim surgida nas terras do Rosário ajudou muito a confirmação que o nome da cidade fosse
Rosário, mas e porque Catete ?Para este existe outras definições também,
algumas delas remete a um tipo de milho, uma espécie de porco do mato chamado caititu....
estas são alguns justificativas especuladas sobre o catete, mas nada comprovada
cientificamente. Mas uma das possibilidades mais prováveis é que nestas terras
antes da vila do Rosário que quando se dar inicio a vila o poder municipal
precisava de mais terras se fossem publicas a desenvolver a administração daí
os proprietários do engenho o senhor Raimundo Teles Barreto em 1836/37e dona
Josefa Teles Meneses eles doaram uma boa
parte das terras do engenho Catete para expansão administrativa da vila no
entanto, isso tudo nos remete uma ideia e razoes para se chegar a um nome ao
município fez doação existia um Engenho Catete Velho.
“Rosário” do Catete Além de ser um
topônimo brasileiro, outras nações possuem topônimo homônimo, há exemplo de
Argentina e Espanha. Especificamente quanto ao sergipano, cita o histórico da
cidade, segundo o
IBGE,
que
[...] as terras ocupadas pela Cidade de
Rosário do Catete pertenciam ao antigo engenho Jordão, de propriedade de Jorge
de Almeida Campos, que as doou para construção da capela de Nossa Senhora do
Rosário, imagem que teria sido encontrada por escravos, nas matas adjacentes.
(IBGE)
Existe registro fontes documentais da
fundação da igreja e da sua atuação social através da irmandade assim
constituída pelos frades.
Desde os primórdios da povoação, a
devoção por Nossa Senhora do Rosário se mostra presente. O que talvez não se
apresente, num primeiro momento, é a presença dessa devoção a partir deste
signo toponímico. Isso porque muitos imaginam que Rosário designa um
antropotopônimo, não a santa. Ao visitar a cidade, por outro lado, a presença
imediata de um enorme rosário (instrumento usado para rezar o terço três vezes)
denota a relação léxico e identidade cultural.
Entretanto, esse signo toponímico
possui algo de característico: a tentativa, mesmo que parcial/temporária, de
apagamento do discurso religioso. Essa laicização vai à contramão do fluxo
diacrônico dos topônimos, não apenas dos sergipanos. Note-se esse processo:
“Nossa Senhora do Rosário do Catete
para simplesmente Rosário alterado, pelo decreto estadual nº 113, de
12-07-1932. Rosário para Rosário do Catete alterado, pelo decreto estadual nº
377, de 31-12-1943, revogado pelo decreto de nº 533, de 07-12-1944.”
Rosário do Catete foram criadas nesse
período a sua paroquia uma iniciativa da
mão de obra escreva devido um grande
numero de engenhos as atividades
escravocratas estavam em ascensão. Com isso foi criada sua irmandade em 1779, esta
data é encontrada nos registros prestações de contas desde essa
data.
Segundo Joceneide Cunha, O convento dos
franciscanos citado abrigou a irmandade de São Benedito no século XVIII. Outro
lugar que o santo era venerado era na povoação de Rosário do Catete, pois na
capela da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário da dita povoação ele tinha um
altar lateral no inicio dos Oitocentos, a capela dos irmãos do Rosário da
povoação de Rosário do Catete já era construída, e era de pedra e cal, possuía
dois altares laterais, um com a imagem de São Benedito e outro com a imagem de
Santa Ana, além disso, tinha também dois confessionários, além de altares e
púlpitos de madeira e pintado. Ou seja, era uma capela estruturada e com
requintes arquitetônicos, o que evidencia a circulação de dinheiro e/ou bens na
irmandade. A irmandade em questão acertou com o mestre José Simão do Rosário o
valor de 160 mil réis para que ele fizesse o retábulo novo da igreja, esse
valor seria pago em duas prestações anuais.
Todavia, acredito também que as
contribuições dos irmãos não deveriam ser parcas, pois os irmãos e o pároco de
Santo Amaro se envolveram em um conflito em 1817 com os irmãos do Rosário da
Povoação de Rosário do Catete. Os primeiros reivindicavam o fechamento da
confraria da povoação, já que não havia motivos para existir duas irmandades
para a mesma santa e com igual público na freguesia de Santo Amaro. Eles alegavam
ainda que a irmandade de Santo Amaro não possuía um sólido patrimônio e que a
outra irmandade, a da povoação, era posterior, e retirava valores da de Santo Amaro,
além de enganar e explorar os irmãos.
Ou seja, era uma disputa pelos irmãos e pelos
valores que eles entregavam as suas irmandades.[1]
[1] Relatório da
Vistoria realizado pelo provedor, 9/12/1818, cx. 291, Arquivo Nacional
Licenciado em História, pós-graduado em Ensino Superior em História,
pós-graduado em Sergipe Sociedade e Cultura, Membro do Instituto
Histórico e Geográfico de Sergipe. Membro na qualidade de pesquisador
dos Grupos de Estudo e Pesquisa da UFS: Grupo de Estudos e Pesquisas em
Memória e Patrimônio Sergipano. (GEMPS/UFS/CNPq) e o Grupo de Estudos e
Pesquisas Culturas, Identidades e Religiosidades (GPCIR/UFS/CNPq)
Professor da rede particular e Pública de ensino.
adailton.andrade@bol.com.br / adailton66andrade@gmail.com
fontesdahistoriadesergipe@bol.co
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